Ponto de convergência
Estância reúne
antigomobilistas mineiros e fluminenses
|
O encontro foi organizado pelo
Grupo AGMH, do Rio de Janeiro
|
Caxambu, Minas Gerais. No meio
do caminho entre o Rio e Belo Horizonte está localizada
a famosa cidade-atração do Circuito das
Águas. Sua vocação turística
foi ainda mais reforçada no último final
de semana — de 16 a 18 de março — com
a realização de um encontro de veículos
antigos que reuniu aficionados vindos dos dois lados do
tal caminho, ou seja: mineiros e fluminenses. Também
pudera! Afinal o evento foi organizado por um grupo “carioca
da gema”: o AGMH, conhecidíssimo nas cercanias
da “Cidade Maravilhosa”, por causa dos encontros
que acontecem mensalmente no Museu Militar Conde de Linhares.
Belo Horizonte, Juiz de Fora, Congonhas,
São Lourenço, Passa Quatro, Carmo de Minas,
Lavras e Baependi foram apenas algumas das cidades mineiras
representadas. Do lado fluminense, Rio de Janeiro, Niterói,
São Gonçalo, Teresópolis, Petrópolis,
Nova Friburgo, Magé e Cabo Frio, entre outras..
|
O
evento foi uma atração extra no Parque
das Águas, atraindo turistas e moradores
de Caxambu
|
O mal tempo de sexta-feira, 16,
em toda a Região Sudeste “espantou”
parte dos antigomobilistas que já haviam se programado
para participar do encontro — alguns inclusive já
com a inscrição previamente realizada. Mesmo
assim, o 3º Encontro AGMH de Veículos Antigos
em Caxambu contou com a participação de
cerca de 100 automóveis em exposição
no Parque das Águas, que chamaram a atenção
não apenas pela diversidade de modelos, mas também
pelo excelente estado de conservação.
A esquerda, o "Zé do Caixão" 1971. Acima, Francisco e sua esposa ao lado do "Bizorrão" |
Na linha dos brasileiros, quatro
exemplares do VW 1600 — o famoso “Zé
do Caixão” — modelo fabricado somente
entre 1969 e 1971, e que hoje já é de grande
raridade. Foi premiado como destaque o Branco Lótus
1970 de Renildo Alves, de Teresópolis-RJ. Outro
nacional igualmente raro e também premiado foi
a Brasília 1980 bege, de Alexandre Thomaz, de Niterói-RJ.
A versão foi lançada para atender os taxistas,
mas na época não obteve muito sucesso. O
carro foi adquirido recentemente em São Paulo e
está impecável.
Já o “Fuscamaníaco”
José Francisco, de Magé-RJ, levou ao evento
seu 1600S, apelidado pela própria Volkswagen de
“Bizorrão”. O carro é orgulho
do colecionador, que tem atualmente em sua garagem seis
exemplares do Sedan da Volkswagen.
|
Mercedes
Benz 280 SL 1982 e Galaxie 500 1968
|
Para deleite dos admiradores do
eterno “top de linha brasileiro”, o presidente
do Veteran Car Club do Brasil – Rio de Janeiro compareceu
com seu belíssimo Galaxie 500 1968 preto com interior
vermelho. O modelo da Ford possui o nada econômico
motor V8 272. Mas quem se preocupa com isso, diante do
prazer que proporciona?
Outros modelos brasileiros se exibiram
em duplas: Karmann Ghia, Dodge Polara, Variant, Karmann
Ghia TC, Escort XR3, Chevette... Alguns estavam em maior
número, como Fusca, Corcel, Fiat 147 e Opala.
|
Muitos
"clicks" no Dart de Luxo 1974
|
Entre os mais fotografados ficou
o Dodge Dart de Luxo Coupe laranja 1974, pertencente a
Rodrigo Tristão. Com seu potente motor V8 318,
o carro tem ar esportivo, graças à grade
dianteira bipartida e as rodas herdadas do Charger.
Mercury Grand Marquis Brougham,
1972. A palavra “Grand” do nome já
dá uma idéia do tamanho desse americano
de luxo, que com sua suspensão macia como um colchão
d’água, ficou entre os principais destaques
importados, sendo somente superado pela beleza ímpar
do Bel Air 4 portas Hardtop, fabricado em 1956 e eleito
o melhor do evento pela comissão julgadora oficial.
Com motor de seis cilindros em linha, o clássico
foi adquirido recentemente pelo colecionador Maurílio
Alvim, de Juiz de Fora, um fã incondicional dos
Chevrolets.
|
Mercury
Grand Marquis Brougham, 1972: grande até
no nome
|
A marca alemã Mercedes Benz
foi bem representada por quatro exemplares, sendo dois
deles premiados: a esportiva 280 SL 1982, de Orlando dos
Santos e a Coupe 280 CE 1978 de Wanderley Sendim. Veja
o album de imagens especial com todos os automóveis
premiados.
|
Maurílio
Alvim e seu Chevrolet Bel Air 1956: o melhor do
evento
|
Pelo voto popular, o melhor veículo
em exposição dessa vez não foi um
automóvel, mas sim um caminhão. O Fargo
Coe 1946 modelo prancha possui mecânica e parte
do chassi herdado de um Volkswagen 850 2008 acidentado,
e foi construído por seu próprio proprietário,
Fernando Antonio Oliveira, de Belo Horizonte. Um trabalho
de alto padrão! Antes da restauração
e adaptação, o veículo ficou abandonado
por muitos anos.
|
Camanhão
Coe 1946 e momento do coquetel de confraternização
|
O 3º Encontro AGMH de Veículos
Antigos em Caxambu foi coroado com um coquetel de confraternização,
que aconteceu na noite de sábado, 17, no salão
do tradicional Palace Hotel. Além das homenagens
ao clubes presentes, patrocinadores e apoiadores, foram
entregues os troféus aos melhores do evento.
Na volta para casa domingo,
18, os antigomobilistas foram premiados com um belíssimo
dia de sol, o que deixou ainda mais prazeroso cada quilômetro
rodado.
|
Um
belo dia na volta para casa
|
Fotos: Fátima Barenco e Fernando Barenco
http://www.maxicar.com.br/old/eventosefatos/1698146_agmhcaxambu0312_c.asp