São Lourenço e a vocação para o Turismo
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Por Marco Aurélio Dias
A história de São Lourenço está mostrando que o povo evoluiu e se aperfeiçoou nas relações entre si e nas relações de negócios, e que, atualmente, se dirige para um foco definido pelo seu desafio social que é tão importante quanto a resposta que o povo vai dar ao mesmo. Durante anos, por trás das lutas políticas, dos descasos, das diferenças partidárias e dos jogos de interesse próprio, o desafio existencial do município (a indústria do Turismo) ficou aguardando ser mais reforçado e mais acionado. Isso deve valer para qualquer sociedade. Enquanto as forças Aliadas bombardeiam a Líbia, os interesses maiores dos cidadãos da Líbia e dos países aliados ficam suspensos. Portanto, acontece em toda parte.
Mais do que nunca, São Lourenço está se tornando consciente de que o sucesso espontâneo do turismo, dos primeiros anos, não funciona mais. Novos fatores entraram em ação: crescimento populacional, expansão urbana, concorrência de mercado, liderança, mudança de postura, etc. Porém observamos que a comunidade está criando foco num objetivo histórico duplo: manter e aumentar a arrecadação advinda da visitação turística (indústria do turismo) e segurar a taxa de crescimento urbano para não desfigurar completamente o paisagismo natural do município. A desfiguração paisagística comprometeria a meta de aumentar a arrecadação. Uma coisa está ligada à outra e as duas visam o aspecto econômico e financeiro. A política mais importante é manter a vida saudável da população (urbanizar o município e melhorar os serviços sociais) e conservar o fluxo natural do turismo, imprimindo, ao mesmo tempo, um esforço de crescimento. Ou seja, desenvolver e modernizar sem, contudo, romper com a tradição histórica do turismo no município.
Esse desafio já é um arquétipo social. Precisa ganhar vida própria e reger automaticamente, e com mais força, os atos da comunidade, respondendo aos outros desafios que forem surgindo, e, concomitantemente, crescendo no processo de superação da crise causada pelas exigências de modernidade e expansão do crescimento populacional.
Quanto mais a população cresce, mais área ocupa e gera mais despesa para o município, defasando a arrecadação. Trata-se de um problema dinâmico que precisa ser administrado e não tem uma solução. As exigências sociais só são possíveis de administração. Uma sociedade avança em suas reivindicações e necessidades sociais, não recua. A comunidade do Bairro Nossa Senhora de Lourdes não vai resolver os problemas financeiros da prefeitura deixando de se consultar no posto de saúde e parando de fazer exames de rotina. Logo, a administração pública tem que estar constantemente preparada e mobilizada para gerenciar as insatisfações atualizadas nessa área. O mesmo raciocínio vale para os outros serviços públicos. Toda solução satisfaz momentaneamente, mas logo fica superada e gera novas reivindicações. Executado o projeto da Comenda Ambiental, precisamos criar outros eventos. Nenhum evento isolado vai, por si só, resolver as necessidades de despesas de São Lourenço, nem todos juntos (tanto que não resolveram e o turismo local perdeu visitação), mas a seqüência de novos eventos pode ser mais marcante. Aliás, nenhuma receita é completamente satisfatória. Receita gera investimento em projetos que necessitam de novas receitas para mantê-los funcionando. A venda de ontem não vai garantir o futuro do vendedor: ele precisa vender hoje, amanhã e todos os dias.
A vocação para o Turismo não é fácil. O desafio precisa entrar na alma do povo como se fosse a segregação de um destino social que o inspira e o conduz magicamente para o seu destino. Será mais fácil para São Lourenço atingir o apogeu de si mesma, em menos tempo do que o normal, se ela se identificar mais rapidamente com o seu desafio e trabalhar a resposta em cima dos arquétipos ativos na comunidade. Se a sociedade esquecer seu desafio social (no caso de São Lourenço, o crescimento acoplado à indústria do Turismo e das Águas Minerais), certamente vai entrar em conflito social e perder o rumo do crescimento. O arquétipo da identificação da sociedade sanlourenciana com o Turismo está bem solidificado e o único marketing que funciona é o apelo para o desenvolvimento do setor. Não podemos imaginar um tipo de solução financeira para São Lourenço que indicasse acabar com o Turismo e criar um parque industrial variado dentro da cidade para atrair mais recursos que os advindos da indústria do turismo. Não podemos voltar do meio do caminho sem caracterizar que estamos conflitados. Restando, portanto, seguir em frente convictos do caminho certo.
