A CRÔNICA DA NOITE
by José Celestino Teixeira.
O Dr. Viotti ( médico brilhante que foi pai do Sérgio Viotti, o intelectual caxambuense) dizia: “Caxambu se cercar é Hospício se cobrir é Circo”.
A frase se espalhou e ganhou muitos autores e atribuições das mais diversas.
O Dr. Abelardo no tempo de FUNABEM , perguntado pelo Sr. Adamastor Pimenta (Pai do Alfredo Dentista e do Adilson da Marcon), então Diretor da Escola Venceslau Braz, qual horário que preferia trabalhar não conversou;
Quero trabalhar das 04:00 às 08:00 horas!
Quatro da Madrugada é claro.
Mas, por que às quatro?
E o Abelardo de pronto:
Tenho insônia acordo as três tomo um banho e chego na Escola às Quatro.
Pronto!
Estava decidido sem discussão.
O Edson Canaã, advogado filho do primeiro fotografo em Caxambu, o Antônio João passou a juventude hipnotizando os Turistas fazendo muita gente comer grama.
O Jandiro o titular do Cartório Civil e dos Registros Públicos e o Carneirinho (irmão da Dona Leia Carneiro esse encanto de pessoa que vive, ainda, entre nós , apesar dos seus 90 anos de idade. Forte e Serena) sofreram muito nas mãos do Edson Canaã.
O advogado Edson morava no Rio de Janeiro, em Copacabana e todos anos no Natal vinha para Caxambu desfrutar das amenidades do Verão, no Parque .
Voltava ao Rio sempre, antes do Carnaval e lá ia o Hélio Dauane com a Kombi cheia de Passarinhos de volta à Cidade Maravilhosa.
O Hélio Dauane (irmão da modista Elza Dauane que tinha um Atelier e uma Loja de Modas na Travessa Nossa Senhora dos Remédios) foi sempre seu Motorista.
Transportava do Rio de Janeiro até Caxambu a criação de pássaros do Edson Canaã, que todos os anos vinha para Caxambu.
O Edson, no Rio de Janeiro, desde os tempos da Capital Federal especializou-se em Direito Criminal.
Certa feita me disse:Do código Penal só conheço um artigo: o 121!
Meu Primeiro Júri eu fiz junto com ele, como meu assistente.
E, ele conhecia muito bem todo o Processo Penal e sabia tudo de Medicina Legal.
Medicina sempre foi seu sonho.
Conhecia a ciências da anatomia como poucos.
Presenciei longas e homéricas discussões sobre medicina e psiquiatria forense entre ele e o Dr. Michel Jamal, o dentista.
Outra figura inesquecível na vida boêmia de Caxambu.
Era no Tempo do Rancho das Acácias, na subida da Federal.
Embora Edson Canaã , nunca tivesse colocado uma gota de álcool na boca, em compensação o Michel tomava todas e nunca perdeu a lucidez .
Adorava um Carteado no Palace Hotel ou na Sede do Crac.
Jogava Tranca e biriba, além do whisky é claro e, de uma boa cerveja.
Memorável, contudo era seu esquecimento diante das coisas mais banais.
Certa feita passando numa quitanda comprou uma melancia e a colocou debaixo do braço direito.
Passou pela Travessa Nossa Senhora dos Remédios, nossa Rua da Alfândega (onde tinha a Loja do Gatão e do Issa) e pelo Bar do Márcio.
Chegou em Casa com o braço em Curva, quando Dona Latif (a esposa) lhe indagou:
Michel, o que é isto?
E ele de pronto com o cigarro no canto da boca respondeu:
Uma Melancia!
Mas, entretanto, já não tinha nenhuma melancia entres os braços.
Havia perdido a Fruta pelo Caminho!
O Canaã casou-se com a Dona Isalita que foi Crunner das antigas Orquestras que tocavam nos Tempos Áureos dos Cassinos em Caxambu , na época do Jogo Bancado.
