AVANT SUPERMERCADO - CAXAMBU

AVANT SUPERMERCADO - CAXAMBU
AVANT SUPERMERCADO - CAXAMBU

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

DEUS AJUDA A QUEM TRABALHA – PARALISAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ( Jogando pedras na lua)

DEUS AJUDA A QUEM TRABALHA 
– PARALISAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
( Jogando pedras na lua)


Por José Celestino Teixeira


A paralisação dos Municípios Mineiros é liderada pela AMM- Associação dos Municípios Mineiros e sugerida por seu Presidente, o ex-deputado estadual , Antônio Julio Faria, filiado ao PMDB e Prefeito da cidade de Pará de Minas.
Caxambu e outros Municípios da região aderiram à paralisação.
Caxambu parou!
Contudo, dizem as más línguas, que não é de hoje, que a cidade parou.
Parou já faz tempo!
A própria AMM publicou uma Cartilha, onde pretendeu justificar o movimento de Paralisação.
Contudo, nada de novo no Front.
As reivindicações são as mesmas de sempre.
Entre as reivindicações está a recuperação do Fundo de Participação de Municípios (FPM), a redistribuição da arrecadação de impostos, definição dos repasses pendentes dos convênios entre a União, estados e municípios e revisão do Pacto Federativo.
“Os repasses do governo federal e estadual são as maiores fontes de receitas da maioria dos municípios, quando não são a única fonte. E esses repasses estão diminuindo cada vez mais, forçando os prefeitos a tomarem decisões drásticas para conseguirem atender as demandas da população”, explica Antônio Júlio.
Para demonstrar o porquê a população tem sentido os reflexos da crise vivida dos municípios, a AMM esclarece a relação direta entre os repasses federais e estaduais e a aplicação destes recursos na saúde, educação, segurança e desenvolvimento econômico para geração de emprego. A cartilha explica, passo a passo, todos os pleitos municipalistas do movimento.
Não é novidade que ontem, hoje e sempre os Prefeitos de todo o País sempre acorreram a Brasília de “pires na mão.”
O vai e vem de Prefeitos à Capital Federal tornou-se uma constante nos municípios brasileiros, inclusive pesando muito no orçamento municipal, já que as despesas de viagens e estadias na “BelaCap” custam muito aos cofres públicos, já tão combalidos.
Normalmente as caravanas de Prefeitos a Brasília levam uma comitiva de assessores, secretários municipais e, quando não, a companhia das Primeiras-damas. 
A Farra é boa, quando se sabe que em Brasília um bom hotel, não custa menos de R$ 500,00 (quinhentos Reais) a diária e, tem os passeios em torno do Lago Paranoá, na Esplanada dos Ministérios e no setor de compras.
Tudo é muito lindo!
Brasília, apesar da imensa solidão do Planalto, à noite é uma cidade luz.
Vale à pena visitar, mormente quando os custos são bancados pelos cofres municipais e, não pelo próprio bolso dos Prefeitos e seus assessores.
O Ex-Prefeito Isaac Rosental, quando de seu primeiro mandato frente ao Município de Caxambu tinha na boca uma expressão popular: 
JOGAR PEDRA NA LUA!
Pois é!
A relação custo benefício da tal Paralisação dos Municípios nos dá a mais nítida impressão de que com o ato, os Srs. Prefeitos de Minas e do País é mesmo : JOGAR PEDRA NA LUA!
Afinal, numa Crise Econômica pela qual o País atravessa, com um Plano de Recuperação que o Ministro Levy tenta, a todo custo emplacar perante o Congresso Nacional é acreditar em Sonhos.
O Momento é o mais inoportuno de todos, quando toda nação brasileira assiste atônita as apurações da Operação Lava Jato, que desnuda os roubos na administração pública federal, mormente na Petrobras e no Setor Elétrico.
E, que sem nenhuma surpresa envolve (segundo denuncia do, Rodrigo Janot, Procurador Geral da República feita ao Supremo), o nome de Eduardo Cunha, atual Presidente da Câmara Federal.
A situação é gravíssima.
O País acha-se ingovernável, apesar das instituições estarem funcionando.
Ninguém sabe quem Governa a República. 
