Descoberta revela quando Nhá Chica ficou órfã
A Beata viveu uma vida em família com amor e dedicação
Uma descoberta histórica coloca luzes sobre um período até então desconhecido da vida da Bem-Aventurada Francisca de Paula de Jesus. O pesquisador Antonio Claret Maciel Santos, advogado, natural de Caxambu MG e residente em São Paulo, foi quem encontrou um documento que comprova a data exata da morte da mãe de Nhá Chica, Isabel Maria. Testamento que apresenta, também, mais informações sobre a formação da família da Beata. Com a nova pesquisa, concluí-se que Nhá Chica não ficou órfã aos 12 anos como era contado até agora, mas sim aos 35 anos, já adulta. E mais: tinha, além do irmão Theotônio, uma irmã e um cunhado.
Com as revelações, prova-se que Francisca de Paula de Jesus viveu sua vida de santidade no seio de uma família sólida, aprendendo a amar Nossa Senhora da Conceição, a se dedicar as coisas do Reino de Deus e, ainda, ajudando na família, fazendo o bem aos mais necessitados e especialmente cuidando com muito amor e dedicação de sua mãe e irmãos.
Tudo começou quando há mais ou menos dois anos Claret deu início à produção de um livro sobre a "Família Maciel de Baependi", com foco na figura de seu trisavô, Tenente Jose Francisco Maciel, que foi um político muito importante na cidade entre os anos de 1870 a 1893.
Para realizar a tarefa, foram feitas pesquisas em jornais da época, em livros de registros de batizados, matrimônios e óbitos, das Paróquias de Baependi, Aiuruoca, Cruzília, Caxambu e Pouso Alto, todas cidades do sul de Minas, entre o período de 1730 até 1950.
E foi justamente em uma dessas pesquisas, realizada em agosto deste ano, que o advogado encontrou a relíquia: -“Eu estava à procura do assento de óbito de meu quarto avô materno, João Domingues Maciel, que, segundo meus cálculos, deveria ter falecido por volta de 1850. Assim selecionei o Livro de Óbitos da Igreja de Nossa Senhora do Montserrat, referente ao período de 1841 a 1869. Ao chegar à folha sete, deparei com um testamento ali transcrito, após o assento do óbito do testador. Como a letra estava muito límpida, legível, resolvi ler o texto. De imediato identifiquei que se tratava do testamento de Isabel Maria da Silva e ao prosseguir na leitura verifiquei que a testadora era, exatamente, a mãe de Francisca de Paula. Parei, li o assento de óbito que antecedia o testamento e confirmei se tratar da mãe de Nhá Chica”- conta o historiador.
E o que veio em seguida, muda parte da história de vida da Beata. “Encontramos exatamente no Livro de Registro de Óbitos da Igreja de Nossa Senhora do Montserrat, Paróquia de Santa Maria de Baependi, relativo ao período de outubro de 1841 a maio de 1869, não só o assento de óbito de Isabel Maria, mãe de Francisca de Paula – a Nhá Chica - como, na seqüência, o seu testamento transcrito, como era regra, no livro eclesiástico imediatamente após o registro do falecimento” – conta Antônio.
O documento esclarece que a mãe de Nhá Chica faleceu vítima de uma forte febre no dia 1º de novembro de 1843; portanto, quando Nhá Chica já estava com 35 anos.
No testamento, esmiuçando as informações, comprova-se que era mesmo a mãe de Nhá Chica e que tinha mais dois filhos: Theotônio e Maria.
“Confesso que senti um arrepio muito profundo, uma emoção, um sentimento muito gostoso, uma vontade de sair gritando sobre o achado e assim não o fiz porque era noite alta. Não conciliei o sono mais. Para mim a noite ficou muito comprida, não amanhecia, diante da emoção. Tudo isso, porque eu conheço a biografia de Nhá Chica e havia lido, recentemente, o livro da historiadora Rita Elisa Seda, a qual dizia expressamente que nenhum historiador havia encontrado o assento de óbito da mãe da Beata” – confessa Claret.
