sexta-feira, 29 de julho de 2016

Cidades do Sul de Minas se animam com possível reativação dos cassinos

Do G1 Sul de Minas
Cidades do Sul de Minas se animam com possível reativação dos cassinos
Projeto de lei que pode trazê-los de volta tramita na Câmara e no Senado.
Municípios como Caxambu, Lambari e Poços de Caldas aguardam.






Um projeto de lei, que tramita na Câmara Federal e no Senado, tem deixado moradores de cidades turísticas do Sul de Minas sonhando com a volta dos cassinos. Proibido no Brasil desde 1946, eles eram atrativos em algumas cidades da região. Com a proibição dos jogos de azar, os cassinos foram fechados e muitos estabelecimentos acabaram se transformando em hotéis.

A expectativa é que municípios como Caxambu (MG), Lambari (MG) e Poços de Caldas (MG) revivam a época de ouro dos jogos. O objetivo do projeto é a geração de empregos e impostos. A lei ainda está sendo muito debatida e a previsão é que ela seja aprovada até o ano que vem.

O texto discutido no congresso traz algumas exigências que estão sendo questionadas pelas cidades que já tiveram cassinos. Uma delas fala sobre a grande estrutura de lazer com 500 dormitórios que deve ser oferecido pelo estabelecimento.

“Eu gostaria que fosse uma lei menos restritiva. Tivesse menos reserva de mercado, pra que resgatasse a tradição de cassinos na nossa região e que também garantisse um futuro melhor pra economia local”, alega o presidente da Associação Comercial de Caxambu, Luydi Alfredo de Carvalho.



Uma das cidades que comemora o projeto é Caxambu, que chegou a ter oito cassinos. Os estabelecimentos atraiam para a cidade turistas dispostos a gastar e se divertir. Dinheiro que movimentava toda a região. O município é detentor de um dos hotéis cassinos mais antigos do país. O prédio inaugurado em 1892, viveu tempos de luxo na época da jogatina, onde funcionou por cerca de 50 anos. Com a proibição dos jogos de azar, muita coisa mudou no município.

“Caxambu se restringiu muito com a proibição do jogo, principalmente os funcionários que perderam o emprego e a profissão”, disse José Perez Gonzales, gerente do antigo hotel cassino.

Em Lambari, o cassino funcionou apenas uma noite em 1911. De lá pra cá, o espaço já passou por sete reformas. A última custou quase R$ 9 milhões. Mas hoje, nada funciona no local que serve apenas como peça decorativa na cidade.

“Tem condições pra receber o turismo e pode ser aberto para convenções, pra salas de cinema, de áudio, restaurantes, mas como não temos condição de manter, temos que estar com ele fechado”, explica a presidente da associação de turismo do município Liane Ferreira Kroph.



Já em Poços de Caldas, o retorno do cassino é visto como mais um atrativo para o turismo local.

“Poços tem diversos atrativos, não depende só dos cassinos como foi naquela época, mas é claro que tudo é muito bem-vindo, desde que seja muito bem feito e muito bem fiscalizado”, conta a diretora de Turismo de Poços de Caldas, Rose Lino.

Fonte: G1 Sul de Minas