AVANT SUPERMERCADO - CAXAMBU

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A questão é: E AGORA, CAXAMBUENSE?

Alguns versos de Drummond de Andrade, foram musicados e, certamente, servem de trilha sonora para nossa realidade. Senão vejamos:

“A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora José?”

Parodiando eu diria:

O carnaval acabou, a luz apagou, o turista sumiu, o povo reclamou, a esperança foi vencida pela desilusão, e agora caxambuense?

Pois é, não dá mais para continuar fingindo que está tudo bem.

“O dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia, e tudo acabou, e tudo fugiu e tudo mofou”.

Portanto, só nos restam agora duas alternativas. AGIR ou AGIR.

Chegou a hora. Precisamos mudar. Precisamos virar este jogo.

OUTUBRO VEM AÍ... Acerte... Eleja, para compor a Câmara Municipal, VEREADORES QUE NÃO SEJAM SUBMISSOS.

Que possam bem representa-lo.

Que ditem as regras do jogo.

Que mostrem ao prefeito QUE ELE É EMPREGADO DO POVO E NÃO O DONO DA CIDADE.

Que fiscalizem. Que legislem. 

QUE NÃO SE VENDAM POR TROCA DE FAVORES OU CARGOS PARA SEUS APADRINHADOS.

Chega de vereadores que não sabem para que vieram.

Que entram mudos e saem calados, ou que é pior ainda, quando abrem a boca só falam bobagem.

Que ocupam cadeiras na Casa Legislativa por vários anos e, no entanto, jamais elaboraram sequer um projeto de lei.

PELAS ESCOLHAS ERRADAS CAXAMBU VIVE UM APAGÃO CUJA CONSEQUÊNCIA REFLETE SOBRE TODOS NOS CAXAMBUENSES.

ESTE É O FOCO...

SE UMA CÂMARA É BOA, FATALMENTE O PREFEITO SERÁ BOM...
SE UMA CÂMARA É RUIM, NÃO EXISTE OUTRA POSSIBILIDADE, O PREFEITO SERÁ RUIM.

O seu voto não pode ser a moeda de troca para satisfazer vaidades pessoais e, muito menos, ser utilizado no jogo de interesses daqueles que depois de eleito pouco se importam com o destino de nosso povo, ou seja, aqueles que fazem da política apenas uma profissão ou um bico para aumentar seus rendimentos.

A realidade das coisas precisa ser vista com mais clareza, com mais objetividade, com menos bla, bla, bla, com menos oba oba.

Não dá pra ficar fantasiando e muito menos esperando que as coisas aconteçam a longo prazo.

O momento é agora. O ano da virada é este. Não se pode mais admitir paciência e compreensão para com problemas que ao longo dos últimos anos vem se avolumando. É hora de se colocar as cartas na mesa e, através delas apresentar as soluções definitivas.

Precisamos, nós todos caxambuenses, refletirmos sobre os versos de Drummond.

E agora José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?

Com a chave na mão,
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua para se encostar,
sem cavalo preto que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?

Finalizando, apenas a título de sugestão:

O então chamado “curral”, “brejão”, “espaço folia” poderia sim ser transformado em um “belo espaço para realização de eventos”.

Para isto é necessário vontade política, uma visão mais futurista, ou melhor, vontade e, sobretudo coragem de fazer acontecer.

O canal do bengo poderia se coberto e, sobre ele ser construída uma arquibancada para aproximadamente dez mil pessoas que, serviria para realização desfiles cívicos, desfile de escolas de samba, realização de eventos. E, ainda, sob a mesma poderiam ser construídos diversos banheiros, com o que se evitaria futuras despesas com aluguel de banheiros químicos.

A área de eventos poderia ser calçada com bloquetes, que, diga-se de passagem, não impermeabilizaria o solo. Medida ecologicamente correta. Devendo a mesma ser totalmente murada com pré-moldados (colunas de concretos) e totalmente iluminada.

Ainda, poderiam ser construídos, no lugar daquele muro da antiga FUNABEM que, diga-se de passagem, está caindo, diversos boxes para exploração de comércio durante realização de eventos que, devidamente alugados, renderiam recursos para os cofres públicos ao invés de despesas com aluguel de barracas. E, ainda, sobre estes poderiam ser construídos diversos camarotes que, evidentemente, gerariam igualmente, recursos para o município.

Por derradeiro poderia se construir uma concha acústica, voltada para fora da cidade. Com isto, certamente, se resolveria o problema da poluição sonora, motivo de tantas reclamações e, além do que seriam cortados definitivamente os gastos com aluguel de palco.

Onde buscar os recursos financeiros para realização desta obra?   Elementar meus caros - Ministério do Turismo – Ministério das Cidades – BDMG – Secretaria de Turismo do Estado de Minas Gerais, bem como através de emendas parlamentares de deputados que aqui vieram buscar votos para se elegerem.

A ideia está lançada, vamos esperar para ver se alguém compra.

MÁRIO ALVES - “Mário da Fernanda”