quarta-feira, 29 de junho de 2011

Café de Minas: Negócio da China

Em defesa do café mineiro, 
Arantes vai à China
Arantes assina protocolo de intenções com empresários chineses, que devem vir a BH em setembro


O deputado Antônio Carlos Arantes (PSC) tem se destacado, tanto na Assembleia quanto nas suas bases políticas, como o defensor dos interesses dos produtores rurais. E quando o assunto é café, não existem fronteiras. Depois de participar da 23ª Exposição de Cafés Especiais, em Houston, nos Estados Unidos, na última semana de abril deste ano, Antônio Carlos foi à China defender o café mineiro.
Arantes acaba de retornar da China International Coffee Industry Exhibition 2011, feira chinesa que aconteceu entre os dias 18 e 20 de junho, em Pequim. Antônio Carlos participou de eventos e reuniões entre uma comitiva de produtores mineiros de café e empresários chineses interessados em incrementar os negócios com o Estado de Minas Gerais. “As reuniões foram muito produtivas e creio que vai ser possível expandir o setor de exportação do café, principalmente em Minas Gerais”, afirmou o parlamentar.
A comitiva de deputados, composta por Fabiano Tolentino (PRTB), Célio Moreira (PSDB), além de Antônio Carlos, esteve nas cidades de Pequim, Shanghai e Hangzhou e se reuniu com políticos e empresários. De acordo com um protocolo de intenções assinado entre os representantes da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e a Asia Packaging Center (APC), de Hangzhou, será possível ampliar os negócios entre o grupo empresarial chinês e o Estado. A APC reúne cerca de 500 empresas de todas as regiões da China e movimenta mais de US$ 300 bilhões ao ano.
“Esses empresários fazem negócio com vários estados do Brasil e não fazem com o Estado de Minas. Acertamos uma vinda do prefeito de Hangzhou e dos representantes da APC a Belo Horizonte para setembro. Os chineses estão interessados principalmente em minério, madeira, soja e milho para a população imensa daquele país, mas os empresários de lá já perceberam que o café é um bom negócio e nós vamos aproveitar a oportunidade para inserir o café na pauta de negociações”, afirmou Antônio Carlos. A intenção dos deputados é colocar a comitiva chinesa em contato com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e o Sindicato da Indústria Mineral de Minas Gerais (Sindextra).
Segundo Arantes, a cultura oriental de beber o chá pode ser mudada. “Há 20 anos, não se tomava café no Japão. Agora, o país compra cerca de 8 milhões de sacas de café por ano. Na China, as classes mais ricas, o que equivale a 200 milhões de pessoas, e principalmente os jovens, já começam a consumir a bebida em cafeterias especializadas. Imagina um público desse comprando café? Vai gerar mais emprego, renda e desenvolvimento para o nosso Estado”, concluiu o deputado.
Foram sete dias na China e oito reuniões “extremamente produtivas”, avaliou Arantes. “Em todos os compromissos políticos e empresariais fomos acompanhados por chineses amigos do deputado federal Carlos Melles. Se não fosse por eles, não teríamos conseguido resultados tão positivos como os que conseguimos. Só tenho a agradecer o companheiro Melles”, disse Antônio Carlos.