Trânsitos de Plutão
Descendo aos infernos
Tornou-se visível no momento em que a humanidade se defrontou com a possibilidade do seu total aniquilamento, com a 1ª bomba atômica. Ele nos pede transformação, atitude difícil e raramente desejada por nós, que nos debatemos diante do insondável, simbolizado pela morte, essa senhora poderosa e desconhecida. Na tentativa (vã) de não sofrer, buscamos o controle. E, ao buscá-lo, somos tragados pelos insondáveis abismos de Plutão.
A passagem dele através do nosso mapa natal, que chamamos de “trânsitos", trás inevitavelmente um confronto com a morte, exigindo de nós uma entrega total. Não há como explicar a dor de uma experiência plutoniana. Há que sentir na pele para saber. Ele não apenas retira de nós alguma coisa, ele vai ao âmago e arranca as raízes, sem deixar resquícios de onde algo possa brotar. Ali, poderá renascer algo novo, não o que antes havia. Sua energia é silenciosa, densa, intensa e profunda. Nada dói mais em uma pessoa do que um trânsito de Plutão sobre um ponto pessoal importante do seu mapa.
Na verdade, através dessas experiências ele nos prepara para a entrega final de nós mesmos à 'velha Senhora', da qual não poderemos fugir jamais, enquanto ser humano vivente aqui na terra. A única coisa que atenua essa dor é a compreensão profunda do seu significado, que nos vem através do auto conhecimento. Somente ele nos trás essa sabedoria. Em nós mesmos temos o antídoto, porque cada um de nós tem em si a verdade e é somente conhecendo-a que nos libertaremos, transcendendo o lado doloroso de Plutão, que se transforma então, em renascimento e regeneração.
Eggle Bastos
Astróloga
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