CORREDORES ECOLÓGICOS E AS ESTRADAS NA MICRORREGIÃO DO CIRCUITO DAS ÁGUAS, NO SUL DE MINAS
by José Celestino Teixeira.
Nítidas nas fotos as ramificações de alguns corredores ecológicos (que serviam como divisas de propriedades), mas, que cumprem a função, ainda, que não planejada de ligar “habitats” naturais da fauna fragmentados com o tempo, pelo corte sistemático das matas.
Serpenteando o entorno do Morro Caxambu, eles servem de ligação entre remanescentes de Mata Atlântica: A Mata do Jacaré, a Mata da antiga Fazenda Caxambu (Hoje, em parte, Fazenda Santa Helena) , a Mata do Parque das Águas e a Pequena Mata da antiga Escola Wenceslau Bráz).
São estas pequenas matas integrantes de um Bioma muito especial, que tem na insurgência das águas minerais seu ponto forte e, sua maior riqueza.
Estes corredores são de fundamental importância para a preservação da Fauna e da Flora locais e devem ser restaurados e revigorados, para que as espécies transitem livremente entre os remanescentes de seus habitats.
“A expansão do uso e ocupação antrópica do espaço terrestre leva a uma severa fragmentação dos habitats naturais. Corredores ecológicos podem facilitar o deslocamento de organismos entre fragmentos de habitats e têm sido cada vez mais adotados como uma ferramenta para manter e restaurar a biodiversidade. A teoria da metapopulação é uma das bases para os atuais estudos sobre corredores ecológicos. Esses estudos ainda estão pouco desenvolvidos, especialmente em ecossistemas tropicais, carecendo de bases científicas sólidas para apoiar a sua utilidade. No entanto, os efeitos da fragmentação florestal são tão severos que é justificável o planejamento e a execução de medidas que busquem atenuá-las, apesar de não estarem disponíveis resultados de pesquisas que demonstrem a eficácia ou mesmo o acerto destas medidas. (in Embrapa Florestas – 2010).”
Caxambu é um Vale (um fundo de Vale).
Maurício Ferreira cantou :
Serpenteando o entorno do Morro Caxambu, eles servem de ligação entre remanescentes de Mata Atlântica: A Mata do Jacaré, a Mata da antiga Fazenda Caxambu (Hoje, em parte, Fazenda Santa Helena) , a Mata do Parque das Águas e a Pequena Mata da antiga Escola Wenceslau Bráz).
São estas pequenas matas integrantes de um Bioma muito especial, que tem na insurgência das águas minerais seu ponto forte e, sua maior riqueza.
Estes corredores são de fundamental importância para a preservação da Fauna e da Flora locais e devem ser restaurados e revigorados, para que as espécies transitem livremente entre os remanescentes de seus habitats.
“A expansão do uso e ocupação antrópica do espaço terrestre leva a uma severa fragmentação dos habitats naturais. Corredores ecológicos podem facilitar o deslocamento de organismos entre fragmentos de habitats e têm sido cada vez mais adotados como uma ferramenta para manter e restaurar a biodiversidade. A teoria da metapopulação é uma das bases para os atuais estudos sobre corredores ecológicos. Esses estudos ainda estão pouco desenvolvidos, especialmente em ecossistemas tropicais, carecendo de bases científicas sólidas para apoiar a sua utilidade. No entanto, os efeitos da fragmentação florestal são tão severos que é justificável o planejamento e a execução de medidas que busquem atenuá-las, apesar de não estarem disponíveis resultados de pesquisas que demonstrem a eficácia ou mesmo o acerto destas medidas. (in Embrapa Florestas – 2010).”
Caxambu é um Vale (um fundo de Vale).
Maurício Ferreira cantou :
“Caxambu és um Vale Florido de Amor...!"
O TREM DE FERRO COMO REFERENCIA HISTÓRICA
Realmente um Vale, desde Soledade de Minas, cujo fundo foi muito bem demarcado no passado, pelo Ramal da Linha Férrea que vindo de Três Corações ou Itajubá via São Lourenço, passando por Soledade de Minas chegava à Estação de Caxambu e daqui partia com o nome de Ramal do Pau d’água.
