IMORTAL HIDRÓPOLE
Arquivo Jornal Arte3 |
O acaso profanou o parque da ninfa,
E me levara para um negro ribeirão.
Arrancou-me do berço da Teresa, santa mãe,
Do acolhedor abraço daquele bosque.
Eu que me contentava ser trançador, louco
A caminhar pelo discreto belvedere, usurpador.
Girando, rodando e cirandando sobre a engrenagem;
Pude ver a intimidade de uma Avenida e seu Calçadão.
Busquei sobre o morro do Cristo o cativar
Daquela hidrópole, somente hoje, desiludido,
Desperto posso compreender que meu infortúnio, meu tesouro
Habita na essência, espírito e odor daquelas fontes.
Foto: Juninho Moscca |
Ao beber daquele vício mineral sobre mim
Nascera dois balões, um caminha comigo
E não sei descrevê-lo, já o outro é meu legado
E vive preso, fixo e forte, a flutuar sobre Caxambu.
(*) Willy Oliveira Estudante de Pegagogia na Universidade de São Paulo, aspirante a escritor e desenhista nas horas vagas, amante de poesia e literatura fantástica, escreve contos, poesias e pretende futuramente iniciar com histórias de natureza imaginária e confeccionar mangás. Talento Caxambuense. Ex aluno do Professor Hamurabi Rodrigues de Oliveira