sábado, 31 de outubro de 2015

Hospital São Lourenço - O DIA DA DOAÇÃO DE SANGUE EM SÃO LOURENÇO ESTÁ CHEGANDO!

Hospital São Lourenço

O DIA DA DOAÇÃO DE SANGUE EM SÃO LOURENÇO ESTÁ CHEGANDO!
Dia 13 de novembro, a partir das 7h30

Local: Policlínica (Rua Jaime Sotto Mayor, 221)



A coleta externa foi uma conquista do Serviço Social do Hospital São Lourenço, junto ao Hemocentro de Pouso Alegre.

Doadores de TODOS os tipos sanguíneos: liguem para o Serviço Social do Hospital / 3339-2060 ou 8856-3142 (operadora Oi), falando com Anderson ou Fabiany E AGENDEM O HORÁRIO DA DOAÇÃO.

DOE SANGUE E AJUDE A SALVAR VIDAS!
No dia 13, as senhas serão distribuídas de hora em hora, encerrando-se às 15h30. Serão 19 doações por hora, totalizando 150 doadores.

Do total de doações, o Hospital São Lourenço NECESSITA, MUITO, DE 40 PESSOAS COM SANGUE TIPO “O” NEGATIVO.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
- pessoas que nunca doaram sangue poderão doar normalmente;
- deve-se levar documento com foto;

- para doar, a pessoas não deverão estar em jejum




Condições para doar 2015

DOCUMENTO COM FOTO – RG. CTPS. MOTORISTA


ü  Estar com boa saúde.
ü  Idade para doação – entre 16 e 69 (16 e 17 anos acompanhados pelos pais ou c/procuração reconhecida pelo cartório); entre 60 e 69 desde que já tenha efetuado a 1 ª antes dos 60 anos de idade. (Doação realizada na fundação hemominas ou comprovante de doação em outra unidade)
ü  Peso acima de 50 quilos. IMC menor que 40 , peso menor que 140 kg.
ü  Não estar com febre e nem ter tido febre nos últimos 15 dias – temperatura menor ou igual 37º C.
ü  Alimentação /Repouso: – tomar café da manhã e intervalo de 3 horas após o almoço
ü  Ter pelo menos 4 horas dormidas.
ü  Bebidas alcoólicas- intervalo de 12 ou 48 horas, varia conforme a quantidade de bebida consumida.
ü  Alcoólatra não poderá doar.
ü  Diarreia e resfriado nos últimos 7 dias.
Intervalo entre as doações:

ü  Mulheres – 90 dias- no máximo 3 vezes ao ano.
ü  Homens - 60 dias- no máximo 4 vezes ao ano.
ü  Amamentação – durante a lactação (bebê com um ano de idade).
ü  Menstruação, uso ACO, DIU, tratamento para reposição hormonal, não contra indica à doação.
ü  Parto normal ou aborto: após 03 meses.
ü  Parto cesariano: 06 meses.
ü  Anemia: após 06 meses da normalização dos exames e término do tratamento.
ü  Gota após a crise
ü  Epilepsia ou crise convulsiva- 3 anos após tratamento, sem crise e não estar utilizando medicamentos.
ü  Piercing (boca ou região genital) após 1 ano após a retirada, outras regiões após 6 meses.
ü  Tatuagem: após 1 ano.
ü  Endoscopia, colonoscopia e outros procedimentos endoscópicos .06 meses após.
ü  OMEPRAZOL poderá doar.

Cirurgias – Verificar com a triagem clínica do Hemocentro
ü  Pressão arterial – PA = 180/100 mmhg ( Conforme o quadro clinico e lesão nos órgãos alvos).
ü  Hipertenso: 14/9 mmhg. Conforme o medicamento usado, (Depende do medicamento usado, pode ser interrompido temporariamente por 48 hr, se o médico autorizar.

