Superuniversidade: Uma universidade maior do que se pode imaginar
O consórcio das universidades federais do sul e sudeste mineiro já está em fase de implantação e trará novidades a todos os envolvidos. Saiba mais sobre o projeto inédito no Brasil.
Superuniversidade, megauniversidade, multiuniversidade. Os vários
termos usados para denominar o Consórcio das Instituições Federais de
Ensino Superior (IFES) do Sul e Sudeste Mineiro, que está em fase de
implantação, já são discutidos nas universidades. Inclusive na internet,
é possível encontrar uma grande quantidade de informações a respeito do
projeto, inédito no Brasil. Mas afinal, de que se trata o
empreendimento que está mobilizando as universidades públicas mineiras?
Para o Dep. Federal Reginaldo Lopes, o consórcio das universidades mineiras vai substituir o modelo de competição entre as instituições para um de cooperação.
Segundo Reginaldo Lopes, ao todo o projeto vai envolver cerca de 100
mil estudantes e potencializar a pesquisa, a extensão e a graduação.
Entretanto, pelo fato de ser um consórcio e não a criação de uma única
universidade, a união não acarreta na perda de autonomia financeira,
política e acadêmica de cada instituição. Por esse motivo, a presidência
do consórcio funcionará de forma rotativa. “Sempre haverá um presidente
que será um dos reitores das sete universidades, em um esquema de
rodízio, com mandato de um ano, e todos presidirão um conselho de
reitores das universidades consorciadas”, conta o deputado.
O conselho das IFES será dividido de acordo com a potencialidade de
cada universidade. A pesquisa será responsabilidade da instituição
Federal de Itajubá; extensão e cultura, de São João del-Rei; assistência
estudantil, da UFOP; graduação, de Viçosa; e pós-graduação, da
universidade de Juiz de Fora.
Para consolidar o projeto, será criada uma sede administrativa do
consórcio no prédio da antiga Escola Estadual Venceslau Braz, localizada
na cidade de Caxambu. Para a reforma do local, foi disponibilizada pelo
Governo Federal uma verba de R$20 milhões. De acordo com Reginaldo
Lopes, a cidade foi escolhida por estar no meio de todas as outras
universidades e ter um potencial hidromineral que está completamente
subaproveitado. Dessa forma, na sede funcionará uma nova linha de
pesquisa, em conjunto com as já existentes nos campi atuais, que
continuarão com suas pesquisas próprias. Além disso, o deputado conta
que Caxambu também abrigará um curso de graduação, sendo o primeiro
campus multiuniversidade do Brasil.
Principais mudanças
Para o deputado, a principal mudança acontecerá do ponto de vista
acadêmico. Além das questões que se referem à mobilidade, o consórcio
permitirá inclusive, através do conselho universitário e dos
departamentos, uma mudança de curso entre as faculdades.
A Assessoria de Comunicação da UFJF já divulgou as
principais mudanças nos outros setores das universidades federais. Com
relação à pós-graduação, será criado um Centro de Estudos Avançados para
ampliar as pesquisas. Além disso, políticas de inserção internacional
serão implantadas para que os cursos de pós sejam reconhecidos
internacionalmente.
Para aumentar a integração entre as universidades, será implantado o
“Corredor Cultural”, projeto que visa unir as instituições por meio de
festivais realizados anualmente. Na parte de pesquisa, a construção do
Centro Regional de Pesquisa e Inovação unirá pesquisa científica e
tecnológica, inovação e formação. Serão criados centros em áreas
estratégicas e redes de máquinas e infraestrutura serão consolidadas,
para que se viabilize a movimentação de estudantes e pesquisadores
envolvidos nos projetos.
O consórcio na UFJF
“O consórcio abre um leque de possibilidades de desenvolvimento acadêmico da UFJF e das demais parceiras do projeto”, opina o pró-reitor de graduação da UFJF, Eduardo Magrone
Fonte: Laís Miranda
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