Congresso agita Faculdade de Tecnologia
Entre música e interação, estudantes de Engenharia Florestal de todo o país se reúnem para discutir sustentabilidade
Congresso reúne estudantes no auditório da Faculdade de Tecnologia |
Desde a última
terça-feira, 24, a Faculdade de Tecnologia da UnB está em ebulição.
Sede da 42ª edição do Congresso Brasileiro dos Estudantes de Engenharia
Florestal (CBEEF), o prédio tem recebido a ruidosa e festiva presença
dos cerca de 400 alunos que, vindos de todo o Brasil, estão reunidos na
UnB em torno do tema "InSustentabilidade – Da crise socioambiental à
ação transformadora em uma sociedade que se pinta de verde”.
Organizado pela Associação Brasileira de Estudantes de Engenharia Florestal (Abeef), o congresso conta com o apoio do Centro Acadêmico do curso na UnB. Entre painéis para discutir a mercantilização dos recursos naturais e o impacto do monopólio na qualidade de vida, estão previstos momentos de intercâmbio cultural entre os futuros engenheiros florestais, abrigados no Pavilhão João Calmon. (Veja aqui a programação completa do congresso).
Foi essa combinação - dos temas em debate com a possibilidade de interação com outros alunos - o que atraiu a estudante de Engenharia de Florestal Yohana Cunha de Melo, 19, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), em Picaricaba, São Paulo. Yohana espera que o encontro sirva para que os estudantes unam forças em prol de questões ambientais urgentes: “Estamos num momento em que ou privilegiamos o mercado ou defendemos a floresta”, disse.
Organizado pela Associação Brasileira de Estudantes de Engenharia Florestal (Abeef), o congresso conta com o apoio do Centro Acadêmico do curso na UnB. Entre painéis para discutir a mercantilização dos recursos naturais e o impacto do monopólio na qualidade de vida, estão previstos momentos de intercâmbio cultural entre os futuros engenheiros florestais, abrigados no Pavilhão João Calmon. (Veja aqui a programação completa do congresso).
Foi essa combinação - dos temas em debate com a possibilidade de interação com outros alunos - o que atraiu a estudante de Engenharia de Florestal Yohana Cunha de Melo, 19, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), em Picaricaba, São Paulo. Yohana espera que o encontro sirva para que os estudantes unam forças em prol de questões ambientais urgentes: “Estamos num momento em que ou privilegiamos o mercado ou defendemos a floresta”, disse.
Emília Silberstein/UnB Agência |
A estudante Yohana se sentiu atraída por temas e possibilidade de interação |
Realizado na tarde desta quarta-feira, 25, o primeiro painel abordou o conceito de economia verde. Os facilitadores convidados a balizar o debate foram o coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragem em Minas Gerais, Paulo Tarso, e a advogada da organização não-governamentalde direitos humanos Terra de Direitos Larissa Packer.
De acordo com Paulo Tarso, os problemas causados pela apropriação dos recursos naturais e conhecimentos - base do modo de produção atual - são os geradores da crise econômica que hoje acomete o mundo. O monopólio e a criação de riquezas virtuais, não baseadas em produtos materiais, criam um ambiente propício a crises. “As recessões recaem por sua vez nos ganhos sociais, os primeiros a sofrerem cortes”, disse Paulo. Segundo ele, uma melhor distribuição das riquezas baseadas em elementos concretos, como alimentos, seria uma saída para esse ciclo de injustiças.
Larissa Packer focou sua apresentação no conceito de economia verde - que esbarra nos termos "novas tecnologias" e "novos mercados". De acordo com Larissa, essas expressões se baseiam no esforço de evitar a escassez de recursos. “Não há escassez de recursos", disse a advogada. "O que falta é a distribuição adequada - e sse problema é causado pelo excesso de controle e monopólio”, explicou.
Emília Silberstein/UnB Agência |
A advogada Larissa Packer explicou o conceito de economia verde |
CULTURA E GEOGRAFIA – Outro lado do CBEEF é a interação entre estudantes de todas as regiões do Brasil. Momentos chamados de “intervenção cultural” vão abrigar - a partir da noite desta quarta-feira, 25 - uma série de apresentações em que grupos vão falar sobre suas regiões a partir das especificidades geográficas do local. A primeira "intervenção cultural" - apresentada por estudantes do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais - estará focada na Mata Atlântica.
“Queremos chamar atenção para diferenças e similaridades: a ideia é entender os vários brasis que existem dentro da nossa nação”, explicou o estudante de Engenharia Florestal Francis Barbosa Rocha, membro do Centro Acadêmico do curso e da comissão organizadora do congresso.
Momentos de convivência como esses são parte do encanto de encontros como esse, segundo o estudante de Engenharia Florestal da Esalq-USP, Luã Gabriel Trento, 23, que participa de um congresso de estudantes pela quarta vez. “A ideia é de que o grupo acorde junto, trabalhe junto - e isso enriquece a experiência”, avaliou.
Fonte: Agência UnB
Compartilhado por Rachel Mello