·         INAPTOS (não pode doar): Propanolol, atenolol, metoprolol.
·         APTOS (pode doar): hidrocloritiazida, captopril, Losartana, enalapril, LASIX(furosemida) Desde que já SOMENTE UM desses medicamentos, orientar p/tomar bastante líquido antes da doação.
 E  trazer LAUDO MÉDICO informando que NÃO TEVE LESÃO EM ÓRGÃO ALVO.
ü  Não estar com doenças dermatológicas como herpes, micoses, psoríase, machucados, cortes, dermatites em geral.
ü  Hepatite após 10 anos – não pode doar
ü  Cirurgias do coração, infartos, derrames - não doar
Vacinas:
 Rubéola: 04 semanas                      Gripe, sazonal, influenza a H1N1 :48 horas.     Hepatite: 48 horas
Caxumba: 04 semanas                     Sarampo: 04 semanas                                      Varicela: 04 semanas 
Febre amarela: 04 semanas            BCG: 04 semanas                                             Tétano: 48 horas
Poliomielite: 04 semanas      



ü  Mordida de cachorro: após 01 ano se tomou soro anti-rábica 4 semanas
ü  Tratamento dentário: Extração, tratamento de canal: após 07 dias; Cirurgia e implante dentário: após 01 mês; Obturação, remoção de tártaro e limpeza dentária e ajuste de aparelho: após 72 horas com anestesia e 24 horas sem anestesia;
ü  INSULINA HUMANA, IMUNOGLOBULINA HUMANA, ALBUMINA HUMANA: não pode doar.
ü  Pessoas em tratamento que receba sangue o seu/sua parceiro(a) sexual  poderá doar após 1 ano.
MEDICAMENTOS:
Finasterida e Rocutan: pode doar , após 30 dias do término
Do tratamento                                                                            AAS(Aspirina): Não pode doar por 48 hrs.
Fluoxetina: pode doar                                                                 Antibiótico: 14 dias após o término
Antialérgico: pode doar (desde que não esteja em crise).           Corticoides: tópico: pode
                                                                                                  Sistêmico: 48hr
      Dramin: pode doar                                                                      Anti -Inflamatório: pode doar ( causa)

ü  Uso de Drogas injetáveis, inaptidão definitiva.
ü  Parceiros Sexuais eventuais inaptidão temporária.

o    Inapto se tiver com qualquer tipo de dor na hora da triagem

OUTROS MEDICAMENTOS VERIFICAR COM O MÉDICO

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

G1 Sul de Minas
Veja quais são as atrações da agenda esportiva para o fim de semana no Sul de Minas


Estado de Minas:
Estrutura pelo País dá ao PT sobrevivência mesmo sem Lula, dizem especialistas
Agência Estado


Caxambu, 30 - Imerso na pior crise de sua historia, o PT é um partido que não depende exclusivamente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sobreviver, dada a estrutura partidária capilarizada em todo o País, avaliam cientistas políticos ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo durante o 39º Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), realizado na cidade mineira de Caxambu nesta semana.

O evento foi encerrado nesta quinta-feira, 29, no mesmo dia em que Lula participou, em Brasília, de reunião do Diretório Nacional do partido e fez um discurso cheio de recados à militância petista e aos defensores do governo Dilma Rousseff.

"O partido tem total capacidade para sobreviver sem o Lula, considerando, claro, todas as dificuldades que isso implicaria para o partido. Hoje, o PT tem estrutura partidária toda montada pelo País, tem capilaridade. Sem Lula, não morre", afirma a cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, da Universidade Federal de São Carlos (SP), autora de livros e pesquisas sobre partidos políticos e o sistema eleitoral brasileiro.

Para Oswaldo Amaral, doutor em ciência política pela Unicamp e autor do recém-lançado "As transformações na organização interna do PT", caso Lula seja diretamente atingido por investigações da Polícia Federal ou do Ministério Público, ou indiretamente, em função das atividades de um de seus filhos sob apuração da Operação Zelotes, isso não significaria automaticamente o fim do partido fundado em 1980 por intelectuais, artistas, sindicalistas e ex-opositores da ditadura militar.

