domingo, 26 de agosto de 2012

As 7 máximas do péssimo funcionário
 Trajetória descendente: seguir o manual do péssimo funcionário é certeza de fracasso na carreira


São Paulo - Algumas atitudes no ambiente de trabalho podem acabar com a imagem de qualquer pessoa e acender o sinal vermelho na empresa. EXAME.com consultou especialistas para listar os piores comportamentos que uma pessoa pode ter no dia a dia corporativo.
Quem busca sucesso na carreira deve evitar todos eles. Mas quem está interessado em uma curva descendente na vida profissional pode começar a exercitá-los desde já. Confira o que diz o código de conduta às avessas:
1 - Comprometimento zero - É a regra de ouro para quem se esforça para ser um péssimo funcionário, na opinião dos especialistas. Envolve uma série de práticas como: deixar de cumprir o que prometeu, não respeitar acordos com clientes, pactos e datas de entrega de projetos. Todos são pontos negativos que vão prejudicando a imagem da pessoa no ambiente de trabalho.
“A empresa vive dos resultados”, diz Jeffrey Abrahams, sócio-fundador da Abrahams Executive Search, consultoria internacional de recrutamento.
“O bom funcionário tem que se virar para fazer a coisa acontecer”, diz, Heitor Mello Peixoto, diretor executivo da Produtive.
“Ficar reclamando de cada nova tarefa recebida também pode indicar que falta compromisso com a atividade profissional”, diz Abrahams.
Colocar empecilhos para cumprir as obrigações certamente não é um comportamento que vai agregar valor a sua conduta na empresa.
2 - Apropriar-se das ideias dos outros - Muito comum no mundo dos negócios é uma prática que pode acontecer entre colegas e também na relação entre chefes e subordinados.
“É como o aluno que não faz o trabalho de faculdade e pede para os colegas colocarem o nome dele na apresentação”, compara Peixoto.
Não reconhecer o trabalho alheio e ainda ficar com os louros é um comportamento profissional lamentável e quebra a confiança, um aspecto essencial para o trabalho em equipe. “Eu chamo isso de pirataria corporativa”, diz Abrahams.
3 - Não aceitar feedbacks - Esse é um calcanhar de Aquiles hoje em dia nas empresas, na opinião de Abrahms. “A resistência aos feedbacks é uma das doenças do mundo corporativo e um dos grandes problemas dos executivos”, diz o especialista.
Avaliações em relação ao trabalho fazem parte do trabalho em equipe e devem ser encaradas como uma forma de crescimento. Segundo ele, há pessoas que não sabem fazer a crítica e há quem não saiba receber.
“Depende muito de como a crítica é feita, mas se ela é adequada, levar para o lado pessoal é um péssimo comportamento”, diz Peixoto.
4 - Falar mal de lugares e colegas com quem já trabalhou - É uma conduta “fatal” e que muitas vezes impede até a pessoa de conseguir uma nova oportunidade profissional. “O candidato que chegar à entrevista com o headhunter e tiver este tipo de discurso será desconsiderado”, diz Peixoto.
Mesmo quem já conquistou a cadeira deve evitar críticas a ex-colegas e ou à antiga empresa. “É uma atitude que acaba denegrindo a própria pessoa”, diz Abrahams.
Não importa o quanto a experiência profissional anterior tenha sido negativa, no máximo explique o que aconteceu, mas sem julgamentos. “Falar menos é mais”, diz Abrahams.
5 - Puxar o tapete - Há diversas maneiras de prejudicar os colegas de trabalho. Cavar demissões, espalhar boatos maldosos, sabotar projetos alheios são algumas formas.
“Já assisti muitas puxadas de tapete, é uma doença da sociedade”, diz Abrahams. Para ele, há mercados em que esta prática é mais comum. “A questão da ambição é mais exacerbada na área de transações financeiras”, diz.
Este tipo de atitude não cria sustentabilidade nas relações a médio e longo prazo, na opinião do especialista. “Quem sofre uma puxada de tapete não esquece”, explica. O problema nesse caso é a lei do retorno. “Acaba, de uma maneira ou de outra voltando para que fez”, diz o especialista.
6 - Chegar sempre atrasado - É um clássico do manual de qualquer péssimo funcionário. Começar o expediente fora de hora e ainda escapar do escritório mais cedo, com frequência é um atitude que irrita qualquer gestor.
Mesmo que o trabalho seja bem feito, respeito aos horários de entrada e saída é uma exigência do mundo profissional. “É preferível chegar uma hora antes a chegar cinco minutos atrasado”, diz Abrahams.
7 - Descontrole emocional - Gritar, humilhar colegas ou subordinados é um comportamento antiprofissional por excelência. “Quem sai do eixo emocional perde a razão”, diz Abrahams.
Além de deixar o clima pesado na empresa, cria uma cultura do desrespeito no ambiente profissional. “Acaba caindo na questão do assédio moral”, explica o especialista.
Entrar em pânico ao receber um novo desafio na empresa também é um comportamento indicativo de falta de controle emocional. “Certa cautela em relação ao novo é positiva, mas entrar em pânico certamente vai prejudicar o desempenho”, diz Peixoto.