Em ritmo de aventura
Aentrada no nicho dos veículos com visual aventureiro fez bem à Citroën. A marca de origem francesa acaba de registrar sua melhor participação de mercado desde o início de suas operações no Brasil - iniciada em 1998 com os importados Berlingo e Xsara. Fechou o mês de janeiro com 3,17%, ganhando um ponto percentual em relação ao mesmo mês do ano passado e assumindo a oitava posição no ranking das marcas.
As vendas da Citroën chegaram a 7.274 unidades no mês passado, crescimento de 65,8% sobre o mesmo mês de 2010, em um mercado de automóveis e comerciais leves que cresceu 13,8% no período.
A chegada do Aircross, monovolume de estilo aventureiro, em setembro, certamente colaborou para esse resultado. Em janeiro, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), foram emplacadas 1.199 unidades do modelo - que a entidade enquadra no segmento dos utilitários esportivos -, ficando em terceiro lugar em vendas, atrás apenas do Ford EcoSport (2.712 unidades) e Honda CRV (1.453).
Desde o lançamento, foram vendidas 5.922 unidades. "Para este ano, a Citroën projeta volume acumulado de 24 mil unidades do modelo", afirma Nívea Morato, diretora de marketing da Citroën do Brasil.
RODANDO - Avaliamos a versão Exclusive, a topo de linha, com preço a partir de R$ 62.350, em trecho urbano, rodoviário e estrada de terra, totalizando mais de 800 quilômetros percorridos entre o Grande ABC, São Paulo e o Sul de Minas Gerais.
Seu motor 1.6 16V Flex entrega 113 cv de potência com etanol e 110 cv com gasolina a 5.800 rpm. O torque é de 14,5 mkgf a 4.000 giros com gasolina e 15,8 mkgf a 4.500 rpm com o combustível vegetal.
Seu motor 1.6 16V Flex entrega 113 cv de potência com etanol e 110 cv com gasolina a 5.800 rpm. O torque é de 14,5 mkgf a 4.000 giros com gasolina e 15,8 mkgf a 4.500 rpm com o combustível vegetal.
Na prática, falta um pouco de força para empurrar os 1.404 quilos do monovolume, principalmente nos aclives, o que obriga o motorista a fazer mais reduções de marcha. O consumo também não é dos melhores. O computador de bordo indicou média de 6,8 km/l com gasolina na cidade.
Em estradas de terra um pouco acidentadas na cidade de Caxambu (MG), o Aircross saiu-se bem por conta de seus pneus 205/60 R16 de uso misto e sua altura em relação ao solo elevada em 3,6 cm no eixo dianteiro e 4,1 cm no traseiro, o que garante vão livre de 23 cm na frente e 24 cm atrás.
ESPAÇO E EQUIPAMENTOS - Com 2,54 metros de distância entre os eixos, o Aircross acomoda muito bem os ocupantes da frente e do banco traseiro. O porta-malas, com 403 litros, também agrada.
O acabamento interno é bom, os bancos são revestidos de couro e tecido, os pedais esportivos têm detalhes cromados, há espelho auxiliar para ficar de olho nas crianças e mesinhas para o banco traseiro.
De série, a versão traz air bag duplo, freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem, controlador de velocidade, ar-condicionado digital, direção hidráulica, trio elétrico, bússola, inclinômetros, CD player com comandos no volante, rodas de liga leve de 16" e computador de bordo.
O modelo pode ainda ser equipado com o Pack Technologique 1, que inclui air bags laterais, acionamento automático dos fárois e sensores de estacionamento e de chuva, por R$ 2.300, além do sistema de navegação com GPS integrado, por R$ 2.400.
Sueli Osório