No Tempo, ainda em que os Irmãos Rosental (Mario, Isaac e José) brilhavam no Caxamgá.
Foi Linda a Isalita, todos confirmam a sua beleza.
Nazir Curi, o filósofo dizia:
“ O Homem Sem Dinheiro Nem Deus gosta Dele!”
O Galo, Cantor do Coro da Igreja Matriz junto com o Zé Paulo, o Wallace , o Tenil (todos Gallos), o Betinho da Lídia e o Jacques Ematiné.
Era Semana Santa e ele além de excelente Cantor no Coro da Igreja se precisasse, também tocava violão.
Padre Castilho era o Pároco.
Final das pregações coincide com a inauguração da Churrascaria Gaúcha na BR 267.
Em agradecimento aos colaboradores o Padre os leva todos para um Jantar.
O Garçom pergunta:
Quer picanha?
Gallo responde: Desce!
Coraçãozinho de Galinha?
Desce!
Costela?
Desce!
Fraldinha ?
Desce!
Capivara?
Desce!
Cupim?
Desce.
Garçom solicito complementa:
Maionese e Arroz Cheiroso e salada ?
Walter Gallo, completa:
Traz!
Sobremesa: pêssego em Calda, Sorvete, Figos.
Galo complementa:
Pode Trazer!
No final da Festa o Vigário Castilho satisfeito com a alegria de todos pergunta:
E aí Gallo, Satisfeito?
E ele Responde afrouxando o nó da gravata em desafio e afirmação às demais crenças que já se proliferavam:
- ISTO É QUE É RELIGIÃO!
A Alegria foi geral e a Churrascaria veio abaixo.
Hoje, tanto anos passados diante da Crise Econômica que assusta a todos e desconstrói o Estado do Rio de Janeiro, meu amigo Alexandre Ramos Ribeiro, Ex-presidente da Câmara Municipal de Caxambu em análise estreita sobre a atual conjuntura Nacional me saiu com esta:
A frase se espalhou e ganhou muitos autores e atribuições das mais diversas.
O Dr. Abelardo no tempo de FUNABEM , perguntado pelo Sr. Adamastor Pimenta (Pai do Alfredo Dentista e do Adilson da Marcon), então Diretor da Escola Venceslau Braz, qual horário que preferia trabalhar não conversou;
Quero trabalhar das 04:00 às 08:00 horas!
Quatro da Madrugada é claro.
Mas, por que às quatro?
E o Abelardo de pronto:
Tenho insônia acordo as três tomo um banho e chego na Escola às Quatro.
Pronto!
Estava decidido sem discussão.
O Edson Canaã, advogado filho do primeiro fotografo em Caxambu, o Antônio João passou a juventude hipnotizando os Turistas fazendo muita gente comer grama.
O Jandiro o titular do Cartório Civil e dos Registros Públicos e o Carneirinho (irmão da Dona Leia Carneiro esse encanto de pessoa que vive, ainda, entre nós , apesar dos seus 90 anos de idade. Forte e Serena) sofreram muito nas mãos do Edson Canaã.
O advogado Edson morava no Rio de Janeiro, em Copacabana e todos anos no Natal vinha para Caxambu desfrutar das amenidades do Verão, no Parque .
Voltava ao Rio sempre, antes do Carnaval e lá ia o Hélio Dauane com a Kombi cheia de Passarinhos de volta à Cidade Maravilhosa.
O Hélio Dauane (irmão da modista Elza Dauane que tinha um Atelier e uma Loja de Modas na Travessa Nossa Senhora dos Remédios) foi sempre seu Motorista.
Transportava do Rio de Janeiro até Caxambu a criação de pássaros do Edson Canaã, que todos os anos vinha para Caxambu.
O Edson, no Rio de Janeiro, desde os tempos da Capital Federal especializou-se em Direito Criminal.
Certa feita me disse:Do código Penal só conheço um artigo: o 121!
Meu Primeiro Júri eu fiz junto com ele, como meu assistente.