O desafio da baixa no turismo já se configura desde muitos anos. Em contrapartida, atualmente, estamos sendo acionados para responder contra o desflorestamento (é um desafio mais recente) e contra o crescimento, pelo fato de que o desflorestamento é negativo para as fontes de água mineral e o crescimento urbano acelerado em pouco tempo acabaria com as áreas nativas que ainda temos, além de criar focos de poluição e violência urbana. Não podemos esquecer que os loteamentos (a maioria) estão apenas parcialmente ocupados. Não existe, portanto, falta de lotes para se construir moradias. Toda a filosofia política afunila na questão da tradição das águas minerais. Dessa tradição é que vamos tirar as soluções para as exigências da dinâmica do crescimento.
Os desafios são as grandes dificuldades. Nesses momentos, inspirados pelas necessidades coletivas, as pessoas da comunidade desenvolvem um sentimento de apreço unânime pelas tradições, pelos momentos que viveram juntos no passado, pelos sofrimentos que passaram, e isso gera a permanente resposta ao desafio, e é nessa tensão da resposta ao desafio que uma comunidade atinge o seu non plus ultra (estado mais elevado ou o máximo de si mesmo).
Analisando a pequena São Lourenço, segundo menor município do Brasil, caracterizada como estância hidromineral, e que passa por uma baixa no turismo, cuja baixa se reflete na oferta de empregos e na qualidade de vida, podemos prever que o seu repto (desafio-resposta está em ascensão e mais definido, preocupando toda a sociedade.
Não podemos forjar outra tradição e responder diferentemente. A sociedade tem que reforçar seus arquétipos, principalmente através dos valores culturais, do estudo da tradição historicamente conhecida e da divulgação desse patrimônio. As instituições de ensino podem abranger a alma da comunidade através dos arquétipos culturais e fomentar uma resposta mais rápida e incisiva ao desafio. O grau dessa resposta é que vai inspirar e impulsionar ou não a comunidade. O ideal é o município inspirar seus cidadãos a optarem pelo Turismo.
Mais do que nunca, São Lourenço está se tornando consciente de que o sucesso espontâneo do turismo, dos primeiros anos, não funciona mais. Novos fatores entraram em ação: crescimento populacional, expansão urbana, concorrência de mercado, liderança, mudança de postura, etc. Porém observamos que a comunidade está criando foco num objetivo histórico duplo: manter e aumentar a arrecadação advinda da visitação turística (indústria do turismo) e segurar a taxa de crescimento urbano para não desfigurar completamente o paisagismo natural do município. A desfiguração paisagística comprometeria a meta de aumentar a arrecadação. Uma coisa está ligada à outra e as duas visam o aspecto econômico e financeiro. A política mais importante é manter a vida saudável da população (urbanizar o município e melhorar os serviços sociais) e conservar o fluxo natural do turismo, imprimindo, ao mesmo tempo, um esforço de crescimento. Ou seja, desenvolver e modernizar sem, contudo, romper com a tradição histórica do turismo no município.
Esse desafio já é um arquétipo social. Precisa ganhar vida própria e reger automaticamente, e com mais força, os atos da comunidade, respondendo aos outros desafios que forem surgindo, e, concomitantemente, crescendo no processo de superação da crise causada pelas exigências de modernidade e expansão do crescimento populacional.
