quarta-feira, 24 de abril de 2013

PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA, 
segundo a Nestlé

Presidente de Nestlé: «A água não é um direito; deveria ter um valor de mercado e ser privatizada»


Peter Brabeck-Letmathe, Presidente mundial da NESTLÉ

Confira o vídeo com as declarações de Brabeck:



Peter Brabeck-Letmathe, um empresário austríaco que desde o ano 2005 exerce o cargo de presidente de grupo Nestlé, considera que se deveria privatizar o fornecimento de água, como forma de a sociedade tomar consciência de sua importância e se pudesse acabar com o desperdício que se produz na atualidade.

Suas declarações causaram certo estupor, principalmente se se tem em conta que a Nestlé é a líder mundial da venda de água engarrafada. Um setor este que representa 8% de seus lucros totais, e que, em 2011 teve aumento de até 68.580 milhões de euros.

Porém Brabeck saiu ao largo dessas e outras críticas para reforçar que o fato de que muita gente, imaginando que a água é gratuita, faz com que em muitas ocasiões não se dê ao recurso hídrico o valor que tem e a gaste mal. Assim, sustenta que os governos devem garantir que cada pessoa disponha de 5 litros de água diariamente para beber e outros 25 litros para sua higiene pessoal, porém o resto do consumo deveria ter uma gestão segundo critérios empresariais.

Apesar das críticas que suas afirmações provocaram, faz tempo que defende tais postulados sem qualquer constrangimento. Em entrevistas (como no vídeo abaixo) Brabeck qualifica as ONGs de extremistas enquanto sustentam que a água deveria ser um direito fundamental.

Em sua opinião, a água deveria ser tratada como qualquer outro bem alimentício e ter um valor de mercado, que venha estabelecido pela lei da oferta e da procura e da demanda (!!!). Só dessa maneira, aponta, empreenderíamos ações para limitar o consumo excessivo que se constata nesses momentos.

Fonte: Coordenadoria da Bacia do Rio Grande
http://baciariograndemp.blogspot.com.br/2013/04/privatizacao-da-agua-segundo-nestle.html