E, ele conhecia muito bem todo o Processo Penal e sabia tudo de Medicina Legal.
Medicina sempre foi seu sonho.
Conhecia a ciências da anatomia como poucos.
Presenciei longas e homéricas discussões sobre medicina e psiquiatria forense entre ele e o Dr. Michel Jamal, o dentista.
Outra figura inesquecível na vida boêmia de Caxambu.
Era no Tempo do Rancho das Acácias, na subida da Federal.
Embora Edson Canaã , nunca tivesse colocado uma gota de álcool na boca, em compensação o Michel tomava todas e nunca perdeu a lucidez .
Adorava um Carteado no Palace Hotel ou na Sede do Crac.
Jogava Tranca e biriba, além do whisky é claro e, de uma boa cerveja.
Memorável, contudo era seu esquecimento diante das coisas mais banais.
Certa feita passando numa quitanda comprou uma melancia e a colocou debaixo do braço direito.
Passou pela Travessa Nossa Senhora dos Remédios, nossa Rua da Alfândega (onde tinha a Loja do Gatão e do Issa) e pelo Bar do Márcio.
Chegou em Casa com o braço em Curva, quando Dona Latif (a esposa) lhe indagou:
Michel, o que é isto?
E ele de pronto com o cigarro no canto da boca respondeu:
Uma Melancia!
Mas, entretanto, já não tinha nenhuma melancia entres os braços.
Havia perdido a Fruta pelo Caminho!
O Canaã casou-se com a Dona Isalita que foi Crunner das antigas Orquestras que tocavam nos Tempos Áureos dos Cassinos em Caxambu , na época do Jogo Bancado.
No Tempo, ainda em que os Irmãos Rosental (Mario, Isaac e José) brilhavam no Caxamgá.
Foi Linda a Isalita, todos confirmam a sua beleza.
Nazir Curi, o filósofo dizia:
“ O Homem Sem Dinheiro Nem Deus gosta Dele!”
O Galo, Cantor do Coro da Igreja Matriz junto com o Zé Paulo, o Wallace , o Tenil (todos Gallos), o Betinho da Lídia e o Jacques Ematiné.
Era Semana Santa e ele além de excelente Cantor no Coro da Igreja se precisasse, também tocava violão.
Padre Castilho era o Pároco.
Final das pregações coincide com a inauguração da Churrascaria Gaúcha na BR 267.
Em agradecimento aos colaboradores o Padre os leva todos para um Jantar.
O Garçom pergunta:
Quer picanha?
Gallo responde: Desce!
Coraçãozinho de Galinha?
Desce!
Costela?
Desce!
Fraldinha ?
Desce!
Capivara?
Desce!
Cupim?
Desce.
Garçom solicito complementa:
Maionese e Arroz Cheiroso e salada ?
Walter Gallo, completa:
Traz!
Sobremesa: pêssego em Calda, Sorvete, Figos.
Galo complementa:
Pode Trazer!
No final da Festa o Vigário Castilho satisfeito com a alegria de todos pergunta:
E aí Gallo, Satisfeito?
E ele Responde afrouxando o nó da gravata em desafio e afirmação às demais crenças que já se proliferavam:
- ISTO É QUE É RELIGIÃO!
A Alegria foi geral e a Churrascaria veio abaixo.
Hoje, tanto anos passados diante da Crise Econômica que assusta a todos e desconstrói o Estado do Rio de Janeiro, meu amigo Alexandre Ramos Ribeiro, Ex-presidente da Câmara Municipal de Caxambu em análise estreita sobre a atual conjuntura Nacional me saiu com esta:
- O FERRO É SÓ EM NÓS!
Assim foi Caxambu esta Estância Hidromineral Maravilhosa coroada de historias hilariantes e de personagens que nos deixaram tantas lembranças e muita saudade, embora, alguns ainda sobrevivam entre nós.
Louvemos então, os que ainda estão vivos e bem vivos!
Louvemos então, os que ainda estão vivos e bem vivos!