Sempre levantou grande curiosidade e também muita especulação como teria vivido a pequena Nhá Chica, já que até agora, se sabia que a Beata teria ficado órfã aos 12 anos, portanto crescido, quem sabe sob a guarda de amigos, do irmão ou de algum parente distante.
Mas agora com os fatos descobertos por Antonio Claret, elucidou-se um período ainda desconhecido, apontando Nhá Chica como uma moça criada numa família sólida, cristã e com importantes laços de amor e fé.
Nas descobertas fica claro que Isabel Maria, mãe de Nhá Chica, foi sepultada no interior da igreja Matriz de Baependi, uma tradição daquele tempo, e que era filha de Maria Joaquina Felizarda e não de Rosa Benguela, como era apontado em outras biografias.
“Acrescento que se revelou um fato novo nesse sentido, ou seja, sua mãe ao legar a ela um móvel "caixa grande", em seu testamento, disse que assim o fazia por que aquele bem fora adquirido com o fruto do trabalho da filha. E na seqüência disse que deixava a ela os demais bens porventura existentes até sua morte, em recompensa da fidelidade filial a ela dispensada. Ficou, portanto, provado que Francisca de Paula trabalhava e nutria amor profundo por sua mãe e dela tratou até seu passamento” – explica o pesquisador.
A família de Nhá Chica era formada então por sua mãe, Isabel Maria, Theotônio Pereira do Amaral, seu irmão; Maria, sua irmã, casada com Joam Garcia, seu cunhado.
Não existem dúvidas sobre este material encontrado. Apesar de Nhá Chica ter declarado em entrevista ao médico Henrique Monat, em 1894, que tinha ficado órfã aos 10 anos de idade, presume-se que houve um equívoco do autor aos transcrever a conversa ou até mesmo uma falha de memória de Nhá Chica, já bem idosa naquele momento.
“Sinceramente estou orgulhoso de ter contribuído para o enriquecimento da biografia de Francisca de Paula - Nhá Chica - e espero que sua história seja atualizada com os dados agora conhecidos. Entendo que os dados encontrados, os quais considero como revelados pela Beata Nhá Chica, não alteram em nada a vida santa e devocional que serviram de fundamento para sua beatificação e, com certeza, continuarão a ser invocados como motivo para a canonização.” – finaliza Claret.
Com as revelações, prova-se que Francisca de Paula de Jesus viveu sua vida de santidade no seio de uma família sólida, aprendendo a amar Nossa Senhora da Conceição, a se dedicar as coisas do Reino de Deus e, ainda, ajudando na família, fazendo o bem aos mais necessitados e especialmente cuidando com muito amor e dedicação de sua mãe e irmãos.
Tudo começou quando há mais ou menos dois anos Claret deu início à produção de um livro sobre a "Família Maciel de Baependi", com foco na figura de seu trisavô, Tenente Jose Francisco Maciel, que foi um político muito importante na cidade entre os anos de 1870 a 1893.
Para realizar a tarefa, foram feitas pesquisas em jornais da época, em livros de registros de batizados, matrimônios e óbitos, das Paróquias de Baependi, Aiuruoca, Cruzília, Caxambu e Pouso Alto, todas cidades do sul de Minas, entre o período de 1730 até 1950.
E foi justamente em uma dessas pesquisas, realizada em agosto deste ano, que o advogado encontrou a relíquia: -“Eu estava à procura do assento de óbito de meu quarto avô materno, João Domingues Maciel, que, segundo meus cálculos, deveria ter falecido por volta de 1850. Assim selecionei o Livro de Óbitos da Igreja de Nossa Senhora do Montserrat, referente ao período de 1841 a 1869. Ao chegar à folha sete, deparei com um testamento ali transcrito, após o assento do óbito do testador. Como a letra estava muito límpida, legível, resolvi ler o texto. De imediato identifiquei que se tratava do testamento de Isabel Maria da Silva e ao prosseguir na leitura verifiquei que a testadora era, exatamente, a mãe de Francisca de Paula. Parei, li o assento de óbito que antecedia o testamento e confirmei se tratar da mãe de Nhá Chica”- conta o historiador.
