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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Jornal "O Tempo" - Compra de cadeiras gera até BO em Caxambu

Compra de cadeiras gera até BO em Caxambu 

O jornalista Fernando Victor, que se mostrou “indignado” com as aquisições da Casa, divulgou os processos de compra por redes sociais e grupos de moradores de Caxambu



A inauguração da nova sede da Câmara Municipal de Caxambu, município do Sul de Minas, teve cerimônia de abertura e uma grande compra de materiais para a nova estrutura da Casa. Alguns itens adquiridos, no entanto, chamaram a atenção de moradores, que, após divulgarem o caso, acabaram sendo alvo de um boletim de ocorrência (BO) feito pelo próprio presidente da Câmara.

De acordo com o Portal da Transparência da Câmara de Caxambu, foram gastos R$ 97,2 mil na compra de 140 cadeiras de espuma para o auditório. Em média, cada assento custou quase R$ 600. Mas foi a compra de outra cadeira que mais causou revolta entre os cidadãos da cidade. De acordo com as “denúncias” colocadas nas redes sociais, a Câmara gastou, em uma única poltrona, R$ 10,9 mil. Os detalhes descritos na compra dão conta de que a quantia foi gasta em uma “poltrona giratória modelo Presidente”.

O jornalista Fernando Victor, que se mostrou “indignado” com as aquisições da Casa, divulgou os processos de compra por redes sociais e grupos de moradores de Caxambu. Logo após a publicação de imagens e comentários sobre os quase R$ 120 mil gastos pela Câmara Municipal, o presidente da Casa, vereador Denilson Martins, registrou um BO contra o jornalista e outra internauta.

No histórico da ocorrência, Denilson Martins alega que as informações divulgadas são falsas e que comentários ofensivos tornaram a situação “constrangedora”. Uma situação inusitada é destacada no documento. Segundo Denilson, ao fazer a arbitragem de duas equipes amadoras de futebol da região, no último fim de semana, alguns torcedores, sabendo da compra da cadeira, começaram a gritar “aquele não é o presidente das cadeiras de ouro? Que tem um ‘bumbum’ de ouro?”.

Em contato com o Aparte, o chefe de gabinete da presidência da Câmara Municipal, Carlos Galve, afirmou que a licitação para a compra dos itens foi completamente dentro da lei e acusou os envolvidos na divulgação da compra de estarem agindo de “má-fé”. “Algumas pessoas manipularam os dados do Portal da Transparência para, de má-fé, enganar os outros”, desabafa.

Segundo Galve, a compra de quase R$ 10,9 mil, na verdade, se deu na aquisição de 11 unidades, e não apenas uma. Cada poltrona custou R$ 990. Galve afirmou que Denilson Martins entrará com um processo por difamação contra os envolvidos.

Jornal "O Tempo"