Se a Presidente Dilma, o vice Michel Temer, o Presidente do Senado Renam Calheiros ou o Levy, Ministro da Economia.
No princípio de agosto, do corrente ano, o Jornalista Noblat destacou em seu Blog:
“Temer:
- É preciso que alguém reunifique o país.
Envenenada pelo PT ou por seus próprios demônios, ela acha que a frase foi, no mínimo, uma espécie de ato falho.
Por bem ou por mal, Temer teria se oferecido para ser esse “alguém” capaz de reunificar o país.
Em dúvida ou movida por tal certeza, Dilma adiantou-se ao seu vice. Desde então tem procurado o protagonismo perdido.”
Ao que parece Temer caiu do Cavalo.
Mas voltemos a Paralisação, agora, dos Municípios.
É curioso notar neste episódio a presença do Prefeito de Pará de Minas, o ex-deputado estadual, Antônio Julio Faria, filiado ao PMDB e atual Presidente da AMM.
O Antonio Julio é uma pessoa honesta e um Prefeito dinâmico.
É certo que sua intenção é proteger os municípios do rolo compressor do Governo Federal.
Mas é importante destacar a presença do PMDB neste episódio insólito.
O partido até bem pouco tempo foi base de sustentação do Governo Dilma.
Se agora, diante das investidas do Eduardo Cunha, o partido pareça estar dividido, não se pode negar que o resultado de toda política econômica governamental passou também, pelas mãos hábeis (politicamente) do PMDB.
Por que, então não se resolveram todos esses problemas que se enquadram na Reforma Política, quando o PMDB tinha o mando de Campo?
É um contrassenso político.
Aquele mesmo contrassenso que assistimos Semana passada, quando o PT saiu às ruas para promover um Contra-protesto às manifestações anti-Dilma ocorridas no domingo.
Ao mesmo tempo em que os militantes exaltavam o ex-presidente Lula e manifestavam apoio à Presidente, de forma contraditória combatiam a Política de Recuperação Econômica posta às mãos do Levy pela Dilma.
A proposta de Recuperação Econômica é uma proposta de Governo, do Governo do PT.
Ou não?
A verdade é que as Associações de Municípios ao invés de jogarem pedra na lua deveriam, sim, auxiliar os Administradores Municipais a economizarem recursos e administrarem melhor seus municípios.
Podia o Poder Publico Municipal em todas as suas esferas deixar de promover festas e shows e entregá-las à iniciativa privada, sem intervenção de qualquer espécie.
Deveria ensinar a lição de cortar custos enxugando despesas com pessoal, especialmente abster-se das contratações de cargos de confiança, de livre nomeação e exoneração.
Fechar as torneiras das diárias de viagens.
Promover um Equilíbrio de Contas, despesa e receita, como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000), que ainda está em vigor, apesar das pedaladas presidenciais.
Mas, não!
Quando ligamos a TV nos telejornais diurnos e noturnos nos deparamos com casos escabrosos nas administrações municipais, como aquele corrido recentemente no Maranhão, quando a Prefeita que roubou a Verba de Educação para postar-se nas redes sociais como milionária.
“Com o sumiço da prefeita de Bom Jardim (MA), Lidiane Leite (PP), de 25 anos, moradores da cidade estão sem saber quem está no comando do município, a 275 km de distância da capital maranhense, São Luís. Lidiane Leite está foragida desde quinta-feira (20), procurada pela Polícia Federal (PF), que investiga denúncias de desvios de verbas da educação no município. A denúncia partiu do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) e Ministério Público Federal (MPF).”
Ela, ainda teve a audácia de vir a público cantar: 
Beijinho no Ombro, pau, pau!
Ao invés de promoverem paralisações, as Associações de Municípios deveriam, sim, contribuir e colaborar com a PF, para encontrar a Prefeita Lidiane Leite (filiada ao PP), que roubou o dinheiro da educação e a dignidade do povo maranhense, mas, que se encontra foragida.
Aí sim estaríamos engajados na luta dos Municípios.
Do contrario, como bem disse, o Isaac Rosental:
É JOGAR PEDRA NA LUA!