"O PSOE (Partido Socialista Espanhol) sobreviveu sem o Felipe González (que governou a Espanha durante 13 anos e não conseguiu se reeleger após envolvimento em escândalos de corrupção em 1996), o Partido Trabalhista sobreviveu sem o Tony Blair (primeiro-ministro britânico cuja popularidade desabou após enviar o Reino Unido à guerra contra o Iraque com base em frágeis relatórios sobre armas de destruição em massa supostamente pertencentes ao regime de Saddam Hussein)", comparou. "É preciso saber, no entanto, se as acusações em si contra o filho do Lula, sozinhas, têm relevância fora do espectro político."

Amaral destaca, no entanto, números sobre a identidade partidária do eleitorado petista nos últimos cinco anos. "Em 2010, a identidade era de 25%. Hoje, é de 9%, ou seja, caiu rapidamente a identidade que o eleitor tinha com o PT. Esse é um tipo de consequência gerada também pela crise do partido", avaliou o cientista político.

Impacto eleitoral

Outro elemento a ser acrescentado neste cenário de abalo de identidade do PT é a militância. "Seu eleitor faz o cálculo claramente e não se deixa abalar com insignificâncias. O (deputado fluminense Alessandro) Molon, por exemplo, saiu do PT, mas vai pagar caro eleitoralmente. Ele tem prestígio, é um bom quadro do partido, tem retidão, mas política não se faz só com isso. Não existe vida política sem estrutura partidária. No caso dele, qual é a estrutura que a Rede tem?", questiona a professora da Unirio e cientista política Marcia Dias.

Nos anos 1990, a política brasileira produziu um bom exemplo de desmoronamento partidário. "Lembremos, pois, do PRN. Quando o Collor foi afastado, o partido desapareceu porque não era propriamente uma legenda", disse.

A atual turbulência dentro do PT, agravada pela condenação do ex-tesoureiro João Vaccari Neto na Operação Lava Jato e somada aos desdobramentos da Zelotes, que inclui como alvo o ex-ministro Gilberto Carvalho, deve produzir seu primeiro prejuízo eleitoral já em 2016, segundo opinião de alguns pesquisadores.

"Quanto mais provas as operações colherem, pior para o PT e para o Lula. Os dois são unha e carne, ou seja, é impossível dissociar uma coisa da outra. Com isso, claro que será pior para o partido em 2016. O que tem que ser feito é descortinar todos os problemas, assumindo-os. A oposição já deve ter se dado conta de que o impeachment não vai para frente. Então, eles passam a querer atingir o Lula", afirmou Maria do Socorro Sousa Braga.

O ex-ministro Bresser Pereira, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e também presente em Caxambu, faz avaliação similar. "A derrota já vai ser para já, ano que vem. O prefeito (de São Paulo) Fernando Haddad já está sofrendo esse desgaste, sendo objeto desse ódio contra o partido. Mas não creio que ele saia do partido neste momento de crise em caso de disputa à reeleição municipal em 2016."

Oswaldo Amaral ponderou que o impacto negativo para o partido em 2016 tende a se concentrar nas grandes cidades e capitais. Já Marcia Dias recorre à lógica partidária para sustentar que o impacto da crise atual do PT será mínimo em 2016. "A lógica partidária é outra nos Estados e municípios. Claro que a imagem do partido fica comprometida, mas a sobrevivência do partido depende de lideranças locais. Em nível regional, o partido é menos permeável a esses escândalos de corrupção", afirmou. "O PT tem uma estrutura fortíssima. Se fosse tão vulnerável, já era para ter desaparecido. Não posso apostar no desastre do PT", concluiu.

