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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cerimônia de beatificação de Nhá Chica em Baependi é esperada por milhares de fiéis


Beata possui uma legião de devotos que esperam ansiosos por mais este passo rumo a santificação

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A cidade de Baependi, no Sul de Minas, se prepara para uma festa esperada por muitos anos. A terra onde Nhá Chica morou e que é conhecida pelo grande número de fiéis que a visitam, finalmente realizará a beatificação dela, que após este título estará mais perto do processo de canonização para ser santificada. A cerimônia será realizada no dia 04 de maio.
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Francisca de Paula de Jesus, a Nhá Chica, foi filha de escrava e era analfabeta. Ela nasceu no povoado de Santo Antônio das Mortes, um distrito de São João Del Rey e ficou órfã aos dez anos. Ainda pequena, se mudou para Baependi onde viveu até 14 de junho de 1895.
Na cidade, dedicou-se a fé e a caridade. Mulher humilde e fervorosa, era devota de Nossa Senhora da Conceição, e a pedido sua da mãe passou a vida inteira a dedicar-se à prática da caridade. Ainda em vida foi chamada de “a mãe dos pobres”.
Era respeitada por todos que a procuravam, desde os mais humildes aos homens do Império. Durante 30 anos, reuniu doações para construir a capela de Nossa Senhora da Conceição, onde hoje funciona o Santuário da Conceição. A pedido do postulador as grades deram lugar aos vidros na casa onde a beata viveu. Voluntários trabalham na organização do evento que terá uma programação especial que começa dia 26 de abril e termina no domingo dia 05 de maio.
Muito querida, Nhá Chica possui uma legião de fieis. Uma delas é a jornalista Fafete Costa, que morou em Baependi por 4 anos e atualmente mora em Juiz de Fora, mas mesmo assim continua sendo uma devota fervorosa. Para a jornalista, a beata é modelo a ser seguido pela sua abnegação. “Nhá Chica traduz o mais sincero compromisso ao amor, à solidariedade humana, à compaixão, à ilibada conduta cristã. Felizes somos nós, também, que nela podemos nos espelhar. Nhá Chica é a nossa “santinha” com a cara e alma do povo brasileiro”. diz.
É grande o número de relatos de milagres e graças alcançadas através de sua intercessão que se espalharam por Minas Gerais e pelo país. Por causa da devoção à figura de Nhá Chica, milhares de pessoas visitam a casa e o túmulo da beata. Com esta visibilidade, a cidade de Baependi se torna conhecida e visitada por turistas de todo o mundo.
A cidade de Baependi, que tem pouco mais de 18 mil habitantes, espera receber para a festa de beatificação mais de 50 mil pessoas. O espaço onde será a cerimônia já está sendo preparado. Com 53 mil metros quadrados, o local vai ficar lotado de fiéis de várias partes do país.
Preparação para o evento
Segundo divulgado pela Prefeitura Municipal de Baependi, no dia do evento o acesso à cidade será realizado pela BR-267, ou seja, a entrada convencional que é feita por Caxambu será fechada. Uma equipe já trabalha na limpeza do terreno, onde funcionava uma antiga fábrica. Um palco e uma praça de alimentação serão montados. Haverá corredores separando o público, pontos de assistência médica, além de um esquema especial para o trânsito.
Nos hotéis da cidade, quase já não existem vagas para o dia da beatificação. O preço da hospedagem aumentou 50%. A cidade de Caxambu, que fica a apenas 5 quilômetros de Baependi, será uma opção para quem não encontrou hotel, porque as reservas começaram a ser feitas há seis meses e 80% dos apartamentos já foram alugados.
Nos depoimentos a seguir veja relatos de devotos de Nhá Chica: eles dão testemunhos emocionantes de graças recebidas quando recorreram a Beata.
Milagre reconhecido
O milagre cientificamente comprovado que serviu como base para a beatificação da Serva de Deus, Nhá Chica, foi a de um problema congênito que sofria a professora Ana Lúcia Meirelles Leite, de 69 anos, de Caxambu, Sul de Minas.
Em 1995, ela descobriu que sofria de um problema cardíaco congênito: uma passagem errada de sangue pelo coração causava uma grande hipertensão pulmonar.
Examinada por vários especialistas em Belo Horizonte e São Paulo, se constatou que o problema só seria sanado através de cirurgia. Várias operações foram marcadas, mas Ana Lúcia preferiu se apegar à fé em Nhá Chica, de quem sempre foi devota. Dias antes da cirurgia, ela conta ter sentido uma forte presença de Nhá Chica.
O Vaticano reconheceu como milagrosa a cura de Ana Lúcia Meirelles Leite. Milagre foi responsável pelo reconhecimento da beatificação da Serva de Deus Nhá Chica. Professora afirma ter passado por cirurgia espiritual.
Na bateria de exames, na data da cirurgia, ela explica: “Na hora eu só rezava: Nhá Chica, me ajuda!”. Terminados os procedimentos, aflita e temerosa, a devota recebeu a surpresa: “A senhora insiste em dizer que não está operada?”, disse o Dr. Fernando Santana em tom sério e preocupado. 
Eu ia operar, mas não fui; só voltei hoje, para fazer este exame”, explicou Ana Lúcia, ao que o médico que respondeu : “O que a senhora tinha que fazer numa cirurgia já está feito! E muito bem feito.”
Fonte: Mineiramente