Apenas uma residência foi desocupada após queda de muro de arrimo.
População nega que prefeito tenha oferecido abrigo temporário.
Do G1 Sul de Minas
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Deslizamento de terra ocorrido na rua Guilherme Vilela Gouveia ´Bairro Santa Rita. Foto compartilhada por Leonardo Menezes |
Para chegar a algumas casas, é preciso improvisar. Alguns moradores utilizam uma escada que não oferece segurança, como é o caso de Julina Franco Araújo, que comprou a casa três dias antes do muro cair e teve que improvisar outra saída. “O paredão caiu e bloqueou uma das entradas. Ficamos dias sem energia e sem água e ninguém veio até aqui para arrumar. Por enquanto criamos uma saída alternativa”, disse.
A família do eletricista Nilton Rodrigues Junior também vive uma situação delicada. O quintal dele ficou completamente destruído e o muro também caiu. A Defesa Civil forneceu uma lona para impedir que o solo seja encharcado, mas segundo ele, a terra continua cedendo. Mas, mesmo com o imóvel interditado, ele continua na casa. “Eu fiquei aqui pois tenho medo de abandonar o local e ter meus objetos e móveis roubados. A situação é difícil, porque eu não durmo, com medo da casa cair”, declarou.
Por enquanto, a dona de casa Lilian Santos Lima foi a única moradora que deixou o imóvel. A casa em que ela vivia ainda tem detritos da queda do muro. “Eu fiz um boletim de ocorrência e saí da casa”, disse.
Questionado sobre o problema, o prefeito Jurandir Ubirajara Beline disse que ofereceu abrigo temporário para os moradores que foram afetados pela queda do muro de arrimo, mas que eles não aceitaram. “Nós chamamos a Polícia Militar, fizemos uma ocorrência e caso aconteça algo mais grave, a prefeitura está isenta de qualquer responsabilidade. Infelizmente os moradores não querem sair”, pontuou.
Já o engenheiro da prefeitura, Gabriel Ferreira Filho se comprometeu a resolver o problema, mas afirmou que isso só será possível após o período de chuva. “Será feito um novo muro, mas o início só poderá ser no período de estiagem. O terreno se degradou por uma série de razões próprias daquele local e por isso temos que ter um cuidado especial na hora de fazer outro”, explicou.
Fonte: G1 Sul de Minas