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quarta-feira, 29 de abril de 2015

HIPOCRISIA, UMA BALA PERDIDA
Por José Celestino Teixeira


A decisão de Execução de Traficantes pelo Governo da Indonésia fundada em Lei vigente no País governado por Joko Widodo tem sacudido o Mundo.
Contudo, apesar dos excessos a Soberania de qualquer pais deve ser respeitada.
Afinal, quantos são vitimados pelo consumo de drogas no Mundo, em especial pela cocaína.
Aqui mesmo no Brasil , quantas famílias perderam seus filhos no descaminho das drogas.
A população de zumbis que hoje vaga pelas cracolândias de São Paulo e Rio de Janeiro é uma realidade.
E, o Crack é um subproduto da Cocaína produzida aqui pertinho na Bolívia e na Colômbia.
E o Brasil se tornou o grande corredor de exportação dessa droga.
A Droga mata mais do que bala de fuzil.
Mata aqui e no Mundo inteiro.
Se a Pena de Morte , não traz soluções ao problema do consumo de drogas, pelo menos é um duro golpe no Narcotráfico. Desestimula o comércio ilegal.
E aviso, não falta na Indonésia sobre a Pena de Morte imposta aos traficantes.
A condenação capital pelo crime na indonésia acha-se impressa em cartazes nos Aeroportos e, na declaração de entrada que todos assinam ao desembarcar no País.
Aviso, não Falta.
Se a Presidente Dilma pretende fazer uma Cruzada nos Tribunais Internacionais reivindicando o fim da Pena de Morte deveria primeiro cuidar dos brasileiros vítimas da violência no pais, que morrem diariamente. Apenas,no terceiro mês de 2015, o Rio de Janeiro já contabilizava 38 vítimas de balas perdidas. Neste tipo de ocorrência as principais vítimas têm sido crianças alvejadas com balas perdidas na porta de casa, saindo de um restaurante com os pais ou no caso daquele menino que morreu quando empinava pipa. Gabriel Pereira, de 10 anos, que foi baleado na barriga quando empinava uma pipa na laje de sua casa, que também fica na zona Norte do Rio, perto da casa onde uma idosa foi morta. Maria Helena dos Santos, de 63 anos, morreu na porta de sua casa, em um condomínio em Del Castilho, na zona Norte da cidade. Ela era deficiente visual e chegou a alertar os vizinhos sobre o tiroteio, mas não conseguiu se salvar.
Armas de todos os tipos e calibres estão em mãos dos criminosos, muitos deles menores a serviço do trafico de drogas. É comum os telejornais noticiarem e filmarem menores empunhando fuzis israelenses e pistolas ponto 40, armas de uso restrito das Forças Armadas.
Há poucos dias um membro de milícias matou brutalmente a namorada fanqueira em cenas de violência brutal divulgada pela TV. A dançarina de funk Amanda Bueno, de 29 anos foi assassinada pelo noivo dentro de casa em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O namorado dela, de 32 anos, foi preso na mesma madrugada do crime, pela polícia na Rodovia Presidente Dutra, em Queimados, após bater o carro em um veículo ocupado por cinco universitários que seguiam para a capital fluminense para passar o feriado. No momento da prisão o acusado trazia no veiculo uma escopeta e varias outras armas de grosso calibre.
Em cinco anos, PM de São Paulo mata mais que todas as polícias dos EUA juntas: Corporação paulista matou 6% mais que polícias americanas entre 2005 e 2009.
Relatório da Ouvidoria da Polícia de São Paulo aponta que mais de uma pessoa foi morta por dia em São Paulo por um policial militar entre 2005 a 2009
Com uma população quase oito vezes menor que a dos Estados Unidos, o Estado de São Paulo registrou 6,3% mais mortes cometidas por policiais militares do que todo os EUA em cinco anos, levando em conta todas as forças policiais daquele país. Dados divulgados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública), e analisados pela Ouvidoria da Polícia, revelam que 2.045 pessoas foram mortas no Estado de São Paulo pela Polícia Militar em confronto - casos que foram registrados como resistência seguida de morte - entre 2005 e 2009.
Já o último relatório divulgado pelo FBI (polícia federal americana) aponta que todas as forças policiais dos EUA mataram em confronto 1.915 pessoas em todo o país no mesmo período. As mortes são classificadas como justifiable homicide (homicídio justificável) e definidas pelo "assassinato de um criminoso por um policial no cumprimento do dever".
"Como no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, a guerra às drogas na Indonésia tem um resultado pequeno e cria uma série de consequências não-intencionais. O cerco da polícia aos traficantes diminui a oferta de drogas, aumentando o preço. O problema é que, como economistas já explicaram há algum tempo, a demanda por drogas é inelástica: não diminui com o preço. Viciados, por definição, consomem mesmo se o preço aumentar. Por isso é comum se prostituírem e cometerem pequenos roubos para bancar o vício.
A morte de mais um brasileiro e outros traficantes nesta semana não resolve – e talvez até agrave – o problema de drogas na Indonésia.
Contudo , o Brasil está longe de servir como exemplo moral no combate a Violência.
Precisamos resolver urgentemente um problema doméstico da violência para depois, ai sim, partirmos para exigir no plano internacional o Fim da Pena de Morte em outros países do globo.
O Exemplo começa em Casa!