Curioso anotar as memórias de "Ralph Mennucci Giesbrecht" encontradas no endereço: www.estacoesferroviarias.com.br/rmv_linha_barra/caxambu.htm., onde o viajante e pesquisador amante do Trem anotou:
“HISTÓRICO DA LINHA: O primeiro trecho da linha da Barra foi aberto pela V. F. Sapucaí em 1891. Chegou a Baependi em 1895 e parou. Do outro lado, os trechos entre Santa Rita do Jacutinga e Passa-Três, no Estado do Rio, foram construídos a partir de 1879 pela E. F. Santa Isabel do Rio Preto, a E. F. Pirahyense e a E. F. Santana, depois absorvidas pela Sapucaí. De Santa Rita a Baependi, seguiram da primeira para chegar a Baependi somente em 1910. Apenas nesse ano, então, consolidou-se a linha da Barra, com esse nome por causa de Barra do Piraí. Os trens de passageiros circularam até 1942 entre Barra do Piraí e Passa-Três, terminal da linha no Estado do Rio; até 1961, entre Santa Rita do Jacutinga e Barra do Piraí; até 1970, entre Bom Jardim e Santa Rita; até 1972 entre Soledade e Aiuruoca; e até 1977 entre Aiuruoca e Bom Jardim. Os trilhos de toda a linha já foram retirados.
A ESTAÇÃO: A estação de Caxambu foi inaugurada em 1891, como ponta de uma curta linha que vinha de Soledade. Somente em 1895 foi prolongada até Baependi e em 1910 juntou-se a Barra do Piraí constituindo a linha da Barra. Foi construída originalmente a alguns metros da atual, num nível um pouco mais baixo.
Junto a ela uma vila de casas se formou. Por volta de 1948, a antiga estação foi derrubada e em seu lugar, um pouco mais acima, foi construída a atual. A linha foi recuada para a parte anterior da nova estação: originalmente a linha passava onde hoje é a rua da frente da fachada.
Continua Rauph Giesbrecht, em sua brilhante observação:
"Ao passear pelo Parque das Águas em Caxambu notei a presença de antigos trilhos, os quais vão desde uma portaria de serviço do Parque (ainda operacional) e vão no sentido das instalações de engarrafamento de água mineral. Pelo que me informaram, até há cerca de 40 anos atrás esse desvio ia até a estação ferroviária e servia para escoar a produção da fábrica. Uma vez que a estação encontra-se num nível superior ao Parque, as composições que percorriam esse ramal eram pequenas: uma vaporosa mais um ou dois vagões. O encarregado da portaria me disse que os trilhos eram usados por um bondinho que levava água para a estação. Aí, na minha santa ingenuidade, perguntei, "bonde a burros?", e ele respondeu, "não, locomotiva a vapor". Mas ficou a incerteza... também, o ramal parece ter sido extinto há 40 anos, e tenho lá minhas dúvidas se o encarregado o viu com clareza" (Antonio Gorni, 10/2007). Na verdade, parece que era um bondinho mesmo.
Em 1972, a linha foi desativada entre Soledade e Aiuruoca; em 1974, a estação desativada transformou-se em estação rodoviária. Mais tarde, a construção de uma nova rodoviária ao lado dela transformou-a em abrigo para táxis. Na antiga plataforma, foi construída uma adicional, para abrigo de ônibus.
O trem do qual me lembro que passava aqui era o Pau D'água, que seguia de Soledade para Barra do Piraí, um misto, às 5:30 da manhã. Ele retornava à noite. Também havia outro, que passava às 8 e fazia a linha Cruzeiro-Baependi. A RMV desativou a linha porque ela dava prejuízo: ela mesmo atrasava por meses o pagamento de seus empregados" (Sinval Mangia, 06/2003, ex-charreteiro e hoje motorista de taxi em Caxambu).
Em 2013 era a estação rodoviária da cidade.”
Em 1972, a linha foi desativada entre Soledade e Aiuruoca; em 1974, a estação desativada transformou-se em estação rodoviária. Mais tarde, a construção de uma nova rodoviária ao lado dela transformou-a em abrigo para táxis. Na antiga plataforma, foi construída uma adicional, para abrigo de ônibus.