E o que veio em seguida, muda parte da história de vida da Beata. “Encontramos exatamente no Livro de Registro de Óbitos da Igreja de Nossa Senhora do Montserrat, Paróquia de Santa Maria de Baependi, relativo ao período de outubro de 1841 a maio de 1869, não só o assento de óbito de Isabel Maria, mãe de Francisca de Paula – a Nhá Chica - como, na seqüência, o seu testamento transcrito, como era regra, no livro eclesiástico imediatamente após o registro do falecimento” – conta Antônio.
O documento esclarece que a mãe de Nhá Chica faleceu vítima de uma forte febre no dia 1º de novembro de 1843; portanto, quando Nhá Chica já estava com 35 anos.
No testamento, esmiuçando as informações, comprova-se que era mesmo a mãe de Nhá Chica e que tinha mais dois filhos: Theotônio e Maria.
“Confesso que senti um arrepio muito profundo, uma emoção, um sentimento muito gostoso, uma vontade de sair gritando sobre o achado e assim não o fiz porque era noite alta. Não conciliei o sono mais. Para mim a noite ficou muito comprida, não amanhecia, diante da emoção. Tudo isso, porque eu conheço a biografia de Nhá Chica e havia lido, recentemente, o livro da historiadora Rita Elisa Seda, a qual dizia expressamente que nenhum historiador havia encontrado o assento de óbito da mãe da Beata” – confessa Claret.
Sempre levantou grande curiosidade e também muita especulação como teria vivido a pequena Nhá Chica, já que até agora, se sabia que a Beata teria ficado órfã aos 12 anos, portanto crescido, quem sabe sob a guarda de amigos, do irmão ou de algum parente distante.
Mas agora com os fatos descobertos por Antonio Claret, elucidou-se um período ainda desconhecido, apontando Nhá Chica como uma moça criada numa família sólida, cristã e com importantes laços de amor e fé.
Nas descobertas fica claro que Isabel Maria, mãe de Nhá Chica, foi sepultada no interior da igreja Matriz de Baependi, uma tradição daquele tempo, e que era filha de Maria Joaquina Felizarda e não de Rosa Benguela, como era apontado em outras biografias.
“Acrescento que se revelou um fato novo nesse sentido, ou seja, sua mãe ao legar a ela um móvel "caixa grande", em seu testamento, disse que assim o fazia por que aquele bem fora adquirido com o fruto do trabalho da filha. E na seqüência disse que deixava a ela os demais bens porventura existentes até sua morte, em recompensa da fidelidade filial a ela dispensada. Ficou, portanto, provado que Francisca de Paula trabalhava e nutria amor profundo por sua mãe e dela tratou até seu passamento” – explica o pesquisador.
A família de Nhá Chica era formada então por sua mãe, Isabel Maria, Theotônio Pereira do Amaral, seu irmão; Maria, sua irmã, casada com Joam Garcia, seu cunhado.
Não existem dúvidas sobre este material encontrado. Apesar de Nhá Chica ter declarado em entrevista ao médico Henrique Monat, em 1894, que tinha ficado órfã aos 10 anos de idade, presume-se que houve um equívoco do autor aos transcrever a conversa ou até mesmo uma falha de memória de Nhá Chica, já bem idosa naquele momento.
“Sinceramente estou orgulhoso de ter contribuído para o enriquecimento da biografia de Francisca de Paula - Nhá Chica - e espero que sua história seja atualizada com os dados agora conhecidos. Entendo que os dados encontrados, os quais considero como revelados pela Beata Nhá Chica, não alteram em nada a vida santa e devocional que serviram de fundamento para sua beatificação e, com certeza, continuarão a ser invocados como motivo para a canonização.” – finaliza Claret.
