quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Marinho Chagas: 60 anos de histórias



Marinho Chagas pela Seleção de 1974 (Foto: GazetaPress)No dia 8 de fevereiro, completou 60 anos um dos jogadores mais folclóricos do futebol brasileiro em todos os tempos: Francisco das Chagas Marinho, o Marinho Chagas, lateral-esquerdo do Brasil na Copa do Mundo de 74, disputada na Alemanha Ocidental. Ele também jogou no Riachuelo e no ABC, ambos do Rio Grande do Norte, seu estado natal, e em uma enorme lista de outros clubes: Náutico, Botafogo, Fluminense, Cosmos e Strikers (ambos dos Estados Unidos), São Paulo, Bangu, Fortaleza, América-RN e Harlekin, da Alemanha. As histórias que seguem são uma homenagem a esse aniversariante.
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Quando Marinho ainda jogava no Náutico, o técnico Gradim teria recomendado que ele caísse para a esquerda. Imediatamente, Marinho teria caído no chão e se deitado do lado esquerdo. Gradim, coçando a cabeça, teria comentado com seu auxiliar: "As pernas desse Marinho são de craque, mas a cabeça é de bagre..."
Verdade ou não, o fato é que anos depois o próprio Marinho, de certa forma, acabaria confirmando a frase de Gradim, ao comentar dessa maneira o futebol de seu filho, que preferiu estudar a seguir a carreira de atleta profissional: "Esse herdou na cabeça a inteligência que o pai tinha nas pernas..."
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No corredor do Maracanã que levava ao campo, Marinho se preparava para estrear em um clássico quando um diretor bateu em seu ombro e perguntou:
— Como é, Marinho, vai fazer força pela vitória?
Irônico, o craque simplesmente respondeu, na lata:
— Não... Vou lutar pela derrota. Aliás, é para isso que fui contratado.
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Marinho era também um grande gozador. Certa vez, o Fluminense concentrou-se em Caxambu e todas as manhãs os jogadores davam longos passeios pelo Parque das Águas, a maior atração da cidade mineira, com suas fontes medicinais. Marinho, então, resolveu acordar cedo só para trocar as setas que indicavam o tipo de cada água.
À tarde, o diagnóstico dos médicos foi o mesmo para mais da metade dos hóspedes do hotel, que estavam com dor de barriga: todos os pacientes haviam tomado a água errada.
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Botafogo e São Paulo haviam acabado de jogar a primeira partida das semifinais do Brasileiro de 81, vencida pelo Botafogo por 1 a 0, quando um repórter de rádio colocou em linha Marinho, do São Paulo, e Perivaldo, do Botafogo, cada um em seu vestiário.
Primeiro a falar, Marinho começou dizendo que tinha saudade do Botafogo, mas que agora era são-paulino. E explicou assim a derrota daquela noite:
— Perdemos unicamente por duas palavras: a-zar.

Fonte: Yahoo Esportes