O trem do qual me lembro que passava aqui era o Pau D'água, que seguia de Soledade para Barra do Piraí, um misto, às 5:30 da manhã. Ele retornava à noite. Também havia outro, que passava às 8 e fazia a linha Cruzeiro-Baependi. A RMV desativou a linha porque ela dava prejuízo: ela mesmo atrasava por meses o pagamento de seus empregados" (Sinval Mangia, 06/2003, ex-charreteiro e hoje motorista de taxi em Caxambu).
Em 2013 era a estação rodoviária da cidade.”
Interessante, ainda, anotar, que com a divulgação do “Projeto Estrada Real” vários trechos das linhas férreas que foram incorporados ao traçado, agora, conhecido por esta nova vertente de caminhos que partindo de Diamantina (em Minas) vai até o Porto de Paraty (Rio) ou vice-versa.
Lembrando que o Projeto Estrada Real foi concebido a partir de uma palestra no Palace Hotel em Caxambu proferida pela escritora ANA SHARP.
O pesquisador e historiador Átila Godoy juntamente com o Professor Universitário e escritor OYama Ramalho (ambos de São JOão Del Rei (Região das Vertentes de Minas), aqui estavam e Arquitetaram o Projeto da Estrada Real, posteriormente adotado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) tendo como primeiro presidente do Instituto Estrada Real, Eberhard Hans Aichinger.
Basicamente, circuito era composto por três trechos: o "Caminho Velho" que liga Paraty a Ouro Preto; o "Caminho Novo" ligando Ouro Preto ao Rio de Janeiro e, finalmente o trecho mais recente chamado "Caminho dos Diamantes", que liga Ouro Preto à Diamantina.
Agora revigorado, com a criação dos Caminhos da Fé, que inclusive passa por Baependi e Caxambu até Aparecida do Norte.
Para gerenciar o projeto foi criado o Instituto Estrada Real: sua sede em Belo Horizonte, tem endereço na internet (www.institutoestradareal.org.br)
Na contemplação desse breve histórico dos Caminhos de Minas, que antes eram de Ferro e mandaram arrancar, hoje, a Estrada Real está consolidada com novas demarcações na intenção de incrementar o Turismo, agora, como novo Segmento: Caminho da Fé do Santuário da Piedade, passando por Baependi (Santuário em louvor a Nossa Senhora da Conceição edificado pela Beata Nhá Chica, nascida em São João Del Rei, mas, Santificada em Baependi).
Lembrando que o Projeto Estrada Real foi concebido a partir de uma palestra no Palace Hotel em Caxambu proferida pela escritora ANA SHARP.
O pesquisador e historiador Átila Godoy juntamente com o Professor Universitário e escritor OYama Ramalho (ambos de São JOão Del Rei (Região das Vertentes de Minas), aqui estavam e Arquitetaram o Projeto da Estrada Real, posteriormente adotado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) tendo como primeiro presidente do Instituto Estrada Real, Eberhard Hans Aichinger.
Basicamente, circuito era composto por três trechos: o "Caminho Velho" que liga Paraty a Ouro Preto; o "Caminho Novo" ligando Ouro Preto ao Rio de Janeiro e, finalmente o trecho mais recente chamado "Caminho dos Diamantes", que liga Ouro Preto à Diamantina.
Agora revigorado, com a criação dos Caminhos da Fé, que inclusive passa por Baependi e Caxambu até Aparecida do Norte.
Para gerenciar o projeto foi criado o Instituto Estrada Real: sua sede em Belo Horizonte, tem endereço na internet (www.institutoestradareal.org.br)
Na contemplação desse breve histórico dos Caminhos de Minas, que antes eram de Ferro e mandaram arrancar, hoje, a Estrada Real está consolidada com novas demarcações na intenção de incrementar o Turismo, agora, como novo Segmento: Caminho da Fé do Santuário da Piedade, passando por Baependi (Santuário em louvor a Nossa Senhora da Conceição edificado pela Beata Nhá Chica, nascida em São João Del Rei, mas, Santificada em Baependi).
Todo este Bioma deve ser preservado, em face de se concretizar como área de recarga das 12 Fontes de Águas Minerais do Parque das Águas.
Nota: O Sr. Sinval Mangia, taxista referenciado pelo mestre "Ralph Mennucci Giesbrecht", hoje é falecido. Mas, seus filhos e filhas estão vivos entre nós.