No Brasil e no mundo, cada vez mais cidades inteligentes promovem o desenvolvimento e o bem-estar da população.
Cidades inteligentes são uma tendência mundial, mas sabe o que elas são e como podem te ajudar? Em resumo são cidades que usam estrategicamente infraestrutura, serviços, informação e comunicação com planejamento e gestão urbana para, dessa forma, atender necessidades sociais e econômicas.
Ou seja, uma cidade é considerada inteligente quando usa criatividade, sustentabilidade e tecnologia para integrar, agilizar serviços ou resolver problemas. Isso pode acontecer em diferentes áreas, como por exemplo, governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e economia.
Aliás, aqui no Brasil, já temos cidades consideradas inteligentes. E, agora, o BNDES (Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) vai alavancar mais três municípios para se tornarem inteligentes. São eles Santa Rita do Sapucaí e Caxambu, em Minas Gerais, e Piraí, no Rio de Janeiro.
IoT para luz, segurança e trânsito
Pelo programa de incentivo do BNDES, Santa Rita do Sapucaí, Caxambu e Piraí vão investir em IoT (sigla em inglês para Internet of Things ou Internet das Coisas). Para tanto, as prefeituras firmaram parcerias com empresas de comunicação, de tecnologia de IoT e com startups de inovação. Para assim, usar soluções de IoT na iluminação, segurança e rastreamento de veículos.
Isso significa que postes serão conectados para criar uma rede que cubra partes dos municípios. Com isso, será possível implantar serviços inteligentes de iluminação pública. Depois, serão instaladas câmeras inteligentes em alguns postes. O que permitirá o uso de outras tecnologias, como por exemplo, identificação facial e estacionamento inteligente. A expectativa é que esses projetos sejam concluídos até setembro de 2019.
Programa piloto
O programa do BNDES nos três municípios é pequeno, mas servirá como piloto para muitas outras cidades brasileiras que quiserem se tornar inteligentes.
Certamente é fundamental que as cidades inteligentes se multipliquem. Até porque, em 2030, seremos 8,6 bilhões de pessoas no mundo. E, portanto, novas soluções são necessárias para promover qualidade de vida para tanta gente.
Cidades inteligentes no Brasil
E essas não serão nossas primeiras cidades inteligentes. Atualmente, o Brasil tem seis municípios no ranking das 165 cidades inteligentes do mundo. São elas: São Paulo (116ª), Rio de Janeiro (126ª), Curitiba (135ª), Brasília (138ª), Salvador (147ª) e Belo Horizonte (151ª).
A capital paulista investiu, em síntese, em mobilidade urbana, com a implantação de muitas ciclovias e corredores especiais para ônibus. Além disso, Curitiba criou o Ecoelétrico, uma frota de carros elétricos para serviços públicos. Eles começaram a ser utilizados em 2014, e desde lá a cidade deixou de emitir toneladas de gás carbônico para a atmosfera.
E temos ainda entre as cidades inteligentes Salvador, que investe em tecnologia para melhorar a mobilidade urbana e a produção de energia. A prefeitura criou um aplicativo para facilitar a vida dos passageiros de ônibus. E, igualmente, investiu na Internet das Coisas para, assim, controlar a iluminação de locais públicos. O resultado foi, portanto, redução no consumo de energia e manutenção ágil dos equipamentos.
Entretanto, esses não são os únicos exemplos de cidades inteligentes no Brasil. Muitos municípios têm experiências em áreas bem diversas. Armação dos Búzios, no Rio de Janeiro, é um bom exemplo. A cidade está implantando lâmpadas de LED na iluminação pública, com objetivo de reduzir o consumo de energia.
Além disso, o morador que instalar painéis solares para geração de energia pode vender o excedente de volta à concessionária de energia elétrica. Em suma: a conta pode baixar muito e o consumidor ainda ganha um dinheirinho. Da mesma forma, estão sendo instalados medidores inteligentes de consumo de energia, e as escolas do município ganham painéis solares.
Nova cidade inteligente no Ceará
Aliás, o Ceará também tem um belo exemplo de cidade inteligente. Ele vem de Croatá, em São Gonçalo do Amarante. É um projeto residencial para moradores de baixa renda, o que faz de Croatá a primeira com finalidade social entre as cidades inteligentes do mundo.
Trata-se de um novo bairro, planejado, com coleta de lixo inteligente, Wi-Fi liberado nas áreas públicas e piso que deixa a água da chuva escorrer para o solo. Além disso, haverá um sistema de reaproveitamento da água, irrigação inteligente e automatizada e fiação elétrica subterrânea. No transporte, haverá compartilhamento de carros e bicicletas. Aliás, no total serão 23 hectares, com moradia entre 20 a 25 mil pessoas.
Cidades inteligentes no mundo
No mundo, a primeira das cidades inteligentes é Songdo, na Coreia do Sul. Ela foi planejada para isso e já nasceu inteligente. Songdo é só tecnologia e sustentabilidade. Por exemplo, todos os edifícios residenciais são conectados e, de cada unidade, um sistema pneumático leva os resíduos diretamente para uma central de reciclagem. E, então, os resíduos são utilizados para gerar energia para a cidade, que sequer tem caminhões de coleta de lixo.
Assista a um vídeo sobre a tecnologia usada em Songdo:
Coleta inteligente de lixo em Barcelona
Aliás, outra cidade inteligente que investe na gestão de resíduos é Barcelona, na Espanha. O lixo é colocado em escotilhas e recolhido de hora em hora, todos os dias. Então, o material viaja a 5 metros baixo da superfície, a 70 km/h, até a central de coleta. Lá ele é, portanto, separado em reciclável e orgânico, sendo que o último é usado como combustível para geração de eletricidade.
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Na Dinamarca, inteligência com bicicletas
Entretanto Copenhague, capital da Dinamarca, destaca-se entre as cidades inteligentes por outra razão: diminuição da emissão de poluentes no ar. Isso é possível porque há 400 quilômetros de ciclovias, uma delas com 40 mil usuários todos os dias.
No centro da cidade, aliás, existem mais bicicletas que habitantes. Até 2025 Copenhague quer ser a primeira capital do mundo neutra em carbono. Dessa forma, o movimento cresce porque o exemplo vem de cima: 63% dos membros do Parlamento dinamarquês vão de bicicleta para o trabalho.
Angela Rahde
Fonte: VIVO Guru Blog
https://www.vivotech.com.br/cidades-inteligentes/