Em um cenário nebuloso, que mostra o empate técnico em pelo menos três pesquisas, as campanhas dos candidatos ao governo de Minas ganham ingredientes extras para chamar atenção do eleitorado. Do lado do senador licenciado Hélio Costa (PMDB), a primeira tática para tentar injetar um diferencial foi colocar o seu vice, Patrus Ananias (PT), em evidência, sugando seu alto índice de popularidade.
  Nos últimos dias, outra "novidade" da coligação de Costa foi levar para a  rua as mulheres dos respectivos candidatos. Agora quem sai em campo  atrás de voto são a empresária Ana Catarina Costa, mulher de Hélio  Costa, e a professora Vera Victer, companheira de Patrus. Com agendas  típicas de candidato, elas participaram na última sexta-feira (10) de  carreatas e caminhadas nas cidades de Boa Esperança e Caxambu, no Sul de  Minas. 
  Já a campanha do governador tucano Antonio Anastasia, que tenta a  reeleição, sacou de outra tática pouco convencional para diversificar o  perfil do candidato. Esta semana, a coligação, que conta ainda com o  ex-governador Aécio Neves na disputa ao Senado, recebeu apoio formal de  cerca de 500 representantes do setor cultural. 
  Um desfile de modas, com grande aparato, chegou a ser realizado com a  temática eleitoral. Bolsas e vestidos na passarela tinham imagens da  bandeira de Minas e dos próprios candidatos. Além disso, na TV, há dias,  um dos mais respeitados compositores do país, o mineiro Milton  Nascimento, aparece cantando o jingle da campanha de Anastasia. 
  Analistas entendem que estes ingredientes podem não ser definidores de  voto, mas dão uma cor diferente à disputa. Para o cientista político  Paulo Roberto Figueira, no caso do candidato do PSDB, "apresentar-se  como candidato que aglutina outros segmentos, como dos artistas, aumenta  as chances de se ancorar numa trajetória de não ser apenas o 'candidato  do Aécio'".
   Já nas investidas de Hélio Costa, na visão de Figueira, a tentativa é  humanizar sua candidatura, buscando, ao colocar as mulheres em campo, um  apelo emocional para a questão familiar. A superexposição do vice  Patrus também busca dar um tom humanizador a seu nome na disputa. "É  muito importante que ele (Costa) mostre que é um candidato que está ao  lado do PT e do campo governista", diz o analista. 
   Lembrado ainda como o político que, no passado, apoiou Fernando Collor,  por exemplo, qualquer investida para tornar Hélio Costa mais próximo do  petismo do presidente Lula se mostra fundamental, acredita o cientista  político. 
Fonte :Portal Terra 
http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4673095-EI15328,00-MG+apelo+familiar+e+apoio+de+artistas+viram+tatica+de+campanha.html