Fonte: Estado de Minas

Charge 3



quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Canto do Poeta - Por Willy Oliveira

Canto do Poeta
(Por Willy Oliveira)


"Faz Parte"


Faz parte o escorregar das folhas, a maldição das escolhas, o uivo das bolhas, as respostas serem caolhas.

Faz parte o mistério do café, os abalos de nossa fé, não poder renegar a maré, e o desejo ardente que se vai pela chaminé.

Faz parte a vitória do javali, o melar do caqui, o afrontar da sucuri, e desconhecermos o tal do guarani.

Faz parte o inútil sair caro, a despedida do bairro, o vácuo do jarro, o beijo e o escarro.

Faz parte a infância no fundo do baú, o desdém dos bambus, ti ser amargo o caju, no fim da tua valsa iniciar a dos urubus.


                                                                                          Willy Oliveira

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Observatório Social
GUERRA DA ÁGUA
Uma pequena cidade mineira enfrenta uma gigante multinacional pelo direito de manter suas famosas águas com poder curativo sob controle da população




Em São Lourenço, cidade mineira localizada perto da divisa com o estado de São Paulo, famosa por suas estâncias hidrominerais, a água que vem de seu subsolo está próxima de virar um bem totalmente privado. Um em cada três litros de água mineral extraída de suas fontes é engarrafado e vendido pela multinacional suíça Nestlé. A água, depois que recebe o nome da cidade e o selo gourmet, chega ao mercado com um valor 11.900% superior ao preço por litro pago pela empresa ao município.
A fiscalização sobre a empresa é questionável: ela própria é responsável por informar aos órgãos competentes o quanto de água retira de suas fontes. Enquanto isso, os cidadãos de São Lourenço convivem com as dúvidas sobre os impactos dessa exploração, a falta de diálogo com a empresa e o preço salgado que lhes é cobrado por um bem público.
Em todo o município de São Lourenço, há dez fontes autorizadas a extrair água mineral do subsolo. Uma pertence ao Hotel Brasil, um dos mais caros e luxuosos da cidade, e é usada para abastecer os hóspedes, enquanto outras oito ficam dentro do Parque das Águas, de propriedade da Nestlé e aberto ao público mediante ingresso. A última fonte, batizada de Oriente, fica no parque industrial da empresa e abastece toda a fábrica engarrafadora. Também é a Oriente a única fonte que paga contribuição financeira pela exploração, cobrada somente da água engarrafada. Mas, para parte da população do município, a falta de cobrança da contribuição financeira de todas as fontes não é o principal problema.
Uma das dificuldades na fiscalização da quantidade de água mineral extraída está na legislação. Por estar no subsolo, a água mineral pertence à União, que é a responsável por autorizar e monitorar a extração. Ela também está sujeita à fiscalização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Ministério de Minas e Energia. Ou seja, a água mineral não é considerada, legalmente, um recurso hídrico, e sim um recurso mineral.
Hoje, de toda a água mineral extraída e vendida, é o governo federal quem recolhe os impostos. Essa contribuição, chamada Compensação Financeira pela Exploração dos Recursos Minerais (CFEM), corresponde a até 3% do faturamento líquido da nota.
Desta contribuição, 12% ficam para a União (para o DNPM e para o IBAMA), 23% ficam para o Estado e 65% voltam para o município. Em 2014, São Lourenço recebeu da União R$ 411.118,32 em CFEM, segundo balanço divulgado no portal de transparência da prefeitura.
No site do DNPM, no entanto, é informado que todo o CFEM gerado a partir da comercialização da água em São Lourenço foi R$ 444.720,53 – o que geraria aos cofres municipais um repasse menor, de apenas R$ 289.068,34. Mas não é somente nessa informação que Prefeitura e DNPM divergem.

Veja mais
Do G1 "Terra da Gente"
Canário e outras aves são registrados por jornalista em Caxambu
Com a câmera sempre à mão, Vânia da Cunha, moradora da cidade mineira, faz belos registros da natureza no sítio onde mora.




