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sábado, 10 de outubro de 2015

As Consequências da Inabilidade Administrativa




As Consequências da Inabilidade Administrativa


Um manifesto estudantil. Um administrador encurralado. Uma suposta viagem. Um bem público de uso especial desaparecido. Um suposto amontoado de multas de trânsito. Um veículo público destruído, sem nenhum dado que possa esclarecer o porquê, onde, quando e quem vai pagar a conta. Um suposto acidente. Nenhum boletim de ocorrência.
Nenhum dado pericial. Um apanhado de respostas vãs “não sei”, “não vi”. Um prefeito ferido. Uma cidade que vive a insegurança da manutenção do transporte escolar gratuito, da saúde pública e da garantia de direitos aos cidadãos. Uma prefeitura com sérios problemas administrativos e um caixa sem dinheiro. Uma situação caótica. Uma denúncia. Uma Câmara pressionada a dar respostas. Uma Comissão Especial de apuração. Uma população cheia de questionamentos e revolta.
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Não, não é o trailer de um filme. É a realidade de nossa cidade. E tudo poderia ter sido evitado.
Em 2013 e 2014 vimos o Governo Federal incubir-se de uma gastança irrefreada com a desculpa de construir uma infraestrutura para o Brasil receber a Copa do Mundo de Futebol. O que herdamos foi um desperdício de dinheiro público em obras inacabadas, uma manada de elefantes brancos e uma derrota de 7 a 1 para a Alemanha. E o legado não parou por aí, o país tornou-se um caos na saúde pública, na educação, na segurança, em todo o território nacional. Não sendo o bastante, 2014 ano de eleição, os dados econômicos e sociais passaram por uma maquiagem e transformaram-se no conto da carochinha da candidata Dilma Rousseff, apresentando um Brasil sob controle. Longe de dizer que Aécio Neves seria a solução para o país. O exposto aqui é a falta de responsabilidade administrativa dos gestores públicos quando diante de tantos fatos anunciantes de uma crise econômica não se preveniram. Não era preciso nenhum especialista para identificar todos esses atos inescrupulosos do Governo. Os administradores municipais poderiam prever claramente as consequências de tanta picaretagem. É obvio que, diante da “oniomania” e da “mitomania” da presidente, as contas do Estado entrariam em colapso. Em frente as dificuldades financeiras, o corte de repasses são medidas certeiras, como não ter este prognóstico? O município deveria estar preparado para tal situação. Como bem exposto pelo vereador Fábio Curi, em seu discurso na Câmara Municipal de Caxambu, um planejamento financeiro seria medida simples e eficaz para diminuir o impacto dos cortes que certamente viriam (e vieram) de cima para baixo.
Infelizmente, não contamos com uma administração pública responsável e competente, ao contrário, foram muitos gastos exorbitantes em atividades desnecessárias ao longo dos anos do mandato. Alguns gastos foram tão absurdos que resultaram em CPI. Não suficiente, pintaram nosso nariz de vermelho e não se deram ao trabalho de, ao menos, serem coerentes ao justificar o uso inadequado do bem público. São tantas estórias que o sentimento unânime é o da revolta. Não há transparência, não há informação nem explicação razoável para tantos gastos e erros. Pelo que se nota, a “oniomania” e “mitomania” são males que também atingem o Executivo municipal, em cujo tratamento, o efeito colateral fica às custas do povo. Um estado de calamidade pública é a consequência da precariedade de uma cidade desprovida da garantia de direitos ao cidadão que vem pagando a conta da futilidade, da estupidez e má gestão.