A questão
é: E AGORA, CAXAMBUENSE?
Alguns versos de Drummond de Andrade,
foram musicados e, certamente, servem de trilha sonora para nossa realidade.
Senão vejamos:
“A festa acabou, a luz apagou, o povo
sumiu, a noite esfriou, e agora José?”
Parodiando eu diria:
O carnaval acabou, a luz apagou, o
turista sumiu, o povo reclamou, a esperança foi vencida pela desilusão, e agora
caxambuense?
Pois é, não dá mais para continuar
fingindo que está tudo bem.
“O dia não veio, o bonde não veio, o
riso não veio, não veio a utopia, e tudo acabou, e tudo fugiu e tudo mofou”.
Portanto, só nos restam agora duas
alternativas. AGIR ou AGIR.
Chegou a hora. Precisamos mudar.
Precisamos virar este jogo.
OUTUBRO
VEM AÍ... Acerte... Eleja, para compor a Câmara Municipal, VEREADORES QUE NÃO SEJAM SUBMISSOS.
Que possam bem representa-lo.
Que ditem as regras do jogo.
Que mostrem ao prefeito QUE ELE É EMPREGADO DO POVO E NÃO O DONO
DA CIDADE.
Que fiscalizem. Que legislem.
QUE NÃO SE
VENDAM POR TROCA DE FAVORES OU CARGOS PARA SEUS APADRINHADOS.
Chega de vereadores que não sabem para
que vieram.
Que entram mudos e saem calados, ou que
é pior ainda, quando abrem a boca só falam bobagem.
Que ocupam cadeiras na Casa Legislativa
por vários anos e, no entanto, jamais elaboraram sequer um projeto de lei.
PELAS
ESCOLHAS ERRADAS CAXAMBU VIVE UM APAGÃO CUJA CONSEQUÊNCIA REFLETE SOBRE TODOS
NOS CAXAMBUENSES.
ESTE É O
FOCO...
SE UMA
CÂMARA É BOA, FATALMENTE O PREFEITO SERÁ BOM...
SE UMA
CÂMARA É RUIM, NÃO EXISTE OUTRA POSSIBILIDADE, O PREFEITO SERÁ RUIM.
O seu voto não pode ser a moeda de
troca para satisfazer vaidades pessoais e, muito menos, ser utilizado no jogo
de interesses daqueles que depois de eleito pouco se importam com o destino de
nosso povo, ou seja, aqueles que fazem da política apenas uma profissão ou um
bico para aumentar seus rendimentos.
A realidade das coisas precisa ser vista
com mais clareza, com mais objetividade, com menos bla, bla, bla, com menos oba
oba.
Não dá pra ficar fantasiando e muito
menos esperando que as coisas aconteçam a longo prazo.
O momento é agora. O ano da virada é
este. Não se pode mais admitir paciência e compreensão para com problemas que ao
longo dos últimos anos vem se avolumando. É hora de se colocar as cartas na
mesa e, através delas apresentar as soluções definitivas.
Precisamos, nós todos caxambuenses,
refletirmos sobre os versos de Drummond.
E agora José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?
Com
a chave na mão,
quer
abrir a porta,
não
existe porta;
quer
morrer no mar,
mas
o mar secou;
quer
ir para Minas,
Minas
não há mais.
José,
e agora?
Se
você gritasse,
se
você gemesse,
se
você tocasse a valsa vienense,
se
você dormisse,
se
você cansasse,
se
você morresse...
mas
você não morre,
você
é duro, José!
Sozinho
no escuro qual bicho-do-mato,
sem
teogonia,
sem
parede nua para se encostar,
sem
cavalo preto que fuja a galope,
você
marcha, José!
José,
para onde?
Finalizando, apenas a título de sugestão:
O então chamado “curral”, “brejão”,
“espaço folia” poderia sim ser transformado em um “belo espaço para realização
de eventos”.
Para isto é necessário vontade
política, uma visão mais futurista, ou melhor, vontade e, sobretudo coragem de
fazer acontecer.
O canal do bengo poderia se coberto e,
sobre ele ser construída uma arquibancada para aproximadamente dez mil pessoas
que, serviria para realização desfiles cívicos, desfile de escolas de samba,
realização de eventos. E, ainda, sob a mesma poderiam ser construídos diversos banheiros,
com o que se evitaria futuras despesas com aluguel de banheiros químicos.
A área de eventos poderia ser calçada
com bloquetes, que, diga-se de passagem, não impermeabilizaria o solo. Medida
ecologicamente correta. Devendo a mesma ser totalmente murada com pré-moldados
(colunas de concretos) e totalmente iluminada.
Ainda, poderiam ser construídos, no
lugar daquele muro da antiga FUNABEM que, diga-se de passagem, está caindo,
diversos boxes para exploração de comércio durante realização de eventos que,
devidamente alugados, renderiam recursos para os cofres públicos ao invés de
despesas com aluguel de barracas. E, ainda, sobre estes poderiam ser
construídos diversos camarotes que, evidentemente, gerariam igualmente,
recursos para o município.
Por derradeiro poderia se construir uma
concha acústica, voltada para fora da cidade. Com isto, certamente, se
resolveria o problema da poluição sonora, motivo de tantas reclamações e, além
do que seriam cortados definitivamente os gastos com aluguel de palco.
Onde
buscar os recursos financeiros para realização desta obra? Elementar meus caros - Ministério do Turismo
– Ministério das Cidades – BDMG – Secretaria de Turismo do Estado de Minas
Gerais, bem como através de emendas parlamentares de deputados que aqui vieram
buscar votos para se elegerem.
A ideia está lançada, vamos esperar
para ver se alguém compra.
MÁRIO ALVES - “Mário
da Fernanda”