domingo, 3 de março de 2013


Baependi espera receber 30 mil pessoas para cerimônia de Nhá Chica

Cidade se prepara para beatificação da religiosa marcada para 4 de maio.
Investimento para promover o encontro na cidade é de R$ 1 milhão.


Uma cidade ansiosa e cheia de expectativas. A população de Baependi (MG), município para onde Nhá Chica se mudou ainda criança, não vê a hora de chegar o dia da cerimônia. Marcada para o início de maio, a beatificação da religiosa está movimentando a cidade. Com 19 mil habitantes, a expectativa é de que, no dia da cerimônia, cerca de 30 mil pessoas visitem a cidade.


A cerimônia que oficializa a beatificação de Nhá Chica está prevista para o dia 4 de maio. A diocese de Campanha (MG) aguarda apenas a confirmação de Santa Sé, em Roma. Segundo Dom Diamantino Prata de Carvalho, bispo de Campanha, a data da beatificação ainda não foi confirmada porque depende da agenda do cardeal Ângelo Amato que virá do Vaticano para presidir a celebração.


O investimento para promover o encontro é de R$ 1 milhão e a verba vem da prefeitura e do governo do estado. Para dom Diamantino, será um marco na história da Igreja Católica. "A igreja tem marcas e raízes profundas no Estado de Minas Gerais agora", afirma ele.

Francisca de Paula de Jesus, a Nhá Chica, é considerada a mãe dos pobres e ficou conhecida por seus atos de fé e caridade. Ela nasceu em um distrito de São João Del Rei (MG) e, logo depois, se mudou para Baependi. Nunca se casou e morreu aos 87 anos. Nhá Chica só foi sepultada quatro dias depois, no interior do Santuário Nossa Senhora da Conceição. O processo de beatificação foi aberto em 2001. O Papa Bento XVI reconheceu um milagre da venerável em 2012.


 (Foto: Reprodução EPTV)



Há um ano, a cidade se prepara para a cerimônia. "Nós gostaríamos que todas as pessoas se envolvessem com a beatificação, principalmente as mais simples, porque essa é a marca dela", declara o padre Douglas Barone. Anália Vilas Boas e Maria do Carmo Nicoliello são voluntárias. Elas resgataram toda a história de Nhá Chica e consideram uma honra tudo o que fizeram

Anália morou muitos anos em Baependi e voltou para a cidade só para ajudar nos preparativos. A devota diz que já recebeu bênçãos de Nhá Chica. "Há pouco tempo, íamos viajando para São Lourenço (MG). Quando saímos de uma curva, sem acostamento, um caminhão vinha em nossa direção cortando todos os carros. Lembramos de Nhá Chica na hora, ficamos penduradas em um barranco, mas não aconteceu nada", conta a devota.

São pessoas cheias de fé que, de alguma forma, fazem parte da história de Nhá Chica. Fiéis ansiosos por um dia que será lembrado por toda a vida.