AVANT SUPERMERCADO - CAXAMBU

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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

GEOPARQUE DE CAXAMBU TERÁ PARCERIA DA CODEMIG

Esther Lucio Bittencourt



Reunião de sexta feira,sexta feira, 27 de janeiro, ás 11h00min entre o Prefeito de Caxambu, Luiz Carlos Pinto, o Secretário do Meio Ambiente, Gilberto Rossi, E Adriana Franca com Dr.Marcelo Nassif (diretor de operações) e Martinho Rezende (gerente de minas) da CODEMIG.


Em matéria publicada aqui no PF, dia 26 de janeiro deste ano, foi informado que o prefeito de Caxambu, Luiz Carlos Pinto, assinou o decreto de número 1768, de 18 de janeiro de 2012 que dispõe sobre a criação do Geoparque Cidade das Águas de Caxambu. No domingo,29 de janeiro, publicamos na íntegra o projeto do Geoparque de Caxambu. Mas isto basta para que o Geoparque exista e tenha sentido como tal? Qual a função de um Geoparque? São perguntas que o Secretário do Meio Ambiente da Prefeitura de Caxambu, Gilberto Rossi responde:



PF- Como se inicia a implantação de um geoparque? O que vem primeiro? Será preciso a publicação de um livro?


Gilberto Rossi- O Geoparque já está implantado. O decreto assinado pelo Prefeito já fez isso. Agora, os estudos demostraram o nossos valores ambientais, historicos, culturais e artísticos. A parceria com a  UFLA -Universidade Federal de lavras- trará a comprovação cientifica das propriedades crenoterapicas de nossas águas, será realizados a publicação de um livro que irá ser distribuidos nas escolas para estudos e, ápos isso, o Geoparque terá o reconhecimento da UNESCO. Daí o processo segue para os que virão, dar continuidade nas áreas que se interessarem.


PF-Quanto de verba será necessário para implantar o geoparque? A prefeitura poderá arcar com isto?


Gilberto Rossi- Esther, na realidade esta foi a procura. O executivo nao tem verba para tal trabalho. Como a Codemig é proprietaria de duas áreas que compõem o Geoparque: area da represa do Jacaré e Área do Parque, e quando recebermos o titulo da UNESCO ou seja o reconhecimento de Patrimonio Mundial Hidromineral Carbogasoso ela também será beneficiada, o assunto foi conversado com ela que topou no ato bancar com os custos do Projeto.


PF- Então a Codemig arcará com as despesas do Geoparque? Ela Topou?


Gilberto Rossi- A Codemig  topou arcar com o Projeto do Geoparque.


PF- Quanto de verba será necessário para implantar o geoparque?


Gilberto Rossi -Foi realizada uma pesquisa de preço para solicitar a parceria com a CODEMIG, o valor da proposta foi de R$ 482.000,00 para ser licitado por ela para os levantamentos e estudos, o mesmo valor foi aprovado pelo IEPHA- Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais em consulta por telefone.


Quem detém o valor comercial da Agua Caxambu á a Codemig que terá, portanto, a única água mineral do mundo envasada dentro de um Geoparque. Motivos eles tem muito para serem nossos parceiros e é isso que queremos para melhorar nossos valores, assim como eles.


PF- O que é Geoparque e seu significado?


Gilberto Rossi- O Geoparque é uma classificação, então aquela área (como está no projeto) é definida como tal e mais do que nunca teremos de fazer cumprir as leis já existentes sobre o meio ambiente. É uma área de patrimônio geológico com desenvolvimento sustentável econômico, o que ajudará o desenvolvimento da comunidade local.


Por exemplo, para o geoparque prevemos o treinamento de guias turísticos, dentre outras atividades.


Com a vinda do consórcio das universidades mineira para caxambu iremos receber 3 mil alunos, 1200 de profissionais no campus, serão então 4200 pessoas , fora as que trabalharão de forma indireta. Com toda esta perspectiva de crescimento é preciso proteger a Bacia Bengo, o Caminho das  Águas de Caxambu para que não aconteça na área de recarga de nossas águas o que aconteceu na invasão do morro Caxambu que foi iniciada há 30 ou 40 anos e que há 10, 15 anos tomou maior proporção. Precisamos estancar isto. E medidas já foram e continuam sendo tomadas.