Vânia da Cunha, empresária e jornalista, mora em um sítio em Caxambu (MG) e, por isso, costuma de observar a natureza o tempo todo. “Minha câmera fica sempre ao meu lado para que eu não perca nenhuma novidade no sítio”, diz.

A empresária foi presenteada com belas aparições e, para o VC no TG, ela enviou os registros do canário-da-terra-verdadeiro, do caracará, do gavião-carijó e do tucano-toco.






Fonte: G1 Globo - "Terra da Gente"

O VELHO E O NOVO SEMPRE RENOVAM A VIDA - By José Celestino Teixeira.

O VELHO E O NOVO SEMPRE RENOVAM A VIDA.
By José Celestino Teixeira.



Nos Anos 80 acompanhei uma Equipe de Reportagem da Manchete Rural em Caxambu, para uma série de Reportagens que entravam ao Ar todos os domingos pela extinta TV Manchete.
Rede Manchete (também conhecida como TV Manchete ou apenas Manchete) foi uma rede de televisão brasileira fundada na cidade do Rio de Janeiro em 5 de junho de 1983 pelo jornalista e empresário ucraniano naturalizado brasileiro Adolpho Bloch. A emissora permaneceu no ar até 10 de maio de 1999.[1] Fazia parte da Bloch Editores, criadora da revista Manchete, posteriormente, o nome da revista foi dado à emissora de televisão.
Sugeri alguns Módulos ao repórter chefe da Equipe, que aceitou todas as Sugestões: Mangalarga Marchador, Ecologia e Turismo (Trutas), Café e Gado Leiteiro.
Os programas em sequência foram ao Ar em Rede Nacional aos domingos.
Dos Módulos sugeridos um deles foi filmado na Fazenda do meu amigo Toninho Pelucio, lá em Baependi Terra de Nhá Chica.
Naquele tempo o Toninho estava bem disposto animado com a sua criação de Gado Leiteiro.
Três Ordenhas Diárias, inclusive uma à noite.
O gado jovem encoleirado e bem alimentado no cocho com ração balanceada.
Um primor a criação.
Ele recebeu a mim e a equipe da Manchete com extrema fidalguia que sempre lhe foi peculiar.
Apresentei-lhe o João Carlos, o repórter chefe da equipe, a quem ele conhecia o tio, que morou em Caxambu muitos anos: o Cabeleireiro Sr. Dias.
Muito amigo do Paulo Barão, contra parente do Toninho.
Logo houve uma empatia entre os dois.
Mandou preparar um lauto banquete, com whisky de primeira linha escocesa( “Royal Salute” de 21 Anos em Garrafa de fina Porcelana) acompanhado de todos os queijos fabricados pelos Dinamarqueses, com destaque para o gorgonzola - uma variedade de queijo azul fabricado com o leite de vaca, originário da localidade de Gorgonzola, nos arredores de Milão, na Itália e também, da França com nome originário de “Roquefort ou roquefor”, ainda do Laticínio Skandia (do velho Godofredo)
Passamos uma tarde e um bom pedaço da noite na fazenda conversando,aprendendo e filmando o Programa.
Só Alegria!
Sempre ele me chamava e fazia questão de explicar tudo, tudinho que se passava na fazenda. Um ar descontraído que o cinegrafista aproveitava com muita experiência.
Ia filmando tudo com muita naturalidade.
O repórter João fazia perguntas e indagações que o Toninho respondia com conhecimento, calma e muita habilidade fazendo questão de ser bem entendido.
Daquela agradável visita e o Programa que particularmente foi um sucesso quando foi ao Ar guardei uma lição inesquecível.
Interrompidas as filmagens para edição momentânea, o Toninho Pelucio me pegou pelo braço e fomos dar uma volta pela propriedade.
Ele de chapeuzinho de vime na cabeça, vara de “pau de veado” nas mãos sobre a qual, vez em quando se apoiava para prosear melhor me revelando segredos da criação de gado.
Quando paramos no curral, onde estava o Reprodutor da Fazenda, um boi holandês imenso, forte e bravo eu assustei.
O animal mugia e batia com uma das patas no chão cavando um enorme buraco e, o Toninho me revelou: Ele, não gosta de mim, aliás boi holandês nenhum gosta do dono.
Talvez porque o dono lhe regre as montas ou talvez por pura birra. Afinal quem é o dono do pedaço?
Uma disputa saudável de autoridade.
Historias existem mil na roça de boi bravo que espremeu o dono contra uma parede ou régua do curral.
Casos até de morte.


