AVANT SUPERMERCADO - CAXAMBU

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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Em guerra contra a Nestlé
por Marina Almeida | abril 30, 2014

Grupo de moradores e Ministério Público querem proteger o Parque das Águas de São Lourenço, em Minas Gerais, da exploração da multinacional

Da varanda do apartamento onde mora, Alzira Maria Fernandes olha para o Parque das Águas, em São Lourenço (MG), com tristeza. “Só acha bonito quem não viu como era antes. Eu frequentava muito ali. Era uma maravilha. Agora a Nestlé está acabando com tudo.” A principal preocupação da aposentada não está nos jardins planejados nem na mata nativa que o espaço, de 430 mil metros quadrados, abriga, mas no que ele esconde em seu subsolo: nove fontes de raras águas minerais e gasosas, com propriedades medicinais, que começaram a se formar há algumas dezenas ou centenas de anos.
: Em São Lourenço, embate entre exploração comercial da água mineral para engarrafamento e seu uso medicinal opõe moradores à multinacional Nestlé (Foto: Marina Almeida)
: Em São Lourenço, embate entre exploração comercial da água mineral para engarrafamento e seu uso medicinal opõe moradores à multinacional Nestlé (Foto: Marina Almeida)
“Água nenhuma mais tem sabor. A fonte Magnesiana chegou a secar, agora voltou, mas só cai uma tirinha, tirinha. E era bastante”, lamenta Alzira. No sul de Minas Gerais, ela e um pequeno grupo de moradores de São Lourenço acreditam que a exploração das águas para engarrafamento está afetando a qualidade do líquido e a vazão nas fontes. Reunidos na associação Amar’Água, eles tentam lutar contra a gigante multinacional e a legislação brasileira, guiada pela lógica da exploração comercial desse recurso mineral.
Alzira hoje evita ir ao parque, “para não passar raiva”, mas se orgulha de conhecer sua história. “Olha como era bonito. Até o presidente Getúlio Vargas vinha aqui. E hoje está desse jeito…”, diz, ao mostrar fotos antigas, de quando a cidade, surgida em torno de suas águas minerais, era um grande polo de turismo e tratamentos medicinais no Brasil. Mas o saudosismo dá logo lugar ao senso prático. Ela se esquece dos turistas de chapéus e saias rodadas e de suas gavetas sai uma série de documentos que ela empilha sobre a cama. São pareceres ambientais, estudos, laudos e ofícios sobre a exploração das águas minerais de São Lourenço pela Nestlé.
A maior parte dos documentos é do processo de 2001 que o Ministério Público Estadual moveu contra a empresa, depois de protestos da população sobre alterações no sabor e na vazão das águas do parque. Na ocasião, foram encontradas irregularidades na exploração de um poço, o Primavera – aberto sem autorização e cuja água passava por um processo de desmineralização, proibido pela legislação brasileira (link para a matéria com essa história). O poço foi fechado, mas outras questões levantadas na época continuaram sem resposta – como a falta de um estudo maior sobre a região, que permita determinar com precisão a capacidade de reposição dos aquíferos e a quantidade segura de extração de água para garantir a sustentabilidade do recurso.
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Proteção cultural

“Uma água que cura as pessoas é um presente que a natureza nos oferece de graça. É muito especial e o que está acontecendo aqui é um sacrilégio. Essa é uma luta da sociedade civil, de quem está vendo o problema e não tem amarras”, diz a terapeuta Nair Ribas D’Ávila, que é da Amar’Água e participa das mobilizações contra a Nestlé desde 2001. Descontentes com a fiscalização existente – realizada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e pela Superintendência Regional de Regularização Ambiental (Supram) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), responsável pelo licenciamento ambiental –, o grupo busca na cultura uma forma de garantir maior controle e proteção à área.
A associação quer transformar o espaço num geoparque, uma área de significativo patrimônio geológico que serve ao desenvolvimento local, sobretudo pelo turismo, e também à proteção e à educação ambiental. “É pelo subsolo que nós estamos lutando”, resume Alzira. Para isso, a Amar’Água entrou com um pedido de tombamento do ‘recurso hídrico diferenciado’ no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do governo federal. A ideia é, após essa fase, solicitar sua inclusão na Rede Mundial de Geoparques (Global Geoparks Network) da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O percurso, no entanto, não deve ser simples. “A água é um bem muito difuso. Também serve ao saneamento e ao abastecimento, por exemplo, por isso a consecução prática deste projeto é mais complicada. Envolve diferentes órgãos, como o Iphan e a Agência Nacional de Águas”, aponta o promotor Bergson Cardoso Guimarães, que coordena 79 promotorias ambientais da região da Bacia do Rio Grande, à qual São Lourenço pertence. Outra questão ainda sem resposta é se esse tombamento impediria a extração de água para o engarrafamento.
Para o promotor, um passo importante, e mais simples, é o tombamento do parque – o único sem nenhum tipo de proteção cultural entre as cidades do chamado Circuito das Águas de Minas Gerais. As fontes foram descobertas numa área particular que nunca passou para a iniciativa pública e, quando a Nestlé adquiriu a Perrier, então proprietária da Companhia de Águas de São Lourenço, em 1992, tornou-se também a responsável pelo parque. Guimarães acredita que a fiscalização e a prestação de contas ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) seria uma forma a mais de resguardar esse bem.
“Hoje é possível juridicamente a empresa destruir todo o parque, porque não há um mecanismo que limite isso. O tombamento submete o bem a restrições, garante a segurança contra a demolição e a obrigação de manter um bom estado de conservação”, diz Marcos Paulo de Souza Miranda, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, que entrou com o pedido no Iepha. Ele explica que o mecanismo deve proteger os fontanários, o balneário e o projeto urbanístico do parque, que tem valores culturais, arquitetônicos e históricos de relevância. “Descobrimos, por exemplo, que essas águas são utilizadas desde 1817 pelo menos, e não 1890 como se acreditava”, revela.
Polo regional de saúde, educação e serviços, município precisa controlar expansão urbana para não afetar áreas de recarga da água mineral (Foto: Marina Almeida)
Polo regional de saúde, educação e serviços, município precisa controlar expansão urbana para não afetar áreas de recarga da água mineral (Foto: Marina Almeida)
Além da preservação do parque e do estímulo ao turismo que um bem tombado pode trazer, a cidade também se beneficiaria com mais recursos do ICMS Patrimônio Cultural, também conhecida como Lei Robin Hood. Essa lei garante para os municípios mineiros com bens tombados um repasse maior do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Os moradores que se mobilizam contra a exploração da Nestlé, entretanto, receiam que o tombamento só do parque se volte apenas para a preservação de aspectos arquitetônicos e históricos, quando o que eles mais temem é a exaustão do aquífero – o reservatório subterrâneo de águas.