Classifiquei quatro áreas no projeto, as matas do município , que é a do Jacaré, a represa do Jacaré onde fica a cabeceira de nossas águas, depois as áreas de moradia legal; a área do Centro de Convenções que começa onde um dia foi feito um desmatamento para que fosse construído um centro de treinamento, o Geoparque preservará esta área, mais o Parque das Águas e a área do morro. Então são três áreas públicas e uma privada, com vários proprietários. A represa do Jacaré e o Parque das Águas pertence a Codemig, o Centro de Convenções e o morro à Prefeitura . São áreas de domínio de governo.


É bom frisar que para os que tem área particular nada seria alterado a não ser a delimitação e classificação. Por exemplo, a pessoa poder dizer que sua área está dentro do Geoparque. A delimitação já é imposta por leis ambientais. O Geoparque não fere as leias federais, estaduais ou municipais.
O IPHAN necessitou do decreto que foi assinado dia 18 deste mês que determina a criação do Geoparque . Enviei o projeto para o IPHAN e fui comunicado que ele foi muito bem aceito . É o único que defende as águas carbogasosas .

"A Secretaria de Meio Ambiente já delimitou geodésicamente os pontos que existem hoje com a cerca existente . A meta próxima agora é fazer um aceiro contra o fogo para proteger a cerca, a mata do parque e que funcione também como delimitação da área que já foi ocupada. Este projeto está passando pelo CODEMA para que possa ser realizado. É urgente, para que não ocorram mais queimadas, como esta no Morro de Caxambu"- Gilberto Rossi

"É preciso proteger o caminho das águas de caxambu para que não aconteça na área de recarga de nossas águas o que aconteceu na invasão do morro Caxambu que foi iniciada há 30 ou 40 anos e que há 10, 15 anos ganhou maiores proporções. Precisamos estancar isto."-Gilberto Rossi

Não ha outro Geoparque com o conceito hidromineral carbogasoso, este será o primeiro no Brasil e no mundo. Há no Brasil o Geoparque da região do Araripe, no Ceará. A concepção do GEOPARQUE ARARIPE segue as recomendações do GEOPARK PROGRAM UNESCO e está apoiado na legislação ambiental e cultural de preservação de sítios e paisagens. E o do quadrilátero ferrífero em constituição.

Há também a proposta de criação de um “Geopark” na Serra da Bodoquena e Pantanal, por iniciativa do IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, com uma área de aproximadamente 32 km2.



PF- Como surgiu a proposta de criação do Geoparque?

Gilberto Rossi- Mostrando a cidade e Parque das Águas a Equipe do IPHAN,  DR. Carlos Fernando Delfim -  do IPHAN e conselheiros da ANA- Agencia Nacional das Águas,  passei o conhecimento que adquiri durante a Restauração do Balneário de Caxambu e demonstrei o potencial turístico, arquitetônico cultural e cromoterápico da nossa cidade,  que deveria ser resgatado, estudado, preservado e aplicado.


Poucos estudos foram realizados até agora, existem relatos históricos, livros que documentam os acontecimentos, depoimentos de populares que se disseram curados de algum mal pelo efeito das águas, estudos realizados pelos grandes médicos da crenologia da época, que relatam as propriedades físicas e químicas de nossas águas. 


A conclusão da nossa conversa foi que através de um Geoparque conseguiríamos realizar e preencher todas as nossas necessidades, pois assim será  realizados todos os estudos necessários com as nossas águas, comprovada a atuação na cronologia e, conforme explicou um dos professores da UFLA, poderemos até descobrir fatos novos . 


Então,o Dr. Carlos Fernando Delphim - Técnico em Patrimônio Natural do IPHAN, sugeriu que o projeto de um Geopark poderia ser executado para criar uma identidade forte para o nosso município.O que foi feito através do decreto, do projeto e estamos viabilizando."



Vitraux do Balneário recentemente recuperado
Visão parcial da lateral do Balneário
Interior do Balneário do Parque das Águas de Caxambu
 
Fonte: Jornal Primeira Fonte