Então, em minha santa ignorância das coisas do campo, mas movido pela vivacidade de repórter amador perguntei: Como fazer para acalmá-lo.
Momento em que o Toninho abaixou-se e falou baixinho no meu ouvido: Vou por um bezerro novo com ele e você vai ver como o bicho acalma.
Chamou o capataz e introduziram no pasto um bezerro holandês lindo.
Achei que o boi fosse pisoteá-lo, matá-lo.
Qual não foi minha surpresa!
Ao perceber a presença do bezerro menino em seus domínios o boi bravo achegou-se ao bezerro que brincava e lambeu-lhe a cara.
Agora batia com as patas com delicadeza, como se estivesse alegre.
Repetia as lambidas e às vezes o bezerro corria brincava e voltava pra ser lambido.
Era o velho e o novo trocando energia salutar.
Todo boi adulto, um dia já foi bezerro e a lembrança da infância talvez lhe trouxesse contentamento.
Mas boi não pensa!
Se não pensa tem intuição que vale mais que qualquer pensamento.
Dessa lição nunca me esqueci na vida.
Mas tarde, muito tempo depois, quando vejo pelas ruas um avô ou avó todo calmo e feliz se babando diante dos netos me garro a lembrar daquela lição que aprendi com o amigo Toninho Pelucio.
Fora outras, como a de tomar whisky em dose dupla e no mínimo seis pedra de gelo e, completar com água mineral.
Naquele tempo usávamos aquela garrafinha pequena de vidro que a Superáguas lançou e exportou para a Alemanha e os Estado Unidos e que que também era servida nos vôos internacionais com a marca/fantasia “Dijon”.
Bons tempos aqueles!
Outro dia assisti a um Programa na Globo News em que mostrava a experiência no Japão da convivência de idosos e crianças.
Lá os Asilos (bem diferente dos nossos) e casas de estar dos Idosos são sempre vizinhos de creches e escolas infantis.
Em determinados momentos há uma convivência mutua, uma interação entre os velhos e os novos.
Pura troca de energias de forma salutar.
Crianças aprendem velhos ensinam e se alegram.
Não foi em vão o poema de João Cabral, em Morte Vida Severina, quando indagava:
“Compadre José, compadre,
que na relva estais deitado:
conversais e não sabeis
que vosso filho é chegado?
Estais aí conversando
em vossa prosa entretida:
não sabeis que vosso filho
saltou para dentro da vida?
Saltou para dentro da vida
ao dar o primeiro grito;
e estais aí conversando;
pois sabei que ele é nascido
(Melo Neto, 1995, p. 195)
– Severino retirante,
deixe agora que lhe diga:
eu não sei bem a resposta
da pergunta que fazia,
se não vale mais saltar
fora da ponte e da vida;
nem conheço essa resposta,
se quer mesmo que lhe diga;
é difícil defender,
só com palavras, a vida,
ainda mais quando ela é
esta que vê, severina;
mas se responder não pude
à pergunta que fazia,
ela, a vida, a respondeu
com sua presença viva.
E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina.
(Melo Neto, 1995, p. 201-2)
De sua formosura
deixai-me que diga:
Belo como a coisa nova
na prateleira [até então] vazia.
Como qualquer coisa nova
inaugurando o seu dia.
Ou como o caderno novo
quando a gente o principia.
Assim a vida se renova a cada dia, quando o novo contamina o velho de vida nova e esperança, de lembrança de ter sido um dia também criança.
Nova como é a vida na chegada, velha quando na despedida.
Contudo alegre, na vida e na Morte.
Não só Severina é a Vida que se renova na Esperança de ser Revivida.
Deixo um forte abraço ao amigo Toninho Pelucio que vivo está e muito, ainda, há de durar.


