sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Canto do Poeta - IMORTAL HIDRÓPOLE - Por Willy Oliveira

Canto do Poeta
IMORTAL HIDRÓPOLE
 Por Willy Oliveira (*)

Arquivo Jornal Arte3
O acaso profanou o parque da ninfa,
E me levara para um negro ribeirão.
Arrancou-me do berço da Teresa, santa mãe,
Do acolhedor abraço daquele bosque.

Eu que me contentava ser trançador, louco
A caminhar pelo discreto belvedere, usurpador.
Girando, rodando e cirandando sobre a engrenagem;
Pude ver a intimidade de uma Avenida e seu Calçadão.

Busquei sobre o morro do Cristo o cativar
Daquela hidrópole, somente hoje, desiludido,
Desperto posso compreender que meu infortúnio, meu tesouro
Habita na essência, espírito e odor daquelas fontes.

Foto: Juninho Moscca

Ao beber daquele vício mineral sobre mim
Nascera dois balões, um caminha comigo
E não sei descrevê-lo, já o outro é meu legado

E vive preso, fixo e forte, a flutuar sobre Caxambu.





(*) Willy Oliveira  Estudante de Pegagogia na Universidade de São Paulo, aspirante a escritor e desenhista nas horas vagas, amante de poesia e literatura fantástica, escreve contos, poesias e pretende futuramente iniciar com histórias de natureza imaginária e confeccionar mangás. Talento Caxambuense.  Ex aluno do Professor Hamurabi Rodrigues de Oliveira