Identidade

São Lourenço desenvolveu-se ao redor do Parque das Águas. Hoje, o lago reflete os altos edifícios da Avenida Comendador Costa, onde o trânsito de charretes turísticas se mistura com o de carros e motos da cidade. Lá dentro, em suas novefontes, algumas dos anos 1930, é possível experimentar diferentes tipos de água: magnesiana, alcalina, sulfurosa, ferruginosa e carbogasosa, entre outras. Na Gruta dos Milagres, a imagem de Nossa Senhora dos Remédios, encontrada no local em 1936, guarda centenas de mensagens de agradecimento às curas alcançadas pelo uso das águas. Às portas do parque, em cestas de vime, ambulantes vendem copinhos coloridos para os turistas provarem os sabores característicos de cada água. Mas, nas ruas da cidade, é a garrafa de água São Lourenço que dá forma aos orelhões públicos – sinal de um embate entre os usos tradicional e comercial desse recurso natural.
No Vale do Rio Verde, não apenas a cidade cresceu em torno das águas como também seus moradores, que aprenderam desde cedo a valorizá-las. O turismo ainda emprega boa parte deles, mas sua relação com a região vai além do trabalho e desenvolvimento econômico. Em São Lourenço, água mineral é saúde. A palavra foi a primeira a ser citada como sinônimo do recurso natural por 64,08% dos 412 moradores entrevistados por Alessandra Bortoni Ninis, que estudou o tema em sua pesquisa de mestrado, defendido na Universidade de Brasília em 2006. Em seguida vieram vida (16,99%) e turismo (14,32%).
O estudo também mostrou uma forte relação da população com o consumo desse recurso: 82% dos moradores tinham o costume de beber água mineral, 64% deles diariamente. Poucos, no entanto, eram os que compravam garrafas ou galões da bebida nos mercados: 85,44% deles buscavam a água nas fontes. “A cidade dá um valor altíssimo a sua água, mas não tem acesso”, diz Alessandra, referindo-se à entrada paga do parque. No município, há ainda uma fonte externa que é a mais usada pela população local (60,19% dos entrevistados).
Atento a essa relação diferente da população com suas águas, identificada no levantamento histórico realizado para o pedido de tombamento do parque, o Ministério Público também deve recomendar o registro da utilização das águas minerais na cidade – um mecanismo de preservação da tradição imaterial. “É inédito o registro do uso da água como bem cultural imaterial no Brasil, talvez até no mundo. Esse instrumento pode garantir o direito de eles manterem um relacionamento diferenciado com essas águas, facilitando o acesso dos moradores às fontes e à água do parque, por exemplo”, explica o promotor Miranda.
O registro de bens imateriais, segundo ele, é uma tendência internacional. Em Minas, já foram registrados, por exemplo, o toque dos sinos de São João del-Rei e o modo de fazer o queijo da Serra da Canastra. A promotoria deve recomendar o registro após a conclusão do tombamento do parque, que Miranda acredita estar concluído ainda este ano.

Polêmica

Para Alessandra, a proteção cultural talvez seja uma saída para a região. “É preciso cuidado com esse patrimônio, que é mundial. Um lugar que concentra nove tipos de água mineral é único. Esse pode ser também um mecanismo de proteção da água mineral, já que não temos um eficiente para a água subterrânea no Brasil”, diz.
A crítica à legislação – que trata o recurso como um minério, regulamentado pelo Código de Mineração, e não segue às diretrizes da Política Nacional dos Recursos Hídricos – também é feita pelo promotor Guimarães. “É preocupante porque as leis muitas vezes são dominadas por um padrão econômico de exploração e crescimento a qualquer custo. A água mineral não é só um minério a ser explorado, é igualmente um bem sociocultural importante para a identidade dessa comunidade”, diz o coordenador regional das promotorias de Justiça e Meio Ambiente da Bacia do Rio Grande. (leia mais sobre a legislação aqui).
Prefeito de São Lourenço pelo segundo mandato, José Sacido Barcia Neto (PSDB), o Zé Neto, como é conhecido, é contrário a esses mecanismos que, para ele, podem burocratizar a gestão. “O tombamento vai engessar melhorias no parque. Precisamos é de uma boa política de relacionamento com a Nestlé e com os órgãos fiscalizadores.” Zé Neto se diz favorável apenas ao tombamento da cobertura vegetal das áreas de recarga. “No aspecto fisiográfico, sim, acho que tem de ter uma caracterização desse tombamento: um prédio naquela mata não pode.”

Exploração

“Nestlé-free zone” (área sem Nestlé) diz o cartaz, com o sinal de proibido sobre o logo da empresa, na porta da casa de Alzira. “Aqui não entra mais nada da Nestlé. Proibi, e quando saio também nunca tomo água da Nestlé. Tomo qualquer outra se for preciso.” Na disputa entre a multinacional e o grupo de moradores, a dificuldade de acesso às informações da empresa alimenta sua revolta. “A gente não tem controle de nada, não sabe quanto sai de água para o engarrafamento, não sabe nem se eles pagam ICMS para cá.”
Entre os documentos que Alzira guarda em sua casa está a cópia de um estudo sobre a região do Circuito das Águas, publicado, em 1998, pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais Serviço Geológico do Brasil (CPRM) – uma empresa pública federal vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Entre as conclusões apontadas na época estava o rebaixamento contínuo dos níveis estáticos das fontes. Ou seja, a distância entre a superfície do terreno e o nível da água dentro do poço, antes de ser iniciado o bombeamento, tinha aumentado. Com isso, a água da fonte alcalina, por exemplo, que antes brotava na superfície, já estava a três metros do chão. Também mostrou que o nível da água no aquífero, o nível piezométrico, havia sofrido rebaixamento.
O estudo ainda apontou que os aquíferos tinham produtividade limitada e que, portanto, as demandas deveriam “limitar-se às adequações existentes”. Também comparou a qualidade química e a vazão das águas de então com um estudo realizado no início do século 20. Os resultados indicaram que houve diminuição em peso dos principais componentes das águas, além de acentuada redução de vazão em duas fontes de São Lourenço. Diz o documento: “possivelmente este fenômeno esteja associado a ações antrópicas como desmatamento em áreas de recarga e à superexploração dos aqüíferos através dos poços em explotação [extração para fins econômicos] e dos novos poços perfurados”.
O promotor Guimarães conta que há muitos questionamentos em torno disso, pois embora o estudo indique a exploração das águas como causa possível dos problemas identificados, não afirma isso com certeza. A conclusão do documento apontou a necessidade de estudos complementares, que permitissem um maior conhecimento da dinâmica dos aquíferos, o controle de fontes potencialmente contaminantes na região e a determinação das reservas de água mineral, com o que seria possível estabelecer “um regime de exploração racional dos aquíferos”.
“É uma área muito sensível, que possui uma condição geológica muito particular, por isso a necessidade de um estudo maior e mais completo”, explica Décio Antônio Chaves Beato, que é hidrogeológo da CPRM e trabalhou na pesquisa de 1998. “O resultado das ações de hoje muitas vezes é percebido apenas no longo prazo e, se descobrirmos o problema só muitos anos depois, talvez seja tarde ou fique mais difícil de revertê-lo”, ressalta. Ele conta que um estudo desse tipo pode levar até quatro anos. Outro risco, diz, vem do fato de a área urbana da cidade estar muito próxima das fontes, por isso seria necessário um grande controle ambiental na cidade.

Novo estudo

A pesquisa mais completa sobre a área, sugerida em 1998, nunca foi feita. “Vamos ao parque e sentimos que a água está diferente. Precisamos de um estudo que compare a qualidade da água hoje com o que era antes, para saber o que está acontecendo, mas parece que isso não é óbvio”, contesta Nair, do Amar’Água.
O promotor Guimarães aponta outras questões importantes sobre a região que precisariam ser esclarecidas, como a determinação de onde fica a área de recarga de água dos aquíferos, das áreas que não podem ser urbanizadas por conta disso e se há algum problema de contaminação. “Só que esses estudos ficam caros e precisa haver uma demanda política para a CPRM, pois se trata de uma empresa pública”, diz.
Grupo de moradores reunidos na associação Amar’Água teme pela superexploração dos recursos hídricos; redução de vazão das fontes seria indício do problema (Foto: Marina Almeida)
Grupo de moradores reunidos na associação Amar’Água teme pela superexploração dos recursos hídricos; redução de vazão das fontes seria indício do problema (Foto: Marina Almeida)
Em busca de apoio para a solicitação desse novo estudo, o grupo Amar’Água entrou em contato com deputados mineiros. Em outubro, o relator do projeto do novo Código de Mineração na Câmara, Leonardo Quintão (PSDB), protocolou um ofício junto à CPRM solicitando que fosse verificada a possibilidade de elaboração de um novo estudo. “Mas não tivemos mais retorno”, conta Alzira. Quintão não atendeu às solicitações de entrevista da reportagem. Já o deputado mineiro Gabriel Guimarães (PT), presidente da Comissão Especial do Novo Código de Mineração, prometeu acompanhar a questão: “Esse é um pleito justo, legítimo, e me comprometo publicamente a acompanhar o andamento desse estudo que é fundamental para a preservação das águas e a sustentabilidade da região.”
“Segundo a Nestlé, ela extrai menos da metade do que está autorizada pelo DNPM. Sem esse estudo, fica difícil, senão impossível, de dizer se há ou não superexploração”, ressalta o promotor Pedro Paulo Barreiros Aina, que instaurou a Ação Civil Pública contra a empresa em 2001 e também defende a necessidade de um estudo novo. Ele explica como é definido o limite de explotação pelo DNPM: “O órgão utiliza um teste de bombeamento para verificar quanto tempo o poço leva para se recuperar depois de a água ser bombeada por um certo número de horas”.
Procurada pela reportagem, a Nestlé informou, em resposta por e-mail, que em 2013 extraiu apenas 44% do volume de água total autorizado pelo DNPM: “Corresponde ao necessário para o atendimento da demanda de vendas, da comunidade e do fontanário do parque”. O DNPM não atendeu às solicitações de entrevista da reportagem, mas, de acordo com informações obtidas com o órgão por meio da Lei de Acesso à Informação, a capacidade de vazão do poço aprovada é de 10 metros cúbicos por hora, ou seja, 10 mil litros por hora, por um período máximo de 12 horas por dia. Isso tanto para abastecer a indústria, o bebedouro do Parque das Águas e o Fontanário Público (água gasosa).
A empresa não divulgou a quantidade extraída, mas segundo os cálculos feitos pela reportagem, a quantidade deve ser de cerca de 1,6 milhão de litros por mês, que correspondem a 44% dos 3,6 milhões de litros autorizados pelo DNPM. Em um ano, a empresa deve retirar, portanto, uma média de 19 milhões de litros de água.

Divulgação de pesquisas

Presidente da Comissão das Águas da Câmara Municipal de São Lourenço, o vereador Agilsander Rodrigues da Silva (Partido Social Liberal – PSL), o Gil, conta que, em 2010, foi feita uma avaliação do aquífero de São Lourenço pela universidade suíça Neuchatel, promovida pela Nestlé. “Fiz um requerimento na Câmara questionando esse estudo e pedindo para me mandarem, mas não tive acesso a ele até hoje”. Para o vereador, falta à empresa dar mais publicidade e transparência aos trabalhos e pesquisas que realiza. Ele ainda questiona o motivo de o estudo ser feito por uma universidade estrangeira. “Por que não uma universidade brasileira? Por que não a Universidade Federal de Itajubá, que tem um curso de engenharia hídrica, ou a Unicamp, a USP, que têm um grau elevadíssimo de pesquisa?”
A associação Amar’Água também solicitou acesso ao estudo pelo Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente (Codema), mas o pedido foi negado pelo DNPM por serem dados de “divulgação restrita e sigilosos”, como diz a resposta enviada ao órgão a que Alzira teve  acesso.
Segundo a assessoria da Nestlé, os resultados da pesquisa foram divulgados em setembro de 2010 em reunião com o grupo “Amigos do Parque”. Ainda segundo a empresa, a universidade suíça foi escolhida por ter reconhecimento mundial no setor de águas e o estudo foi realizado para garantir a explotação sustentável das águas para engarrafamento e devidamente validado pelas autoridades fiscalizadoras. A empresa, no entanto, não enviou uma cópia do estudo, como solicitado pela reportagem.
“A comunicação dessas empresas com a população é muito difícil. Elas se respaldam muito no sigilo industrial para não divulgar certas informações. Mesmo para a Justiça dificultam o acesso a certos dados”, pontua Guimarães. O promotor conta que há um novo inquérito civil em curso, que analisa se as reclamações da população sobre a exploração das águas procedem e o que pode ser feito judicialmente. “Apuramos responsabilidades, se há dano ou perspectivas de dano que possa ser evitado, de uma fonte se extinguir, por exemplo”, explica. O inquérito está em fase de perícia técnica.

