segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

PANORAMA DAS ÁGUAS MINERAIS – CADÊ A SOBERNA DAS ÁGUAS?
By 
José Celestino Teixeira Teixeira


O Verão de 2016 chegou bravo, apesar das chuvas torrentes.
As praias estão lotadas desde final de Novembro/2015. No Natal e Réveillon a ocupação dos Hotéis na Orla Marítima do Rio de Janeiro, Litoral Norte de São Paulo e Santa Catarina, além de todo Nordeste foi acentuada.
A Associação dos Engarrafadores de Águas Minerais, já no início do Verão, ainda em Dezembro de 2015 e, agora, princípio de 2016 registra uma alta de 20% na comercialização de Águas Minerais nas Praias brasileiras.
E a tradicional Marca Caxambu, A Soberana das Águas, não aparece no Ranking das mais comercializadas.
Não se vê na cidade, em Especial no Engarrafamento do Parque, nenhum reflexo do “boom” no Mercado Consumidor.
Nada acontece por aqui, quando o assunto é Economia!
Inclusive, uma consciência econômica de padrão socialista populista opta sempre pelo retrocesso ao invés do progresso.
Combate o lucro tão natural nas atividades econômicas, inclusive na China Comunista, como se fosse inimigo numero 1. Por outro lado, não registramos aumento satisfatório de frequência de aquistas (turistas das águas) no Parque das Águas.
Alias, as ultimas notícias divulgadas pela imprensa estadual, nos dão conta sim, do abandono total do Parque das Águas de Caxambu.
Comodamente, no entanto, a atual Administração Municipal se contenta repetir um discurso de confessa incompetência administrativa, quando afirma aos seus correligionários:
"Não Posso Fazer Nada! A Dilma Acabou com o País!"
Discurso cômodo, muito cômodo, para quem fechou a Prefeitura e paralisou os Serviços Essenciais por quase 10 dias consecutivos.
Qualquer Administração Municipal, não pode viver a reboque do Governo Federal, seja quem for Presidente
O Prefeito tem autonomia Administrativa.
Contudo precisa ser gestor, não mero político de festinhas, carros de som, foguetório e tapinhas nas costas.
Esse tempo passou!
Precisa é mostrar resultados concretos e, não promessas vãs.
Mas, justiça Seja Feita: quando não consegue nem tapar buracos, nada há mais de se esperar da Atual Administração Municipal, num ano difícil como já aponta a Economia, para 2016.
Oxalá nos apareça por milagre uma tábua de salvação.
Mas, como nem as Loterias, hoje, são confiáveis acredito que : Só nos resta Viver de Passado, quando não de Ilusão!