Por

terça-feira, 27 de outubro de 2015

II Taça Estrada Real de Handebol

II Taça Estrada Real de Handebol




Use o Zoom para ampliar as tabelas


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Do Portal R7

Começa nesta segunda o 39º Encontro Anual da ANPOCS; durante a mesa de abertura será feita a entrega do Prêmio ANPOCS de Excelência Acadêmica




Buscando expressar o reconhecimento da comunidade de cientistas sociais e dos programas de pós-graduação a seus mais destacados pesquisadores e intelectuais, a Associação dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Sociais (ANPOCS) realiza, nesta segunda-feira, 26 de outubro, a entrega da premiação aos vencedores do Prêmio ANPOCS de Excelência Acadêmica 2015. A premiação ocorre durante a Abertura Oficial do 39º Encontro Anual da ANPOCS, a ser realizada no Hotel Glória, em Caxambu, Minas Gerais. Na sequência à mesa de abertura e premiação haverá coquetel e lançamento de livros. O Encontro segue com programação até o dia 30 de outubro.

O Prêmio foi instituído em 2013 para reconhecer e premiar pesquisadores da área por suas contribuições acadêmicas, produção intelectual e trabalho institucional em prol das Ciências Sociais. “Por meio deste Prêmio, a ANPOCS confirma a importância do papel social, político e de formação desempenhado por uma nova geração de profissionais a partir de seus trabalhos em pesquisa e também por suas trajetórias”, afirma o presidente da organização, José Ricardo Ramalho. 

O Prêmio é divido em três categorias distintas, que objetivam premiar as diferentes áreas das Ciências Sociais. Recebem os prêmios este ano Mariza Peirano (UnB) e Moacir Palmeira (UFRJ) na categoria “Prêmio Anpocs de Excelência Acadêmica Gilberto Velho em Antropologia”; Celina Souza (UERJ) e Gláucio Ary Dillon Soares (IESP-UERJ) na categoria “Prêmio Anpocs de Excelência Acadêmica Gildo Marçal Brandão em Ciência Política”; e Leôncio Martins Rodrigues (UNICAMP) e Maria Isaura Pereira Queiróz (USP) na categoria “Prêmio Anpocs de Excelência Acadêmica Antônio Flávio Pierucci em Sociologia”. 

Confira abaixo os premiados: 

Marisa Gomes e Souza Peirano
É formada em Ciências Sociais pela FNFi/IFCS/UFRJ (1970), com mestrado em Antropologia Social pela UnB (1975) e o doutorado na Universidade de Harvard (1981). Antes, cursou três anos de Arquitetura na UnB (1962-4). É professora titular aposentada da UnB e, atualmente, pesquisadora sênior do Departamento de Antropologia da mesma universidade. Foi professora-visitante em diferentes universidades e institutos como Unicamp, Universidade de Columbia, Harvard, Instituto Rio Branco, Massachusetts Institute of Technology (MIT) e Museu Nacional – UFRJ; também ocupou a vice-presidência da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) entre os anos de 1994-1996. Link:http://lattes.cnpq.br/8144307793842428

Moacir Gracindo Soares Palmeira
É doutor em Sociologia pela Université René Descartes, Paris (1971). É professor titular da UFRJ e pesquisador 1 A do Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Tecnológica (CNPq). Exerce suas atividades no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional – UFRJ –, desde 1970. Foi assessor da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) entre 1978 e 1989 e diretor de Recursos Fundiários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de julho de 1985 a julho de 1986. Organizou, junto com César Barreira, a coletânea “Política no Brasil: visões de antropólogos”. Link: http://lattes.cnpq.br/0719039661723103 