Quanto mais a população cresce, mais área ocupa e gera mais despesa para o município, defasando a arrecadação. Trata-se de um problema dinâmico que precisa ser administrado e não tem uma solução. As exigências sociais só são possíveis de administração. Uma sociedade avança em suas reivindicações e necessidades sociais, não recua. A comunidade do Bairro Nossa Senhora de Lourdes não vai resolver os problemas financeiros da prefeitura deixando de se consultar no posto de saúde e parando de fazer exames de rotina. Logo, a administração pública tem que estar constantemente preparada e mobilizada para gerenciar as insatisfações atualizadas nessa área. O mesmo raciocínio vale para os outros serviços públicos. Toda solução satisfaz momentaneamente, mas logo fica superada e gera novas reivindicações. Executado o projeto da Comenda Ambiental, precisamos criar outros eventos. Nenhum evento isolado vai, por si só, resolver as necessidades de despesas de São Lourenço, nem todos juntos (tanto que não resolveram e o turismo local perdeu visitação), mas a seqüência de novos eventos pode ser mais marcante. Aliás, nenhuma receita é completamente satisfatória. Receita gera investimento em projetos que necessitam de novas receitas para mantê-los funcionando. A venda de ontem não vai garantir o futuro do vendedor: ele precisa vender hoje, amanhã e todos os dias.
A vocação para o Turismo não é fácil. O desafio precisa entrar na alma do povo como se fosse a segregação de um destino social que o inspira e o conduz magicamente para o seu destino. Será mais fácil para São Lourenço atingir o apogeu de si mesma, em menos tempo do que o normal, se ela se identificar mais rapidamente com o seu desafio e trabalhar a resposta em cima dos arquétipos ativos na comunidade. Se a sociedade esquecer seu desafio social (no caso de São Lourenço, o crescimento acoplado à indústria do Turismo e das Águas Minerais), certamente vai entrar em conflito social e perder o rumo do crescimento. O arquétipo da identificação da sociedade sanlourenciana com o Turismo está bem solidificado e o único marketing que funciona é o apelo para o desenvolvimento do setor. Não podemos imaginar um tipo de solução financeira para São Lourenço que indicasse acabar com o Turismo e criar um parque industrial variado dentro da cidade para atrair mais recursos que os advindos da indústria do turismo. Não podemos voltar do meio do caminho sem caracterizar que estamos conflitados. Restando, portanto, seguir em frente convictos do caminho certo.
O desafio da baixa no turismo já se configura desde muitos anos. Em contrapartida, atualmente, estamos sendo acionados para responder contra o desflorestamento (é um desafio mais recente) e contra o crescimento, pelo fato de que o desflorestamento é negativo para as fontes de água mineral e o crescimento urbano acelerado em pouco tempo acabaria com as áreas nativas que ainda temos, além de criar focos de poluição e violência urbana. Não podemos esquecer que os loteamentos (a maioria) estão apenas parcialmente ocupados. Não existe, portanto, falta de lotes para se construir moradias. Toda a filosofia política afunila na questão da tradição das águas minerais. Dessa tradição é que vamos tirar as soluções para as exigências da dinâmica do crescimento.
Os desafios são as grandes dificuldades. Nesses momentos, inspirados pelas necessidades coletivas, as pessoas da comunidade desenvolvem um sentimento de apreço unânime pelas tradições, pelos momentos que viveram juntos no passado, pelos sofrimentos que passaram, e isso gera a permanente resposta ao desafio, e é nessa tensão da resposta ao desafio que uma comunidade atinge o seu non plus ultra (estado mais elevado ou o máximo de si mesmo).
Analisando a pequena São Lourenço, segundo menor município do Brasil, caracterizada como estância hidromineral, e que passa por uma baixa no turismo, cuja baixa se reflete na oferta de empregos e na qualidade de vida, podemos prever que o seu repto (desafio-resposta está em ascensão e mais definido, preocupando toda a sociedade.
Não podemos forjar outra tradição e responder diferentemente. A sociedade tem que reforçar seus arquétipos, principalmente através dos valores culturais, do estudo da tradição historicamente conhecida e da divulgação desse patrimônio. As instituições de ensino podem abranger a alma da comunidade através dos arquétipos culturais e fomentar uma resposta mais rápida e incisiva ao desafio. O grau dessa resposta é que vai inspirar e impulsionar ou não a comunidade. O ideal é o município inspirar seus cidadãos a optarem pelo Turismo.