UM PANORAMA DA COMERCIALIZAÇÃO DE ÁGUAS MINERAIS NO BRASIL.
"Ao contrário do setor de cervejas e refrigerantes, o mercado de água mineral pode ser considerado, no mínimo, insípido para as multinacionais. Nesse terreno, fragmentado e regionalizado, as grandes não têm vez. AmBev, Coca-Cola e Nestlé possuem participações pequenas, perto de 1% do mercado nacional.
Para se ter uma idéia da pulverização, a primeira colocada nacionalmente, a marca Indaiá, do grupo cearense Edson Queiroz, tem uma fatia de apenas 7%, segundo a AC Nielsen. As nove primeiras do ranking têm 26,5% do mercado e as classificadas como "outras", empresas de pequeno porte, representam fatia próxima a 60%.
Pouco se investe em marketing, afinal é difícil vender o diferencial desse tipo de produto - algo que se consegue, no máximo, com uma boa distribuição e uma moderno layout de embalagem. A grosso modo, existem apenas dois tipos de água: com e sem gás. Ainda assim, o mercado teve um boom nos últimos dez anos. Saiu de 1 bilhão de litros em 1995 e deve alcançar a marca dos 6 bilhões este ano.
A indústria de água mineral, assim como a de sucos, está sendo beneficiada pela preocupação do consumidor em alimentar-se de forma saudável e cresce bem acima da dos refrigerantes. Teve uma expansão média de 13,2% nos últimos dez anos. A produção de refrigerantes cresceu a uma taxa anual média de 3% no mesmo período.
A natureza também ajuda. Nada menos do que 30% dos recursos mundiais de água mineral estão em solo brasileiro. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Água Mineral (Abinam), em 1995, havia 319 concessões de lavra de água mineral. Em 2005, esse número mais do que dobrou, para 750 fontes exploradas.
O cenário mundial é totalmente diferente. Globalmente, as multinacionais predominam. Danone e Nestlé dividem a liderança com 12% cada. Coca-Cola tem 7% e PepsiCo, outros 4%. No Brasil a marca de água da AmBev chega a ser desconhecida. Produzida na fábrica de Jaguariúna (SP), a Fratelli Vita foi adquirida pela Brahma nos anos 70 e hoje não é foco da cervejaria. Sequer consta na pesquisa da AC Nielsen.
A Nestlé, que está no segmento desde 1992, quando comprou mundialmente a Perrier, amargou uma tentativa frustrada no Brasil. A Nestlé deixou de vender a marca Pure Life - água captada em poço que passa por um processo de purificação e acrescida de sais minerais. Além de não ter caído no gosto do brasileiro por ser considerada muito pesada, a multinacional enfrentou uma briga de três anos com um grupo de ambientalistas e moradores da região mineira de São Lourenço (onde estava o poço), que apontavam irregularidades no modo de captação e comercialização. Na época, a Pure Life representava 20% da receita da multinacional com água.
No ano passado, a Nestlé lançou a água mineral Aquarel e agora, apesar de um extenso portfólio - Nestlé Aquarel, Petrópolis, São Lourenço e a francesa Perrier (importada) -, tem uma participação no mercado brasileiro total de aproximadamente 1,5%. Considerando-se apenas a categoria descartável (do copo de 300 ml à garrafa de 5 litros), a soma de todas as marcas da Nestlé chega a 9%.
Ao contrário da Nestlé, a Coca-Cola Company manteve no Brasil a sua água mineralizada, a Dasani. "Ela é captada de poços e passa por um processo de purificação que segue padrões tão rigorosos que o produto final é sempre o mesmo, não importa onde ou quando seja produzida", afirma Andréa Mota, diretora de marketing de novas bebidas da Coca-Cola. Produzida pelos fabricantes de Recife, Brasília e Ribeirão Preto, nacionalmente, Dasani tem uma fatia de apenas 0,2%, segundo a AC Nielsen.
Mas a Coca-Cola tem a sua marca de água mineral, a Bonaqua, que também tem uma fatia nacional ínfima: de 0,6%. A Bonaqua é mineral, extraída da fonte de Itabirito (MG). Para se diferenciar, a Coca-Cola resolveu lançar no mês passado uma água com sabor, batizada de Aquarius. A empresa pretende investir pesado em comunicação, mas não diz quanto.
Na Argentina, as águas com sabor representam 30% do segmento de águas engarrafadas. Resta saber se cairá no gosto do brasileiro, que já mostrou não aprovar a água purificada e mineralizada, que representa 40% da água engarrafada bebida no mundo.
A Femsa, maior engarrafadora Coca-Cola no Brasil, tem um produto consolidado nessa área: a água Crystal, que nacionalmente ocupa a segunda posição, com 5,6%, e é líder em São Paulo, com uma fatia de 40%.
Um ponto importante da estratégia da Femsa para a Crystal é a embalagem. "Fomos os primeiros a fazer embalagem transparente e hoje temos sete diferentes tipos", diz Silmara Olívio, diretora de marketing da Coca-Cola Femsa. "A embalagem é um fator determinante na escolha", diz.
No início de abril, o grupo Schincariol reformulou sua linha de água mineral. Foram lançadas novas embalagens e rótulos. A campanha foi desenvolvida pela agência Lew,Lara. Analisando a venda de águas no país, a Schincariol se posiciona como segunda colocada no segmento abaixo de 20 litros, com fatia de mercado, segundo dados de dezembro, de 11,16% nos dois segmentos (com e sem gás). No segmento de água com gás, a empresa lidera, com 31,25% do mercado, e já é a quarta marca mais vendida na categoria sem gás, com 4,95%.
Se as marcas nacionais já têm dificuldade em conquistar abrangência nacional, para as importadas é ainda mais complicado. Por enquanto, São Paulo e Rio de Janeiro são os principais mercados consumidores desses produtos no país, mas os importadores estão otimistas. Para Luís Henrique Cocuzza, gerente da marca italiana San Pellegrino, o mercado brasileiro para esse tipo de água ainda é virgem. "Tal como o vinho, o consumidor está prestando mais atenção as marcas de água agora."
A San Pellegrino, importada desde a década de 80 pela La Pastina, engloba uma marca de mesmo nome, de gás natural de origem vulcânica da região norte da Itália, e a Panna, versão da água sem gás, proveniente da região da Toscana. A empresa cresceu 35% no ano passado. "Estamos investindo em treinamento para garçons. São eles que apresentam esse tipo de produto ao consumidor", diz. As duas marcas italianas pertencem à Nestlé Waters, mesmo proprietária da francesa Perrier - esta última, porém, importada pela própria Nestlé Brasil."
Matéria Jornalística: Daniela DAmbrósio
Colaborou Tainã Bispo
Daniela D'Ambrosio
( Fontes: Revista Contábil & Empresarial Fiscolegis, 24 de Janeiro de 2010 - Revista da ABINAM)