Celina Maria de Souza
Possui graduação em Direito pela Universidade Federal da Bahia (1971), mestrado em Administração Pública pela FGV-RJ (1980) e doutorado em Ciência Política pela London School of Economics and Political Science (1995). Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Estado e Governo, atuando principalmente nos temas federalismo, federalismo fiscal, descentralização, governos subnacionais e políticas públicas. Link:http://lattes.cnpq.br/5422025168210583

Gláucio Ary Dillon Soares
Possui graduação em Sociologia e Ciência Política pela PUC-RJ (1958), graduação em Direito pela Universidade Cândido Mendes (1957), mestrado em Direito pela Tulane University (1959) e doutorado em Sociologia pela Washington University at St Louis Mo (1965). Atualmente é pesquisador sênior nacional do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP/UERJ). Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Criminologia e em Sociologia Política, atuando principalmente nos seguintes temas: violência, homicídios, democracia e regimes ditatoriais. Link: http://lattes.cnpq.br/4941584932515611

Leôncio Martins Rodrigues Netto 
Formado em Ciências Sociais pela antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Paulo, possui mestrado, doutorado e livre-docência em Sociologia e adjunção e titulação em Ciência Política pela USP, da qual foi professor titular. Atualmente é professor titular aposentado do Departamento de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas. Na área de Sociologia pesquisou principalmente sindicalismo, classes trabalhadoras e relações de trabalho e, mais recentemente, estudou partidos políticos, eleições e classe política; atualmente pesquisa sobre o Senado Federal. É membro da Academia Brasileira de Ciência (ABC) e da Ordem Nacional do Mérito Científico na classe de mestre e comendador. Já recebeu o Prêmio Florestan Fernandes oferecido pela Sociedade Brasileira de Sociologia. 
Link: http://lattes.cnpq.br/6781917172449882

Maria Isaura Pereira Queiróz
Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1949), mestrado em Sociologia, Antropologia e Política pela Universidade de São Paulo (1951) e doutorado em Sociologia pela École Pratique Des Hautes Études VI Section (1959). Atualmente é professora titular do Centro de Estudos Rurais e Urbanos e professora emérita da USP. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia Rural. Link: http://lattes.cnpq.br/3358973440814085

CONCURSO 

Ao final do Encontro ANPOCS 2015 serão revelados ainda os ganhadores do Concurso Brasileiro ANPOCS de Obras Científicas e Teses Universitárias em Ciências Sociais – Edição 2015. A premiação é divida em três categorias: obra científica; tese de doutorado e dissertação de mestrado no âmbito das três disciplinas pertencentes às Ciências Sociais: Antropologia, Ciência Política e Sociologia. 

O concurso que premiará obras científicas – livros, teses e dissertações publicados e/ou defendidas no ano de 2014 – é aberto a todos os autores/pesquisadores dos Centros de Pesquisa e Programas de Pós-Graduação filiados à ANPOCS, sendo estes os responsáveis pela indicação dos concorrentes. O resultado só será divulgado no dia 29 de outubro, às 19h30, no Hotel Glória, em Caxambu, Minas Gerais.

LIVROS LANÇADOS 

Confira no link os lançamentos de livros e revistas de 2015: http://www.anpocs.org/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=1482%3Alancamento-de-livros-&catid=1294%3A39-encontro-anual-da-anpocs&Itemid=461

Mais informações:
Ana Claudia Mielke | Assessoria de Imprensa
39º Encontro Anual da ANPOCS | De 26 a 30 de outubro de 2015, Caxambu (MG)
Telefones: (11) 3586-5934 | (11) 99651-8091

Website: http://www.anpocs.org/portal/index.php

Fonte: R7: