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domingo, 26 de abril de 2015

Imprestável é o Nosso Preconceito

Imprestável é o Nosso Preconceito


11169136_813661478711989_561832544_nAinda que de forma subjetiva, formamos uma infinidade de conceitos por meio de razões descabidas, estereotipando comportamentos, culturas, pessoas e lugares. O preconceito é um mal muito mais próximo do que percebemos. Está no dia a dia, naquelas atitudes aparentemente inofensivas, enraigadas na sociedade, disputando espaço com a cidadania, o direito e a política. Não permite sairmos de um círculo vicioso para um mundo de possibilidades e de aceitação do próximo, ferindo, muitas vezes, princípios fundamentais à dignidade humana.
Quantas vezes deparamos com situações em que nos vemos sós, diante das mesmas coisas, das mesmas pessoas, dos mesmos lugares… Quantas vezes reclamamos que não há nada novo, divertido ou diferente? Isso ocorre porque não expandimos nossos hábitos, não saímos da zona de conforto, do aceitável. Politicamente correto? Pra quem? Pra você? Para seus amigos? Para sua família? Para sua religião? Pois é… Focamos no que ouvimos dizer, na aparência, no certo ou errado como se estes tivessem um padrão. Se não se veste assim é “isso”, se fala desse jeito é “aquilo”, se vai a tal lugar “não presta” … O que define um lugar? Sua fachada? As pessoas que o frequentam? E o que define as pessoas que o frequentam? A roupa? O hábito? A forma de pensar? De agir?
Esquecemos que somos seres humanos livres, para pensar, falar, locomover, fazer ou deixar de fazer algo. Respeitando as leis, todos têm a mesma liberdade garantida constitucionalmente. Então, porque uns “prestam” outros não? O que separa o prestável do imprestável são os limites dados por um julgamento sem fundamentação e moldados pelo pré-conceito. Dessa forma, fica-se refém de um mesmo ponto, dos mesmos assuntos, das mesmas companhias e do tédio. É necessário mudança no jeito de olhar para o mundo. É preciso abrir a mente e pensar, questionar valores, ideias, conceitos. Podemos iniciar em cada um de nós e contagiar o planeta para sermos mais humanos, mais amigos, mais irmãos. Ser feliz, se divertir e descobrir pessoas e ambientes maravilhosos também é exercer a cidadania. É nosso direito e é uma atitude política merecedora de aplausos.
Precisamos, portanto, nos permitir. Permitir ir naquele lugar “de playboy” e perceber um ambiente agradável com pessoas admiráveis. No lugar “da pesada”, surpreender com a descontração e com gente divertida. No lugar de “pobre”, encontrar respeito e solidariedade. Conversar com aquela pessoa “estranha” e descobrir um intelectual. Visitar aquele lugar que “não tem nada” e achar uma fonte inesgotável de história e conhecimento. Entrar naquela loja “simplesinha” e comprar o que foi procurado em todas as outras e não encontrado… São atitudes pequenas, mas trazem uma oportunidade de conhecer lugares incríveis, pessoas especiais, falar de coisas inspiradoras, expandir a “caixinha”.
É uma chance de ser muito mais feliz e parar de reclamar que na cidade não tem nada de interessante. Para isso, é essencial olhar em volta sem o nosso imprestável preconceito. Experimente!