Lava Jato
Empresa de Dirceu gastou pelo menos R$ 1,7 mi em viagens de jatinhoInformações foram prestadas à Polícia Federal nesta sexta (14) pela Flex Aero Táxi Aéreo, sediada em São Paulo
"Entre os destinos assinalados pela empresa de táxi aéreo estão capitais do Sudeste e do Nordeste, mas também cidades menores como Cianorte (PR), Petrolina (PE), Maringá (PR), Caxambu (MG), Umuarama (PR) e São Lourenço (MG)"
PUBLICADO EM 14/08/15 - 22h16
FOLHAPRESS
FOLHAPRESS
A empresa de consultoria do ex-ministro da da Casa Civil José Dirceu (PT-SP), a JD Consultoria, gastou pelo menos R$ 1,68 milhão em 49 viagens de jatinho entre 2011 e maio de 2014. Esses gastos estão pendentes de "regularização fiscal", segundo reconheceu por escrito, em um ofício endereçado ao juiz da Operação Lava Jato, Sergio Moro, a empresa de táxi aéreo que prestou os serviços ao ex-ministro.
Em apenas uma das viagens, um giro por três Estados do Nordeste em março de 2013, a empresa de consultoria gastou cerca de R$ 110 mil. Em outra viagem, que incluiu passagem por Pernambuco e Minas Gerais, mais R$ 85 mil.
As informações foram prestadas à Polícia Federal nesta sexta (14) pela Flex Aero Táxi Aéreo, sediada em São Paulo. No último dia 3, a empresa sofreu busca e apreensão da Operação Pixuleco, um desdobramento da Lava Jato, que levou Dirceu à prisão na Superintendência da PF de Curitiba (PR).
Casa Civil José Dirceu (PT-SP), a JD Consultoria, gastou pelo menos R$ 1,68 milhão em 49 viagens de jatinho entre 2011 e maio de 2014. Esses gastos estão pendentes de "regularização fiscal", segundo reconheceu por escrito, em um ofício endereçado ao juiz da Operação Lava Jato, Sergio Moro, a empresa de táxi aéreo que prestou os serviços ao ex-ministro.
Vários documentos haviam sido levados pela PF. Agora, a empresa alega que uma parte da documentação não foi encontrada pela PF e por isso procurou o juiz Moro para entregá-la.
A Flex afirmou que encontrou os documentos após "um completo e detalhado levantamento".
"Tais documentos não foram localizados por ocasião da busca e apreensão pois não estavam vinculados a nenhuma das notas fiscais relacionadas com a JD Assessoria, ainda que as viagens tenham sido realizadas por solicitação desta", afirmou a empresa em nota à Justiça Federal.
A firma disse também "estar promovendo, junto à Receita Federal do Brasil, a regularização fiscal dos serviços indicados nos referidos documentos".
Segundo as investigações da Lava Jato, parte dos voos utilizados pela empresa de Dirceu foi bancada pelo lobista Milton Pascowitch, que fez um acordo de delação premiada e admitiu ter pagado propina para fechar negócios com a Petrobras. O Ministério Público Federal disse ter localizado documentos que indicam o pagamento, por Pascowitch, de pelo menos dois voos de jatinho em favor de Dirceu.
De acordo com os registros dos voos entregues pela Flex, a empresa de Dirceu costumava utilizar dois jatos Cessna, de prefixos PT-FLC e PR-RAQ.
Das 49 viagens realizadas em nome da empresa, 25 partiram ou chegaram do aeroporto de Jundiaí, no interior de São Paulo, que fica próximo a Vinhedo, município em que Dirceu tem residência.
Entre os destinos assinalados pela empresa de táxi aéreo estão capitais do Sudeste e do Nordeste, mas também cidades menores como Cianorte (PR), Petrolina (PE), Maringá (PR), Caxambu (MG), Umuarama (PR) e São Lourenço (MG). A cidade de Brasília foi origem, destino ou passagem de 17 viagens de jatinho realizadas para a empresa do ex-ministro.
Um dos réus condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão por corrupção, José Dirceu cumpriu pena em regimes fechado e semiaberto entre novembro de 2013 e novembro de 2014. Nesse período, a empresa de táxi aéreo informou ter realizado apenas duas viagens para a JD Consultoria.
Em apenas uma das viagens, um giro por três Estados do Nordeste em março de 2013, a empresa de consultoria gastou cerca de R$ 110 mil. Em outra viagem, que incluiu passagem por Pernambuco e Minas Gerais, mais R$ 85 mil.
As informações foram prestadas à Polícia Federal nesta sexta (14) pela Flex Aero Táxi Aéreo, sediada em São Paulo. No último dia 3, a empresa sofreu busca e apreensão da Operação Pixuleco, um desdobramento da Lava Jato, que levou Dirceu à prisão na Superintendência da PF de Curitiba (PR).
Casa Civil José Dirceu (PT-SP), a JD Consultoria, gastou pelo menos R$ 1,68 milhão em 49 viagens de jatinho entre 2011 e maio de 2014. Esses gastos estão pendentes de "regularização fiscal", segundo reconheceu por escrito, em um ofício endereçado ao juiz da Operação Lava Jato, Sergio Moro, a empresa de táxi aéreo que prestou os serviços ao ex-ministro.
Vários documentos haviam sido levados pela PF. Agora, a empresa alega que uma parte da documentação não foi encontrada pela PF e por isso procurou o juiz Moro para entregá-la.
A Flex afirmou que encontrou os documentos após "um completo e detalhado levantamento".
"Tais documentos não foram localizados por ocasião da busca e apreensão pois não estavam vinculados a nenhuma das notas fiscais relacionadas com a JD Assessoria, ainda que as viagens tenham sido realizadas por solicitação desta", afirmou a empresa em nota à Justiça Federal.
A firma disse também "estar promovendo, junto à Receita Federal do Brasil, a regularização fiscal dos serviços indicados nos referidos documentos".
Segundo as investigações da Lava Jato, parte dos voos utilizados pela empresa de Dirceu foi bancada pelo lobista Milton Pascowitch, que fez um acordo de delação premiada e admitiu ter pagado propina para fechar negócios com a Petrobras. O Ministério Público Federal disse ter localizado documentos que indicam o pagamento, por Pascowitch, de pelo menos dois voos de jatinho em favor de Dirceu.
De acordo com os registros dos voos entregues pela Flex, a empresa de Dirceu costumava utilizar dois jatos Cessna, de prefixos PT-FLC e PR-RAQ.
Das 49 viagens realizadas em nome da empresa, 25 partiram ou chegaram do aeroporto de Jundiaí, no interior de São Paulo, que fica próximo a Vinhedo, município em que Dirceu tem residência.
Entre os destinos assinalados pela empresa de táxi aéreo estão capitais do Sudeste e do Nordeste, mas também cidades menores como Cianorte (PR), Petrolina (PE), Maringá (PR), Caxambu (MG), Umuarama (PR) e São Lourenço (MG). A cidade de Brasília foi origem, destino ou passagem de 17 viagens de jatinho realizadas para a empresa do ex-ministro.
Um dos réus condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão por corrupção, José Dirceu cumpriu pena em regimes fechado e semiaberto entre novembro de 2013 e novembro de 2014. Nesse período, a empresa de táxi aéreo informou ter realizado apenas duas viagens para a JD Consultoria.
Fonte: Jornal "O Tempo"