As 7 máximas do péssimo funcionário
Trajetória descendente: seguir o manual do péssimo funcionário é certeza de fracasso na carreira
São
Paulo - Algumas atitudes no ambiente de trabalho podem acabar com a
imagem de qualquer pessoa e acender o sinal vermelho na empresa.
EXAME.com consultou especialistas para listar os piores comportamentos
que uma pessoa pode ter no dia a dia corporativo.
Quem
busca sucesso na carreira deve evitar todos eles. Mas quem está
interessado em uma curva descendente na vida profissional pode começar a
exercitá-los desde já. Confira o que diz o código de conduta às
avessas:
1 - Comprometimento zero -
É a regra de ouro para quem se esforça para ser um péssimo funcionário,
na opinião dos especialistas. Envolve uma série de práticas como:
deixar de cumprir o que prometeu, não respeitar acordos com clientes,
pactos e datas de entrega de projetos. Todos são pontos negativos que
vão prejudicando a imagem da pessoa no ambiente de trabalho.
“A
empresa vive dos resultados”, diz Jeffrey Abrahams, sócio-fundador da
Abrahams Executive Search, consultoria internacional de recrutamento.
“O bom funcionário tem que se virar para fazer a coisa acontecer”, diz, Heitor Mello Peixoto, diretor executivo da Produtive.
“Ficar
reclamando de cada nova tarefa recebida também pode indicar que falta
compromisso com a atividade profissional”, diz Abrahams.
Colocar empecilhos para cumprir as obrigações certamente não é um comportamento que vai agregar valor a sua conduta na empresa.
2 - Apropriar-se das ideias dos outros
- Muito comum no mundo dos negócios é uma prática que pode acontecer
entre colegas e também na relação entre chefes e subordinados.
“É
como o aluno que não faz o trabalho de faculdade e pede para os colegas
colocarem o nome dele na apresentação”, compara Peixoto.
Não
reconhecer o trabalho alheio e ainda ficar com os louros é um
comportamento profissional lamentável e quebra a confiança, um aspecto
essencial para o trabalho em equipe. “Eu chamo isso de pirataria
corporativa”, diz Abrahams.
3 - Não aceitar feedbacks
- Esse é um calcanhar de Aquiles hoje em dia nas empresas, na opinião
de Abrahms. “A resistência aos feedbacks é uma das doenças do mundo
corporativo e um dos grandes problemas dos executivos”, diz o
especialista.
Avaliações
em relação ao trabalho fazem parte do trabalho em equipe e devem ser
encaradas como uma forma de crescimento. Segundo ele, há pessoas que não
sabem fazer a crítica e há quem não saiba receber.
“Depende
muito de como a crítica é feita, mas se ela é adequada, levar para o
lado pessoal é um péssimo comportamento”, diz Peixoto.
4 - Falar mal de lugares e colegas com quem já trabalhou
- É uma conduta “fatal” e que muitas vezes impede até a pessoa de
conseguir uma nova oportunidade profissional. “O candidato que chegar à
entrevista com o headhunter e tiver este tipo de discurso será
desconsiderado”, diz Peixoto.
Mesmo
quem já conquistou a cadeira deve evitar críticas a ex-colegas e ou à
antiga empresa. “É uma atitude que acaba denegrindo a própria pessoa”,
diz Abrahams.
Não
importa o quanto a experiência profissional anterior tenha sido
negativa, no máximo explique o que aconteceu, mas sem julgamentos.
“Falar menos é mais”, diz Abrahams.
5 - Puxar o tapete
- Há diversas maneiras de prejudicar os colegas de trabalho. Cavar
demissões, espalhar boatos maldosos, sabotar projetos alheios são
algumas formas.
“Já
assisti muitas puxadas de tapete, é uma doença da sociedade”, diz
Abrahams. Para ele, há mercados em que esta prática é mais comum. “A
questão da ambição é mais exacerbada na área de transações financeiras”,
diz.
Este
tipo de atitude não cria sustentabilidade nas relações a médio e longo
prazo, na opinião do especialista. “Quem sofre uma puxada de tapete não
esquece”, explica. O problema nesse caso é a lei do retorno. “Acaba, de
uma maneira ou de outra voltando para que fez”, diz o especialista.
6 - Chegar sempre atrasado
- É um clássico do manual de qualquer péssimo funcionário. Começar o
expediente fora de hora e ainda escapar do escritório mais cedo, com
frequência é um atitude que irrita qualquer gestor.
Mesmo
que o trabalho seja bem feito, respeito aos horários de entrada e saída
é uma exigência do mundo profissional. “É preferível chegar uma hora
antes a chegar cinco minutos atrasado”, diz Abrahams.
7 - Descontrole emocional -
Gritar, humilhar colegas ou subordinados é um comportamento
antiprofissional por excelência. “Quem sai do eixo emocional perde a
razão”, diz Abrahams.
Além
de deixar o clima pesado na empresa, cria uma cultura do desrespeito no
ambiente profissional. “Acaba caindo na questão do assédio moral”,
explica o especialista.
Entrar
em pânico ao receber um novo desafio na empresa também é um
comportamento indicativo de falta de controle emocional. “Certa cautela
em relação ao novo é positiva, mas entrar em pânico certamente vai
prejudicar o desempenho”, diz Peixoto.
Por Camila Pati, de EXAME.com