Assento do óbito
Fonte : Livro de Óbitos da Igreja Nossa Senhora do Montserrat – Paróquia de Santa Maria de Baependi – relativo ao período de outubro de 1841 a maio de 1869 – Fls 4 no original e 7 no livro digitalizado, agora copiado na sua forma original:
“Ao primeiro dia do mês de novembro de mil oito centos e quarenta e tres annos faleceu nesta Villa com todos os sacramentos, de febre, Isabel Maria da Silva, parda, solteira : foi acompanhada por mim, através da fábrica e Irmandade de Nossa Senhora das Mercês, e vindo encomendada, foi sepultada dentro desta Matriz de Nossa Senhora do Monserrat de Baependi, e para constar fiz este asento que asigno. Declaro que fiz seu solene testamento e que vai adiante transcripto.”
O Vigário Interino Julião Carlos Rangel da Silva
Testamento de Isabel Maria
Registro do testamento da testadora supra.
Em nome de Deos. Amém. Eu Isabel Maria da Silva, natural da Freguesia de San Joam El Rei e moradora nesta Freguesia, Villa de Santa Maria de Baependi, filha natural de Maria Joaquina Felisarda, já falecida, faço meu testamento na forma seguinte : Sempre vivi no estado de solteira, em cujo estado por fragilidade humana tenho os seguintes filhos – Theotonio Pereira do Amaral, solteiro, Maria casada com Joam Garcia e Francisca de Paula, solteira, os quais sam todos meus legítimos herdeiros. Nomeio por meu testamenteiro, em primeiro lugar o dito meu filho Theotonio Pereira do Amaral, em segundo ao dito, meu genro Joam Garcia, em terceiro ao Tenente Cyprianno Pereira do Amaral, sendo cada hum de per si e todos in solidariamente e após constituo por muy bastantes Procuradores e os hei por abonados para arrecadarem os meus bens e cumprirem as minhas disposições. O meu enterro será feito a desposição do meu testamenteiro, o qual mandará dizer Missa de corpo presente por minha Alma no dia do meu falecimento. Declaro, que athé o presente não devo a pessoa alguma. Declaro que huma Caixa grande, que existe em minha casa pertence à minha filha Francisca por ter sido por ella comprada com dinheiro de seu trabalho. Ao testamenteiro que aceitar minha testamentaria deicho de premio por compensação de seu trabalho a quantia de vinte mil réis, ou vintena, o que melhor lhe convier. Instituo por herdeira dos remanescentes de minha terça, depois de cumprida minhas disposições, a minha filha dita Francisca de Paula, em remuneração dos bons serviços, que muito me tem prestado, e companhia fiel. E nesta forma tenho disposto o meu testamento de última vontade, escripto e asignado a meu rogo por Alexandre Pinto de Aguiar, por eu não saber ler nem escrever, nesta Villa de Santa Maria de Baependi aos trinta e hum de Agosto de mil oito centos e quarenta annos. Escrevi e asigno a rogo da testadora Isabel Maria da Silva – Alexandre Pinto de Aguiar. Declaro mais em tempo, que hum lanço desta casa em que moro que se acha edificado pella parte debaicho, em que se acha o negócio de venda, pertence o novo dito lanço por ter sido feita esta obra com o dinheiro empregado no referido negócio a meu filho Theotonio Pereira do Amaral, por isso que nada me pertence a excepçam do terreno em que foi edificado o dito lanço da casa. E para claresa faço esta declaração escripta e asignada a meu rogo por Alexandre Pinto de Aguiar pela mesma não saber asignar referida de nem saber ler nem escrever. Baependi dia e mês supra. A rogo da testadora Isabel Maria da Silva. -Alexandre Pinto de Aguiar. O termo de Approvação é feito pello Tabeliam Jose Florianno de Oliveira Gama, e cinco testemunhas a rogo de abertura feito pelo Juiz Municipal Sargento Mor Damaso Xavier de Castro. Nada mais continha por mim fielmente aqui transcrevo do próprio ao qual me é exposto do primeiro testamenteiro e herdeiro Theotonio Pereira do Amaral e feita sem causa que duvida faça. Villa de Santa Maria de Baependi, 1º de outubro de 1843, Digo 4 de novembro de 1843.
