Copasa atrasa pagamento de obras no interior do Estado
Empreiteiro sem receber desde o início do ano afirma que dívida com ele já é de R$ 2 milhões
Desde o início deste ano, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) deixou de efetuar pagamentos a inúmeras empresas que executam, desde o ano passado, obras contratadas pela estatal em diversos municípios do Estado. O valor total do “calote” não foi mensurado, mas tem gerado prejuízos e diversas demissões por todo o Estado. Uma possível crise no caixa da empresa não é ventilada no mercado.
No entanto, fontes da própria estatal afirmaram à reportagem de O TEMPO que a nova administração também estuda abrir mão da subsidiária Águas Minerais de Minas, responsável por envasar e comercializar as principais águas minerais do Sul de Minas: Cambuquira, Lambari, Caxambu e Araxá.
Medição suspensa. A Copasa não se pronunciou sobre a possibilidade de desistir da subsidiária de água mineral, mas admitiu que, desde março deste ano, suspendeu a emissão dos boletins de medição, instrumento de aferição da obra ou serviço executado que dá origem ao processo de emissão de faturas e pagamento pela Copasa. Um empreiteiro ouvido por O TEMPO, no entanto, denunciou que está desde o início deste ano sem receber pelos serviços que vem executando para a Copasa na região do Triângulo Mineiro.
“Além de não soltar novas ordens de serviço, a Copasa não roda o boletim de medição do que já foi executado. A ausência do boletim impossibilita a contratada de emitir nota fiscal de serviço prestado e impede a cobrança junto à companhia. Isso acaba com a liquidez da empresa”, reclama. “Ainda que a Copasa atrasasse o pagamento, com a nota fiscal em mãos a contratada pode buscar liquidez no mercado financeiro, por meio do desconto de títulos, por exemplo”, explicou o empreiteiro, que aceitou falar com a reportagem sob condição de se manter em anonimato. Segundo ele, as obras foram paralisadas em fevereiro e, desde então, dezenas de funcionários tiveram de ser demitidos. Ele afirma que a dívida da Copasa apenas com sua empresa chega a R$ 2 milhões.
Reavaliação de processos. O motivo da suspensão alegado pela Copasa é a necessidade de reavaliação do processo decisório interno e adequação do sistema. Em nota enviada à reportagem, há duas semanas, a companhia informou que “até o final do mês de abril essas etapas estarão concluídas, retornando, assim, o fluxo normal de pagamentos”. Só que não foi o que aconteceu até o momento.
“Na semana passada, (técnicos da Copasa) nos disseram que iriam começar a rodar os boletins de medição, mas, até agora, nada. Só uma empresa está com 2kk (termo técnico que equivale a R$ 2 milhões) em medição parada dentro da Copasa”, disse o empreiteiro.
E não é só o pagamento de obras já feitas. De acordo com ele, a Copasa ainda não assinou nenhum contrato de licitação neste ano. “As empresas ganham a licitação, o contrato vai para a diretoria, e eles não assinam. Está um caos”, revoltou-se.
No entanto, fontes da própria estatal afirmaram à reportagem de O TEMPO que a nova administração também estuda abrir mão da subsidiária Águas Minerais de Minas, responsável por envasar e comercializar as principais águas minerais do Sul de Minas: Cambuquira, Lambari, Caxambu e Araxá.
Medição suspensa. A Copasa não se pronunciou sobre a possibilidade de desistir da subsidiária de água mineral, mas admitiu que, desde março deste ano, suspendeu a emissão dos boletins de medição, instrumento de aferição da obra ou serviço executado que dá origem ao processo de emissão de faturas e pagamento pela Copasa. Um empreiteiro ouvido por O TEMPO, no entanto, denunciou que está desde o início deste ano sem receber pelos serviços que vem executando para a Copasa na região do Triângulo Mineiro.
“Além de não soltar novas ordens de serviço, a Copasa não roda o boletim de medição do que já foi executado. A ausência do boletim impossibilita a contratada de emitir nota fiscal de serviço prestado e impede a cobrança junto à companhia. Isso acaba com a liquidez da empresa”, reclama. “Ainda que a Copasa atrasasse o pagamento, com a nota fiscal em mãos a contratada pode buscar liquidez no mercado financeiro, por meio do desconto de títulos, por exemplo”, explicou o empreiteiro, que aceitou falar com a reportagem sob condição de se manter em anonimato. Segundo ele, as obras foram paralisadas em fevereiro e, desde então, dezenas de funcionários tiveram de ser demitidos. Ele afirma que a dívida da Copasa apenas com sua empresa chega a R$ 2 milhões.
Reavaliação de processos. O motivo da suspensão alegado pela Copasa é a necessidade de reavaliação do processo decisório interno e adequação do sistema. Em nota enviada à reportagem, há duas semanas, a companhia informou que “até o final do mês de abril essas etapas estarão concluídas, retornando, assim, o fluxo normal de pagamentos”. Só que não foi o que aconteceu até o momento.
“Na semana passada, (técnicos da Copasa) nos disseram que iriam começar a rodar os boletins de medição, mas, até agora, nada. Só uma empresa está com 2kk (termo técnico que equivale a R$ 2 milhões) em medição parada dentro da Copasa”, disse o empreiteiro.
E não é só o pagamento de obras já feitas. De acordo com ele, a Copasa ainda não assinou nenhum contrato de licitação neste ano. “As empresas ganham a licitação, o contrato vai para a diretoria, e eles não assinam. Está um caos”, revoltou-se.
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Balanço será divulgado nesta quarta
Questionada sobre a produtividade e o lucro das atividades da subsidiária Águas Minerais de Minas e a intenção de se desfazer do negócio, a Copasa informou que “por estar em período de silêncio (quiet period), que antecede a divulgação do resultado do primeiro trimestre de 2015, está impossibilitada de prestar esclarecimentos ou comentar qualquer tipo de informação relacionada aos resultados do trimestre e perspectivas”.
O balanço será divulgado nesta quarta. O período de silêncio, segundo a empresa, “visa atender às melhores práticas de governança corporativa”.
Fonte: O Tempo