Universidades mineiras dão início a atividades integradas
Lavras (MG) — Estudantes, professores, reitores e pró-reitores de sete universidades do sul e sudeste de Minas Gerais participaram nesta segunda-feira, 23, da abertura do 1º Fórum de Integração Universitária, na Universidade Federal de Lavras (Ufla). O encontro marca o início das atividades do consórcio das universidades mineiras.
Durante aula magna, o secretário de educação superior do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, ressaltou a importância da iniciativa de integração das instituições de ensino mineiras e anunciou que o MEC destinará, em 2012, aproximadamente R$ 20 milhões para viabilizar as atividades do consórcio. Os recursos serão aplicados na formação de um corredor cultural que integre as sete comunidades acadêmicas, ações de mobilidade estudantil e laboratórios de pesquisas.
De acordo com o secretário, o município mineiro de Caxambu pode receber um centro de excelência internacional em pesquisa e ser a sede administrativa do consórcio. “No lugar da competição, as universidades estão dando um passo rumo à cooperação, o que também significa um caminho da eficiência acadêmica e de gestão de recursos”, destacou.
Durante toda a semana, até 29 de maio, a Ufla sediará uma série de atividades acadêmicas, culturais e esportivas.
Consórcio — O consórcio de universidades mineiras é formados pelas universidades federais de Alfenas (Unifal), Itajubá (Unifei), Juiz de Fora (UFJF), Lavras, São João del-Rei (UFSJ), Ouro Preto (Ufop) e Viçosa (UFV). No conjunto, essas instituições têm campi em 17 municípios do sudeste de Minas Gerais e atendem polos de educação a distância em 55 cidades. Elas reúnem 3,5 mil professores, quatro mil técnicos administrativos, 41 mil alunos de graduação e 5,3 mil de pós-graduação.
Em 260 cursos presenciais, as instituições oferecem 15,6 mil vagas de ingresso anual, além de 111 cursos de mestrado e 59 de doutorado. As universidades são ainda reconhecidas pela qualidade. Na graduação, todas contam com índice geral de cursos (IGC) entre 4 e 5. Na pós-graduação, 15 programas têm nível 5; cinco, nível 6 e dois, nível 7, o mais alto.
A proposta de criação do consórcio foi apresentada pelos reitores ao Ministério da Educação no ano passado. A localização geográfica e a qualidade das instituições permitem a integração acadêmica nos campos de ensino, pesquisa e extensão e tornam mais eficientes e eficazes a utilização racional de recursos, as parcerias para desenvolvimento e troca de tecnologias, a atuação em áreas estratégicas e a discussão de soluções para os problemas sociais.
Pela proposta de integração, as instituições mantêm a autonomia, mas atuam a partir de um plano de desenvolvimento institucional. O reitor da Unifal, Paulo Marcio de Faria e Silva, apresentou proposta de plano de desenvolvimento integrado para balizar as atividades do consórcio. De acordo com a proposta, será formado um conselho gestor, constituído pelos reitores das sete universidades, além de grupos temáticos de diversas áreas, como extensão, ensino e pós-graduação.
Assessoria de Imprensa da Sesu