Vigário interino – Julião Carlos Rangel da Silva
DEPOIMENTOS
Como bispo que acompanhou todo o processo de beatificação, fico contente em saber do atestado de óbito e do testamento de Isabel Maria, mãe de nossa Bem-Aventurada Francisca de Paula de Jesus. Creio que se outras descobertas surgirem virão confirmar o que já sabemos. Elas enriquecem sua biografia. Pois a Beata era pessoa conceituada e tinha família.
Tudo isso em nada altera a fama de santidade de Nhá Chica. Ela continua sendo a Santinha de Baependi, cuja fama de "Mãe dos Pobres", mulher de oração e grande devota de Nossa Senhora perduram na memória e no coração de nosso Povo.
Tudo isso em nada altera a fama de santidade de Nhá Chica. Ela continua sendo a Santinha de Baependi, cuja fama de "Mãe dos Pobres", mulher de oração e grande devota de Nossa Senhora perduram na memória e no coração de nosso Povo.
+ fr. Diamantino P. de Carvalho, ofm
Bispo da Diocese da Campanha
Bispo da Diocese da Campanha
A pesquisa histórica carrega sua identidade e seu teor científico, justamente quando nos traz novos horizontes e descobertas. Assim, ela nos permite ter uma chave de leitura mais compreensiva e segura sobre nosso passado e o de personalidades que marcaram nossa vida e nossa história. Tal é a contribuição da pesquisa do historiador Antonio Claret, acerca da biografia de nossa querida Beata Nhá Chica, nos primeiros 35 anos de sua vida.
Com tais descobertas, o referido historiador, longe de pretender diminuir a santidade desta grande beata, quer nos trazer luz sobre algumas incertezas ou suposições presentes em algumas descrições biográficas de Francisca de Paula de Jesus. Espero que tal pesquisa nos auxilie numa melhor compreensão da vida e da história familiar da Beata Nhá Chica, que teve sua raiz cristã no seio mesmo de sua família.
Que a "Mãe dos pobres" do sul mineiro nos faça ver o valor espiritual e vocacional da família na sociedade, que se fortalece no amor a Deus e no culto à sua Santíssima Mãe.
Com tais descobertas, o referido historiador, longe de pretender diminuir a santidade desta grande beata, quer nos trazer luz sobre algumas incertezas ou suposições presentes em algumas descrições biográficas de Francisca de Paula de Jesus. Espero que tal pesquisa nos auxilie numa melhor compreensão da vida e da história familiar da Beata Nhá Chica, que teve sua raiz cristã no seio mesmo de sua família.
Que a "Mãe dos pobres" do sul mineiro nos faça ver o valor espiritual e vocacional da família na sociedade, que se fortalece no amor a Deus e no culto à sua Santíssima Mãe.
Dom Pedro Cunha Cruz
Bispo Coadjutor da Campanha-MG
Bispo Coadjutor da Campanha-MG
Já diziam os Romanos que “a história é a mestra da vida”. Bendito e louvado seja Deus pela ciência da pesquisa histórica, que nas descobertas vão tecendo a história da Beata Francisca, uma mulher do povo que fez opção por viver só para Deus. Já aos 35 anos, livre, com recursos, raízes familiares sólidas; um irmão, uma irmã e sua mãe.
Tinha um nome já conhecido, vivendo num espaço humano junto à sua família que com a Graça de Deus aprendeu a buscar os conselhos de sua Sinhá Nossa Senhora da Conceição e no conhecimento da agonia do Senhor com o coração solidário e compassivo com os pobres.
A pesquisa só veio enriquecer sua história. Muitas interrogações foram respondidas, como por exemplo, dúvida de como uma criança teria administrado seus bens...
E abre caminho para quem sabe uma futura realização do 3° encontro de estudos históricos sobre Nhá Chica.
