De garoto assustado a competidor obsessivo, Doda já pensa em 2016
Organizador do torneio Athina Onassis de hipismo não descarta possibilidade de disputar os Jogos Olímpicos do Rio daqui a seis anos, quando terá 43
Por Guilherme Marques Rio de Janeiro
Ainda criança, ele se assustava com o tamanho dos cavalos. Hoje, está no meio deles. Da infância em Caxambu - MG às provas internacionais de hipismo, muita coisa mudou para Álvaro Miranda, o Doda, menos uma: o espírito competitivo. Aos 43 anos, o idealizador do torneio Athina Onassis é um homem de ideias, mas nem pensa em deixar os circuitos para ser apenas um empreendedor. Prova disso é que, a seis anos das Olimpíadas do Rio, já pensa em competir nos Jogos.
- Claro que sim. O Nelson Pessoa disputou competições até quase 60 anos, porque eu não poderia? O Ian Millar saltou em nove Jogos Olímpicos – lembrou Doda, referindo-se ao cavaleiro canadense que, aos 61 anos, conquistou sua primeira medalha olímpica, em 2008 e se tornou recordista em participações olímpicas.
Doda em ação no Rio de Janeiro: 'Sempre fui educado para ser competitivo.
(Foto: Alexandre Vidal)
Doda já representou o Brasil em quatro edições. Em Atlanta-1996 e Sidney-2000, foi bronze nos saltos por equipe. Em Atenas-2004 não se destacou, mas teve sua vida particular explorada por conta do romance com Athina Onassis, com quem se casaria no ano seguinte. Em Pequim-2008, ele não competiu porque sua égua, AD Picolien Zeldenrust, chegou lesionada à China.
Athina é neta a única herdeira viva do bilionário Aristóteles Onassis. Doda criou o torneio com o nome da própria esposa e conseguiu, além de trazê-lo para o Brasil há quatro edições, reunir os principais conjuntos do hipismo mundial em busca do título do Global Champions Tour, circuito de maior prestígio do esporte.
Athina é neta a única herdeira viva do bilionário Aristóteles Onassis. Doda criou o torneio com o nome da própria esposa e conseguiu, além de trazê-lo para o Brasil há quatro edições, reunir os principais conjuntos do hipismo mundial em busca do título do Global Champions Tour, circuito de maior prestígio do esporte.
Doda estará no Athina Onassis neste sábado
(Foto: Guilherme Marques / GLOBOESPORTE.COM)
(Foto: Guilherme Marques / GLOBOESPORTE.COM)
Susto com tamanho dos cavalos
O sucesso de hoje nem de longe lembra o início da carreira, quando o receio ainda falava mais alto. O cavaleiro lembra que aprendeu técnica de judô para não se machucar ao cair do cavalo. Mas as quedas foram raras. Doda começou a montar aos 7 anos, em Caxambu, e foi matriculado num clube de hipismo. Levou um susto com o tamanho dos cavalos e dos competidores. Era o primeiro obstáculo a ser vencido.
- Sempre fui educado para ser competitivo. Quando passei a montar, o objetivo era sempre ganhar. Abri mão de muita coisa na minha vida para continuar no esporte, cheguei a trocar de escola três vezes em um ano por conta disso – explica.
Em 1995, Doda foi morar na Europa, onde reside até hoje e alterna temporadas na Bélgica e em São Paulo. Há dois anos, levou seu maior susto na carreira. Seu cavalo enroscou as patas antes de um obstáculo, e ele ficou pendurado pelos pés durante alguns minutos. Na hora, achou que tivesse quebrado o pescoço, mas conseguiu se recuperar e voltou a competir. Uma semana depois, venceu, com o mesmo cavalo em Estoril (Portugal).
Neste sábado, ele estará em ação outra vez, no último dia da competição na Sociedade Hípica Brasileira, Doda e os brasileiros Bernardo Alves e Rodrigo Pessoa, que disputam final do Global Champions Tour, não têm chances de título do campeonato, mas ainda podem brigar para vencer a etapa. O favorito é o alemão Marco Kutscher, que precisa apenas não cometer faltas para ficar com a taça.
- Sempre fui educado para ser competitivo. Quando passei a montar, o objetivo era sempre ganhar. Abri mão de muita coisa na minha vida para continuar no esporte, cheguei a trocar de escola três vezes em um ano por conta disso – explica.
Em 1995, Doda foi morar na Europa, onde reside até hoje e alterna temporadas na Bélgica e em São Paulo. Há dois anos, levou seu maior susto na carreira. Seu cavalo enroscou as patas antes de um obstáculo, e ele ficou pendurado pelos pés durante alguns minutos. Na hora, achou que tivesse quebrado o pescoço, mas conseguiu se recuperar e voltou a competir. Uma semana depois, venceu, com o mesmo cavalo em Estoril (Portugal).
Neste sábado, ele estará em ação outra vez, no último dia da competição na Sociedade Hípica Brasileira, Doda e os brasileiros Bernardo Alves e Rodrigo Pessoa, que disputam final do Global Champions Tour, não têm chances de título do campeonato, mas ainda podem brigar para vencer a etapa. O favorito é o alemão Marco Kutscher, que precisa apenas não cometer faltas para ficar com a taça.
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