sexta-feira, 23 de março de 2012

Repercussão na mídia do 3º Encontro AGMH de Veículos Antigos em Caxambu-MG

 Ponto de convergência
Estância reúne antigomobilistas mineiros e fluminenses

O encontro foi organizado pelo Grupo AGMH, do Rio de Janeiro
Caxambu, Minas Gerais. No meio do caminho entre o Rio e Belo Horizonte está localizada a famosa cidade-atração do Circuito das Águas. Sua vocação turística foi ainda mais reforçada no último final de semana — de 16 a 18 de março — com a realização de um encontro de veículos antigos que reuniu aficionados vindos dos dois lados do tal caminho, ou seja: mineiros e fluminenses. Também pudera! Afinal o evento foi organizado por um grupo “carioca da gema”: o AGMH, conhecidíssimo nas cercanias da “Cidade Maravilhosa”, por causa dos encontros que acontecem mensalmente no Museu Militar Conde de Linhares.
Belo Horizonte, Juiz de Fora, Congonhas, São Lourenço, Passa Quatro, Carmo de Minas, Lavras e Baependi foram apenas algumas das cidades mineiras representadas. Do lado fluminense, Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo, Magé e Cabo Frio, entre outras..
O evento foi uma atração extra no Parque das Águas, atraindo turistas e moradores de Caxambu
O mal tempo de sexta-feira, 16, em toda a Região Sudeste “espantou” parte dos antigomobilistas que já haviam se programado para participar do encontro — alguns inclusive já com a inscrição previamente realizada. Mesmo assim, o 3º Encontro AGMH de Veículos Antigos em Caxambu contou com a participação de cerca de 100 automóveis em exposição no Parque das Águas, que chamaram a atenção não apenas pela diversidade de modelos, mas também pelo excelente estado de conservação.
A esquerda, o "Zé do Caixão" 1971. Acima, Francisco e sua esposa ao lado do "Bizorrão"
Na linha dos brasileiros, quatro exemplares do VW 1600 — o famoso “Zé do Caixão” — modelo fabricado somente entre 1969 e 1971, e que hoje já é de grande raridade. Foi premiado como destaque o Branco Lótus 1970 de Renildo Alves, de Teresópolis-RJ. Outro nacional igualmente raro e também premiado foi a Brasília 1980 bege, de Alexandre Thomaz, de Niterói-RJ. A versão foi lançada para atender os taxistas, mas na época não obteve muito sucesso. O carro foi adquirido recentemente em São Paulo e está impecável.
Já o “Fuscamaníaco” José Francisco, de Magé-RJ, levou ao evento seu 1600S, apelidado pela própria Volkswagen de “Bizorrão”. O carro é orgulho do colecionador, que tem atualmente em sua garagem seis exemplares do Sedan da Volkswagen.
Mercedes Benz 280 SL 1982 e Galaxie 500 1968
Para deleite dos admiradores do eterno “top de linha brasileiro”, o presidente do Veteran Car Club do Brasil – Rio de Janeiro compareceu com seu belíssimo Galaxie 500 1968 preto com interior vermelho. O modelo da Ford possui o nada econômico motor V8 272. Mas quem se preocupa com isso, diante do prazer que proporciona?
Outros modelos brasileiros se exibiram em duplas: Karmann Ghia, Dodge Polara, Variant, Karmann Ghia TC, Escort XR3, Chevette... Alguns estavam em maior número, como Fusca, Corcel, Fiat 147 e Opala.
Muitos "clicks" no Dart de Luxo 1974
Entre os mais fotografados ficou o Dodge Dart de Luxo Coupe laranja 1974, pertencente a Rodrigo Tristão. Com seu potente motor V8 318, o carro tem ar esportivo, graças à grade dianteira bipartida e as rodas herdadas do Charger.
Mercury Grand Marquis Brougham, 1972. A palavra “Grand” do nome já dá uma idéia do tamanho desse americano de luxo, que com sua suspensão macia como um colchão d’água, ficou entre os principais destaques importados, sendo somente superado pela beleza ímpar do Bel Air 4 portas Hardtop, fabricado em 1956 e eleito o melhor do evento pela comissão julgadora oficial. Com motor de seis cilindros em linha, o clássico foi adquirido recentemente pelo colecionador Maurílio Alvim, de Juiz de Fora, um fã incondicional dos Chevrolets.
Mercury Grand Marquis Brougham, 1972: grande até no nome
A marca alemã Mercedes Benz foi bem representada por quatro exemplares, sendo dois deles premiados: a esportiva 280 SL 1982, de Orlando dos Santos e a Coupe 280 CE 1978 de Wanderley Sendim. Veja o album de imagens especial com todos os automóveis premiados.
Maurílio Alvim e seu Chevrolet Bel Air 1956: o melhor do evento
Pelo voto popular, o melhor veículo em exposição dessa vez não foi um automóvel, mas sim um caminhão. O Fargo Coe 1946 modelo prancha possui mecânica e parte do chassi herdado de um Volkswagen 850 2008 acidentado, e foi construído por seu próprio proprietário, Fernando Antonio Oliveira, de Belo Horizonte. Um trabalho de alto padrão! Antes da restauração e adaptação, o veículo ficou abandonado por muitos anos.
Camanhão Coe 1946 e momento do coquetel de confraternização
O 3º Encontro AGMH de Veículos Antigos em Caxambu foi coroado com um coquetel de confraternização, que aconteceu na noite de sábado, 17, no salão do tradicional Palace Hotel. Além das homenagens ao clubes presentes, patrocinadores e apoiadores, foram entregues os troféus aos melhores do evento.
Na volta para casa domingo, 18, os antigomobilistas foram premiados com um belíssimo dia de sol, o que deixou ainda mais prazeroso cada quilômetro rodado.
Um belo dia na volta para casa
Texto: Fernando Barenco
Fotos: Fátima Barenco e Fernando Barenco

Fonte: Maxicar
http://www.maxicar.com.br/old/eventosefatos/1698146_agmhcaxambu0312_c.asp