Urbanização

Afastando-se do Parque das Águas, dos cafés, restaurantes e lojas de artesanato, doces e queijos que o cercam, vemos novos bairros em construção. São residências de veraneio, condomínios e hotéis. Castelinhos em estilo europeu que convivem com casas de campo brasileiras e habitações populares. Cercado por sete colinas, o município de 41 mil habitantes e 58 quilômetros quadrados quer crescer.
O turismo ainda é o principal motor da economia de São Lourenço, que tem o segundo maior número de leitos em hotéis do estado, atrás apenas da capital, Belo Horizonte. Mas São Lourenço diversificou suas atividades nos últimos anos e hoje é também um polo regional de serviços de saúde, educação e comércio. “Na última década, a cidade saiu da faixa de 600 pontos comerciais para 1.600. As fábricas de doces e malhas se profissionalizaram. Hoje exportam, e o número de turistas tem aumentado de 12% a 17% ao ano”, diz o prefeito Zé Neto.
Para o promotor Bergson Guimarães, no entanto, o descontrole da ocupação das áreas de recarga – onde a água da chuva, que irá se tornar mineral, se infiltra no solo – e o aumento das fontes de poluição podem ter consequências até mais graves que a própria exploração comercial da água. “Sem conhecimento técnico-científico dessa área, ela pode estar sendo impermeabilizada de forma irresponsável”, diz.
Overeador Gil acredita que um estudo maior sobre a região, como o solicitado à CPRM, seria importante inclusive para ajudar a redefinir o Plano Diretor do município. “Precisamos atualizá-lo até para assegurar a qualidade de vida em São Lourenço. Já que somos um município muito pequeno, precisamos ter muito cuidado com a expansão urbana. Com esse estudo em mãos, poderíamos mudar o foco dessa discussão, porque teríamos como comprovar onde estão as áreas de recarga.” Ele cita o caso do Conjunto Habitacional Santa Helena, construído em 2011. “Dizem que está numa área de recarga, mas não temos essa certeza e teve autorização do Codema”, explica.
Gerente do departamento de meio ambiente de São Lourenço e membro do Codema, Janimayri Forastieri de Almeida Albuquerque diz que um laudo técnico apontou que aquela área não tinha uma importância tão grande para a recarga, ainda que fosse considerada. A construção do loteamento foi liberada com algumas condicionantes, como o calçamento com paralelepípedos e bloquetes, de modo a facilitar a infiltração de água na área.
: MP pede tombamento do parque de São Lourenço, que tem diferentes águas minerais e construções da década de 1930, mas para grupo de moradores, medida é insuficiente para a preservação dos recursos hídricos  (Foto: Marina Almeida)
: MP pede tombamento do parque de São Lourenço, que tem diferentes águas minerais e construções da década de 1930, mas para grupo de moradores, medida é insuficiente para a preservação dos recursos hídricos
(Foto: Marina Almeida)
“Ficamos preocupados se devemos ou não impedir que uma obra seja construída porque não temos certeza sobre quais são as áreas de captação de água”, conta. Para ela, é importante que seja feito um estudo em toda a região e não só em São Lourenço: “Às vezes deixamos de crescer para poupar um lugar, quando um município vizinho pode estar atacando uma área até mais importante para a recarga. O estudo da CPRM pode esclarecer essa situação e nos dar parâmetros para estabelecer parcerias de proteção dessas áreas.”

Poluição

Outros problemas do crescimento urbano são o lixo e o esgoto da cidade. No município há água encanada para todos, mas o esgoto coletado ainda não é tratado. Em construção, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) deve ser inaugurada em 2015, segundo o prefeito. Enquanto isso, os detritos de São Lourenço são despejados no rio Verde, numa área a jusante – abaixo – de onde ocorre a captação de água para as fontes, o que, segundo Janimayri, não traz grandes impactos para a água mineral. “Não significa que estamos certos de jogar esgoto, até porque precisamos despoluir o rio”, ressalta.
O professor Reginaldo Bertolo, do Instituto de Geociências da USP, lembra que outro cuidado importante deve ser a eficiência da captação desse esgoto. Como a pressão nesses encanamentos é mínima, quando não negativa – ao contrário do que acontece com a água, que chega às casas com alta pressão –, é muito difícil identificar vazamentos na rede de esgoto.
Já os resíduos sólidos urbanos são despejados num lixão desde 1989. “Como não temos área rural, nem sem água, não temos um local passível de licenciamento ambiental de aterro sanitário”, explica Janimayri. Para resolver o problema, São Lourenço criou um consórcio com os municípios vizinhos e, em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana (Sedru), implantará uma usina de triagem e compostagem com embolsamento. “Resumidamente, faremos a triagem, a compostagem e o que sobrar de resíduo orgânico vai ser embalado. Depois de certo tempo, essas grandes embalagens são abertas e o que está ali se tornou um composto orgânico que pode ser usado em áreas de reflorestamento”, explica Janimayri. Ela conta que essa é uma tecnologia ainda inédita no Brasil e seu início está previsto para agosto deste ano. Já o lixão existente deve passar por um processo de recuperação, uma exigência para o licenciamento ambiental.

Retorno

Pela exploração das águas minerais de São Lourenço, a Nestlé pagou ao governo brasileiro R$ 515.107,07 em 2012. Em 2013, até o dia 13 de dezembro, esse valor era de R$ 445.545,41, segundo dados obtidos com o DNPM pela Lei de Acesso à Informação. “O lucro das empresas engarrafadoras é muito maior e elas ainda reclamam da tributação, fazem questionamentos jurídicos”, relata Guimarães.
Como essa água é considerada um recurso mineral, está sujeita a uma contribuição chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), que é dividida entre União (12%), Estado (23%) e município produtor (65%). Em 2013, São Lourenço deve ter recebido, portanto, cerca de R$ 290 mil pela exploração que a empresa faz de suas águas.
O recurso é a única receita a que têm direito os municípios onde há explotação de água mineral, além do ICMS. De acordo com a legislação, a Cfem para a água mineral corresponde a 2% sobre o faturamento líquido da venda do produto mineral. “Fico preocupado porque o valor é muito pouco perto do que a água representa para o Brasil e para o município”, diz o vereador Gil.
O prefeito Zé Neto concorda que a Cfem é pequena, mas ressalta que a empresa também patrocina eventos da cidade, como o Festival de Inverno. “Às vezes o apoio é na divulgação ou com distribuição de água mineral, outras vezes financeiramente, mas não é essa a grande significação, os valores são muito pequenos. O grande retorno social que eles podem fazer é manter o parque e preservá-lo bem cuidado para atrair turistas”, defende.
Entre os eventos patrocinados pela empresa está a Comenda Ambiental Estância Hidromineral de São Lourenço, em que são condecoradas, no Dia Mundial da Água, personalidades que contribuíram para o desenvolvimento do meio ambiente, da cultura e do turismo. Na entrega das medalhas de 2013, que incluiu dois gerentes da própria Nestlé, o Amar’Água esteve presente, protestando. Em suas camisetas pretas, um leão, símbolo das fontes do parque, chora.
A estudante Letícia Rodrigues mostra a camiseta que desenhou para o grupo Amar’Água com o Leão, símbolo das fontes minerais, chorando (Foto: Marina Almeida)
“Os organizadores não gostaram, mas foi um protesto pacífico. Não tinham o que fazer. E conseguimos várias assinaturas para nosso abaixo-assinado”, lembra Letícia Rodrigues, que fez a ilustração das camisetas usadas pelo grupo. A estudante de direito de 19 anos é a mais jovem participante do Amar’Água. Ela, que era criança quando houve a primeira grande mobilização pelas águas de São Lourenço, em 2001, conta que conseguiu alguns apoios na faculdade, ainda que muitos desconheçam as discussões sobre água mineral. “Falta informação, e alguns também não querem saber o que se passa”, diz.
No dia 22 de março deste ano, na entrega da Comenda das Águas, os manifestantes estiveram presentes e foram novamente impedidos de entrar com seus cartazes no espaço reservado ao evento, na praça em frente ao parque. Do lado de fora, fizeram seu protesto.
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Fonte: Agência de Reportagem e Jornalismo investigativo

Pronunciamento do vereador Fábio Curi

GRANDE EXPEDIENTE 14/04/2014
Exmo senhor presidente, nobres colegas
Faço uso do grande expediente de hoje para informar o significado do IPTU, Imposto Predial e Territorial Urbano, é um imposto municipal para cada pessoa que possui uma propriedade urbana, como um apartamento, sala comercial ou uma casa. O IPTU consta na Constituição Federal e serve tanto para pessoas jurídicas, como pessoas físicas. Tem como princípio a obtenção de recursos financeiros para a aplicação na saúde pública, iluminação, limpeza e obras de urbanismo, a exemplo dos serviços de recapeamento e drenagem na cidade, entre outros benefícios voltados à comunidade.O que não temos visto em nossos dias caros colegas é a reversão do imposto em beneficio do povo.É importante redirecionar esses tributos originados da população para a população. Devemos trabalhar para converter esses recursos em serviços e demais benfeitorias voltados para a comunidade Caxambuense. Isto é urgente!
 Presidente, muito me agradaria se esta Casa se posicionasse acerca do requerimento, que de autoria minha em conjunto com os vereadores Marcos Halfeld, Hercílio Nogueira e Clovis Almeida sobre a movimentação do FUMTUR, este que não obteve aprovação do conselho curador, que é critério expresso para movimentar os recursos do Fundo Municipal de Turismo.

Boa noite a todos e muito obrigado pela atenção!
Fonte: Vereador Fábio Curi Worldpress

terça-feira, 29 de abril de 2014

Ju Fernandes no Gran Café 01 de Maio


Escola de São Lourenço é destaque na revista "Gestão Escolar"



A Escola Municipal Ismael Junqueira de Souza é um dos destaques da edição comemorativa de cinco anos da Revista Gestão Escolar, da Editora Abril. A escola está na matéria de capa sobre gestão democrática, entre as seis escolas brasileiras apresentadas como tendo experiências bem sucedidas em diferentes aspectos.
Com o título “Prioridades definidas coletivamente”, a matéria destaca a aposta da escola na oferta de outras atividades no contraturno como aulas de teatro, música, coral e fanfarra. Os custos dessas atividades provêm da locação de outdoors instalados no muro da escola, que fica na entrada da cidade, e com a realização das festas junina e da primavera. A decisão sobre como utilizar o dinheiro arrecadado é tomada pelo conselho escolar e pela Associação de Pais e Mestres.


Para ter acesso ao conteúdo completo da reportagem e baixar gratuitamente, por ser uma edição comemorativa de cinco anos da Revista Gestão Escolar, acesse:http://gestaoescolar.abril.com.br

Fonte: Jornal Polêmica

Em reunião, prefeito de Caxambu confirma descumprimento de acordo e corta o ponto dos trabalhadores mobilizados




A reunião realizada entre o prefeito de Caxambu, Sr. Ojandir, e a Comissão do Funcionalismo Público Municipal de Caxambu terminou sem solução. Confirmando as informações preliminares e o pronunciamento da secretária de educação, o chefe do executivo municipal anunciou a quebra do acordo assinado entre as partes na reunião de 8 de abril. Nesse acordo, para se iniciar as negociações da pauta de reivindicações e propor a suspensão temporária da greve, o prefeito havia concordado em não cortar o ponto dos professores em greve, como também não efetuar nenhuma ação semelhante com os demais funcionários municipais até nova reunião no dia 28 do mesmo mês. Contudo, hoje ele afirmou que vai cortar o ponto, não pagando os dias parados, quebrando absurdamente o acordo firmado e assinado, como também desrespeitando a própria legislação existente no país. Ou seja, sua palavra e sua assinatura em um documento não tem valor nenhum de acordo com as suas práticas.


Diante dessa postura intransigente e antidemocrática, o executivo municipal demonstrou de forma clara que não merece a confiança da comissão, da categoria e da própria cidade. A população pergunta agora: o que será da cidade com um prefeito que não cumpre um acordo assinado, e com testemunhas? Que prefeito é esse que assedia e abusa de sua autoridade? Se ele faz isso com a categoria dos funcionários públicos mobilizada - e que durante sua campanha eleitoral dizia merecedora de respeito - o que pode fazer com a comunidade?

Nós da Comissão do Funcionalismo Público Municipal chamamos todos os funcionários públicos municipais a participarem da Assembleia Geral nessa terça-feira, às 18 horas, na Câmara. E conclamamos a população a se juntar a essa luta. Acreditamos que ela deixou de ser apenas uma luta por melhores salários ou direitos, mas se transformou em uma luta pelo futuro da cidade. Estão todos convidados a acompanharem a assembleia da categoria.

Somente a luta muda a vida!
Unidos, somos muito mais fortes!


Ata completa da reunião de 8 de abril, entre a comissão e o prefeito. Infelizmente o chefe do executivo municipal não cumpriu o que havia prometido e assinado




Sind-UTE Caxambu

segunda-feira, 28 de abril de 2014

População de São Thomé das Letras dá exemplo com economia criativa (vídeo)
Fernando Gabeira

Cidade do sul de Minas Gerais foi o destino escolhido por Fernando Gabeira. Municípios sempre viveu da extração do quartzo, mas está tendo que tirar 'leite de pedra' depois da queda da atividade.

Clique sobre a imagem abaixo para acessar o vídeo


Fonte: Globonews
MPMG realiza reunião sobre parcelamento do solo rural em Pouso Alegre
Promotoria de Justiça discutirá o tema na Câmara Municipal da cidade

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 9ª Promotoria de Justiça de Pouso Alegre, realiza, dia 29 de abril, a reunião pública Parcelamento do solo rural – chacreamentos de recreio.  O evento terá início às 10 horas na Câmara Municipal de Pouso Alegre (Av. São Francisco, 320, Primavera – Pouso Alegre).

Para discutir o tema, participarão do evento, como palestrantes, a coordenadora estadual das Promotorias de Justiça de Habitação e Urbanismo de Minas Gerais, Marta Alves Larcher; o coordenador regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente da Bacia do Rio Grande, Bergson Cardoso Guimarães, e o representante da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Minas Gerais, Rosário Mota. Estarão presentes também os Promotores Aécio Rabello e Eduardo Paula Machado da Comarca de Lavras. O evento será aberto à comunidade.


Os palestrantes vão expor sua visão acerca do parcelamento do solo rural para criação de áreas de lazer e conflitos em torno da questão de loteamentos urbanos. Ao final das palestras, haverá um debate em que o público presente poderá fazer perguntas aos participantes. Não é necessário se inscrever. O local tem capacidade para 270 pessoas.


Ministério Público de Minas Gerais - Superintendência de Comunicação Integrada 

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Fonte: Coordenadoria da Bacia do Rio Grande

domingo, 27 de abril de 2014

SE FICAR O BICHO PEGA, SE CORRER O BICHO COME
A dualidade política nacional configurada entre PT e PSDB, já não agrada mais a ninguém.
Se o tal do Comunismo, pai de tantos outros "ismos" faliu, que dirá o Neo-capitalismo?


Estivemos até bem pouco tempo entre a Cruz e a Espada.
Hoje, na Terra do Sol, estamos entre Deus e o Diabo. No Limite entre o Bem e o Mal.
Lula chegou a ser Estrela de Quinta Grandeza, enquanto Fernando Cardoso foi a imagem do Intelectual Brasileiro.
Cada qual com sua burrice interior. Um mais, outro menos.
Se o primeiro pregava a conquista do poder pelo proletariado, o outro pregou a conquista de felicidade pelo Capital.
Ambos falharam!
Embora, FHC bem intencionado, tenha criado o Bolsa Família, que espertamente, Lula se apoderou dele.
Mas, não haveremos de Esquecer, também, do Imperador do Maranhão, aquele que, embora da ARENA viu na Morte de Tancredo , a oportunidade de alcançar o Poder.
Há males que vêm para bem. Pois foi no Governo do Sarney que se criou o Plano Cruzado e em que, o então Ministro do Trabalho Almir Pazzianotto ( Natural de Capivari, cidade interiorana de São Paulo, berço de juristas como Moacyr Amaral Santos, de poetas como Amadeu Amaral e Rodrigues de Abreu e de artistas como Tarsila do Amaral.) criou e implantou o Seguro Desemprego. 
Pazzianotto iria compor o Ministério de Tancredo, quando a Morte tirou dele a oportunidade de Governar o Pais. Mas, Sarney carente de apoio político entre os seguidores de Tancredo manteve os nomes indicados pelo então Presidente. Nova República nascia sob o Signo da Liberdade acalentada em Minas Gerais por anos e anos. Vítima de grave moléstia, Tancredo Neves não chegou a assumir a Presidência da República, cargo que passou a ser ocupado pelo vice-presidente José Sarney. Pazzianotto permaneceu à frente da pasta do Trabalho de 15 de março de 1985 até o final de setembro de 1988, poucos dias antes da promulgação da Constituição de 1988, quando o presidente Sarney o indicou para ocupar, no Tribunal Superior do Trabalho, pelo chamado "Quinto Constitucional", cadeira reservada a advogado de ilibada reputação, e notório saber jurídico. Só para reavivar a memória dos petistas, que anda um pouco combalida lembramos: "Almir Pazzianotto destaca, na sua atuação como advogado, a participação no corpo jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, especialmente na greve deflagrada em maio de 1978, que mobilizou dezenas de milhares de metalúrgicos da região do ABC paulista. Nessa época, presidia o referido Sindicato, Luis Inácio Lula da Silva que seria eleito Presidente da República em 2002 e reeleito em 2006." 
De Pecados, entretanto, todos padecem.
Vejamos o caso do "Mensalão". Tanto PT, quanto PSDB sofrem do mesmo Mal.
Tendo como grande articulador o Publicitário Marcos Valério , o Mensalão usou Bancos e Financeiras para lavagem do dinheiro público em Minas e em Brasília. A grande jogada capitalizada pelo Marcos Valério era angariar dinheiro para abastecer o Fundo de Campanhas Eleitorais. Até o Combativo JOSÉ DIRCEU, mineiro de Passa Quatro caiu na esparrela de Marcus Valério. Com ele veio o guerrilheiro José Genuino e o ingênuo Silvinho do PT. Este, embora, Comunista sonhava com o Símbolo do Capitalismo : o Automóvel. Silvinho ganhou de presente um legítimo Land Rover. Carro inglês. É claro. E, não um JIPPE LADA, de Moscou que seria mais coerente com sua ideologia.
"Em Minas, o Mensalão tucano, também denominado mensalão mineiro e tucanoduto é o escândalo de peculato e lavagem de dinheiro que ocorreu na campanha para a eleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) - um dos fundadores, e presidente do PSDB nacional - ao governo de Minas Gerais em 1998, e que resultou na sua denúncia pelo Procurador Geral da República ao STF, como "um dos principais mentores e principal beneficiário do esquema implantado", baseada no Inquérito n.o 2280 que a instrui, denunciando Azeredo por peculato e lavagem de dinheiro "

