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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Regra restringe ação de servidor mineiro em ano eleitoral


Para tentar evitar sanções da Justiça em função de possíveis atos irregulares de integrantes do Governo no ano eleitoral, o governador Antonio Anastasia (PSDB) baixou resolução com recomendações aos agentes públicos. Desde o primeiro dia do ano, as regras para as eleições municipais de 2012 já estão valendo. Entre as recomendações, por exemplo, está a que obriga o registro de pesquisas eleitorais nos cartórios.
Configuram-se condutas proibidas, ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta, usar materiais ou serviços, custeados pelos governos, ceder servidor público para comitês de campanha eleitoral e fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social, custeados ou subvencionados pelo Poder Público, diz o texto da resolução.
A norma proíbe transferências de recursos para prefeituras e entidades de administração indireta municipal durante o período de 7 de julho ao fim da eleição. Recursos de obras em andamento, com cronograma prefixado ou para atender situações de emergência devidamente comprovada poderão ser liberados.
A resolução orienta os servidores a não deixarem candidatos fazerem campanha nas repartições públicas e só participarem das campanhas eleitorais fora do horário de expediente. Fica expressamente vedado aos servidores públicos o uso de bens e recursos públicos, tais como e-mails, computadores, telefones e veículos, para realização de manifestações eleitorais, mesmo que fora do horário do expediente, explica a norma.
O texto observa que a publicidade institucional do governo poderá continuar já que a eleição deste ano é municipal. No caso de propagandas de obras em conjunto com os municípios, os anúncios poderão ser feitos sem a presença das prefeituras. Em caso de eventos durante o período eleitoral, os candidatos não poderão ser convidados acompor mesa, ter direito à palavra e nem ser citados.
Entre as sanções previstas para o servidor público estão a demissão, multa e até a suspensão dos direitos políticos. (Hoje em Dia)

 Extraído de: Associação do Ministério Público de Minas Gerais - 03 de Janeiro de 2012