sábado, 15 de março de 2014

EM ASSEMBLEIA LOTADA, FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CAXAMBU APROVAM INDICATIVO DE GREVE DA CATEGORIA

A Câmara de Caxambu ficou pequena para o grande número de trabalhadores que ocuparam os assentos e todos os demais espaços possíveis da plenária. A presença massiva dos funcionários públicos municipais de Caxambu não só mostrou o alto grau de insatisfação, como também a sua disposição para a luta. 

A assembleia geral começou com a exposição dos membros da Comissão do Funcionalismo. Júlio Tadeu, presidente do Sindiscaxa, resumiu a situação da campanha salarial e a absoluta falta de disposição por parte da prefeitura em não negociar a pauta de reivindicações, mesmo após várias tentativas da comissão em marcar reuniões com o executivo em dezembro, janeiro e fevereiro. Já a professora Carla Fernandes, da comissão dos professores municipais, relembrou as etapas da organização da campanha, a importância da participação de todos e o avanço da mobilização.
 
Logo após essa introdução, foi aberta a palavra à plenária, de forma democrática e participativa. As falas dos presentes refletiam a enorme disposição de luta da categoria, e a diminuição qualitativa dos medos e receios dos trabalhadores. Muitas contribuições foram apresentadas pelos presentes, como a proposta de aumentar o índice de reajuste aos funcionários referência 1 para acima do salário mínimo, como também formas de organização da campanha.
 
O professor Cássio Diniz, diretor estadual do Sind-UTE/MG e membro da comissão do funcionalismo, ressaltou a necessidade de aproveitar do momento em que se apresenta no Brasil. Lembrou a histórica vitória dos agentes de limpeza urbana (garis) do Rio de Janeiro na semana anterior, e enfatizou a importância de se espelhar em seu exemplo, apontando que somente a luta unificada e participativa é a garantia de vitórias.

Ao final das intervenções e das ponderações, os trabalhadores funcionários públicos municipais de Caxambu votaram e aprovaram o indicativo de greve até a próxima assembleia no dia 21 de março. Se até lá a prefeitura não abrir negociações e apresentar sua contraproposta da pauta de reivindicações, a categoria decretará greve e paralisará todas as suas atividades a partir de segunda-feira, dia 24.

Algo inédito na cidade, a greve será ocasionada pela mais absoluta falta de interesse do executivo municipal em negociar desde o começo. Como a comissão destacou, desde dezembro do ano passado se tentou a via do diálogo e da negociação. Todavia, a prefeitura resolveu desrespeitar a categoria, impondo-lhes a perda salarial e a perda de direitos. No entanto, os trabalhadores deram a prova que dessa vez será diferente. Aumenta cada vez mais os gritos da palavra de ordem “UNIDOS, SOMOS MUITO MAIS FORTES!”