PISTOLAS ELÉTRICAS (TASERS)
Paulo Roberto Guimarães Moreira *
Para
mim, agora, o que interessa saber é quem foi o irresponsável que
desencadeou essa piada de mau gosto que foi comprar, no século XXI,
pistolas elétricas, como essas, para fazer parte da política de
trânsito? Sabemos que começou, em 2010, no Governo Rogério Rosso. Eu
acho que a situação dele está russa, vermelha de vergonha, de raiva e de
medo. Em última instância ele era o responsável maior por esse absurdo.
Filho feio não tem pai, mas, alguém terá que assumir essa inconveniente
paternidade.
Sempre
achei como Ulisses Riedel, que aqui em Brasília, simplesmente, armamos o
circo, os palhaços (e os corruptos) vêm dos Estados da federação. Pela
primeira vez engrosso o coro dos brasileiros que criticam Brasília como
sendo a Ilha da Fantasia, cercada de um mar de corrupção. E vejam:
incompetência total também é corrupção. Sabemos que estamos num país sem
educação. No meio do Goiás, e como dizia Paulo Francis: “na fronteira
de um país que não é uma nação, mas um acampamento”. Ouvi dizer, certa
vez, que em um determinado ano a polícia de Tóquio, uma das maiores
metrópoles do mundo, deu seis tiros, ao todo, para cima. Aqui no “novo
oeste”, em 2011, irresponsáveis querem colocar a vida de motoristas em
risco, para brincarem de mocinho e bandido, com o nosso dinheiro, com o
dinheiro da fábrica de multas do trânsito.
Também,
no Japão se discute exaustivamente um projeto e depois se executa
rapidamente. Aqui não se discute nada e executa-se o projeto dessa
forma: jogando o dinheiro nosso, dos contribuintes de impostos e multas
fora. Que aqueles que inventaram a idéia dessas pistolas que paguem do
seu próprio bolso por esse tiro nos próprios pés e nos nossos.
* Paulo Roberto Guimarães Moreira é Economista e Mestre em Filosofia pela PUC-Rio e cidadão de Brasília – DF.