Tinha um nome já conhecido, vivendo num espaço humano junto à sua família que com a Graça de Deus aprendeu a buscar os conselhos de sua Sinhá Nossa Senhora da Conceição e no conhecimento da agonia do Senhor com o coração solidário e compassivo com os pobres.
A pesquisa só veio enriquecer sua história. Muitas interrogações foram respondidas, como por exemplo, dúvida de como uma criança teria administrado seus bens...
E abre caminho para quem sabe uma futura realização do 3° encontro de estudos históricos sobre Nhá Chica.
Irmã Aída Ferreira Martins
Diretora da Associação Beneficente Nhá Chica
Diretora da Associação Beneficente Nhá Chica
Os documentos, ora descobertos, complementam a biografia de Nhá Chica. Para mim, esta nova visão da verdade biográfica de Francisca de Paula de Jesus responde às minhas inquietações a respeito do assunto. Acompanho, desde 1993, todo o processo de beatificação e sempre me incomodava a assertiva de que Nhá Chica era filha de escravos e de que ficara órfã. Meus principais questionamentos eram: Como duas crianças ficaram sozinhas, responsáveis únicas por seus destinos? Como possuíam bens materiais e como os geriam?
No testamento, a própria mãe confirma a bondade, fidelidade e amor filial de Nhá Chica, que ratifica sua fama de santidade.
No testamento, a própria mãe confirma a bondade, fidelidade e amor filial de Nhá Chica, que ratifica sua fama de santidade.
Anália Vilas Boas Sales Moreira
Atuou como Notária no Processo de Beatificação de Nhá Chica
Atuou como Notária no Processo de Beatificação de Nhá Chica
No primeiro momento, ao ler o opúsculo senti forte impacto com a revelação! Depois, ao me encontrar com o pesquisador Antônio Claret, veio a certeza de que Nhá Chica queria isso – ela o guiou para a descoberta do documento de óbito de sua mãe, Isabel Maria!
Muito procuramos por esse documento baseadas na informação da entrevista concedida por ela ao Dr. Monat. Ficamos presas em datas bem anteriores à verdadeira – 1843.
Lendo o testamento de Isabel Maria, vemos a confirmação do amor filial de Nhá Chica à sua mãe Isabel e mais – sua opção por viver na pobreza, junto aos desvalidos e carentes; tendo a possibilidade de desfrutar de uma vida de fartura e riqueza, junto de seu irmão Theotonio, escolheu morar na casinha humilde, de chão batido. Mais cresce entre nós o respeito e a devoção à essa santa mulher, a Beata Nhá Chica, futura Santa Francisca de Baependi!
Muito procuramos por esse documento baseadas na informação da entrevista concedida por ela ao Dr. Monat. Ficamos presas em datas bem anteriores à verdadeira – 1843.
Lendo o testamento de Isabel Maria, vemos a confirmação do amor filial de Nhá Chica à sua mãe Isabel e mais – sua opção por viver na pobreza, junto aos desvalidos e carentes; tendo a possibilidade de desfrutar de uma vida de fartura e riqueza, junto de seu irmão Theotonio, escolheu morar na casinha humilde, de chão batido. Mais cresce entre nós o respeito e a devoção à essa santa mulher, a Beata Nhá Chica, futura Santa Francisca de Baependi!
Maria do Carmo Nicoliello Pinho
Secretária da Comissão Histórica da Beatificação de Nhá Chica
Secretária da Comissão Histórica da Beatificação de Nhá Chica
O PESQUISADOR
Aos 64 anos, natural de Caxambu, criado no seio de uma família extremamente católica, Antonio Claret tem um irmão padre e uma irmã freira. Estudou no Seminário de Campanha MG. Formado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP) desde 1975 atuou na advocacia privada e pública. Hoje trabalha como Assessor Parlamentar na Câmara de Vereadores de São Paulo. É Casado e pai de dois filhos, um deles tem uma bela tatuagem da figura de Nhá Chica, devoto que é.