O valerioduto tucano foi um esquema de financiamento irregular—com recursos públicos e doações privadas ilegais—à campanha à reeleição em 1998 então governador mineiro e atual senador Eduardo Azeredo (PSDB), montado pelo empresário Marcos Valério. As gigantes estatais CEMIG, COPASA E DODEMIG foram citadas no Processo, que no caso do Ex-governador Azeredo foi desaforado de Brasilia, para o TJMG. O mesmo publicitário que apenado pelo STF cumpre pena de Lavagem de Dinheiro no Mensalão do PT, que muitos petistas afirmam não ter existido.
Alias, negar o óbvio é a marca do PT.
Hoje, o Caso Petrobras é um exemplo típico de negação do PT. Dizem eles: Pura Invenção Tucana.
Será?

Há que se pensar no poder de fogo do doleiro Youssef, a coisa na Petrobras vai feder feio. O caso além de envolver a Empresa Numero 1 do Brasil envolve, agora, o Ministério da Saúde. E o doleiro é um típo faceiro. Pois de vendedor de pasteis em Londrina, já movimentou Milhões de Dolares em contas fantasmas e paraísos fiscais.
Em , apenas dois anos (97/98), segundo a PF movimentou Ur$ 832 Milhões.
O doleiro Alberto leva consigo , pelo menos três políticos do PT relacionados em contatos telefônicos e mensagens pela PF, na Operação Lava Jato : André Vargas, Cândido Vaccarezza e Vicente Cândido (estes ultimos do PT Paulista).
"O ex-ministro da Saúde e pré-candidato ao governo de São Paulo Alexandre Padilha (PT) é citado em relatório da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal (PF), por suspeita de ter indicado, no fim do ano passado, Marcus Cezar Ferreira de Moura para trabalhar como executivo na Indústria Farmacêutica Labogen. Segundo a investigação da PF, o laboratório era utilizado pelo doleiro Alberto Youssef, líder da organização criminosa que movimentou R$ 10 bilhões, para fazer remessas ilegais de dólares ao exterior. Após a indicação de Padilha, o laboratório chegou a firmar parceria de R$ 31 milhões com o Ministério da Saúde para produzir medicamentos. O convênio foi cancelado após denúncias da imprensa de que o doleiro contratava o laboratório suspeito."
Descobre-se, então, que na realidade o LABOGEN, o Laboratório do Doleiro Alberto Youssef era na realidade uma verdadeira LAVANDERIA de dinheiro público, com ligações, inclusive com traficantes de Drogas.
O Cenário Político Nacional é Caótico.
Uma Mistura de Política com Banditismo.
É Glicerina Pura.
O que será de nós, pobres eleitores nas eleições que já se aproximam, logo depois, da COPA DOS ESCÂNDALOS.
Deus nos acuda!

Por 

sábado, 26 de abril de 2014

Vem aí a 16ª Peregrinação de Nhá Chica


Está chegando a data da Peregrinação de Nhá Chica, tradicional caminhada cujo percurso liga duas cidades do Sul de Minas, São Lourenço e Baependi.

A romaria sairá às 5 horas da manhã, do dia 1º de maio, da Igreja Matriz de São Lourenço Mártir, onde os participantes receberão a bênção, seguirá por um trajeto de 33 km de caminhada pelas vias rurais até chegar em Baependi, no Santuário de Nossa Senhora da Conceição (Igreja de Nhá Chica) onde os peregrinos participarão da Santa Missa.

Em sua 16ª edição, a Peregrinação de Nhá Chica este ano celebra o 1º ano da Beatificação de Francisca de Paula de Jesus, ocorrida no dia 04 de maio de 2013, quando a mineira ganhou o título de Bem-Aventurada.

Fonte: Nhachica.org