Crise financeira prejudicou a venda de passagens; Rio de Janeiro e Angra dos Reis estão entre os destinos mais procurados
BARRA MANSA
Com as festividades de fim de ano, o movimento na rodoviária costuma ficar intenso. Mas este ano, as empresas de ônibus foram pegas de surpresa com a queda na procura por viagens durante esse período. Grande parte das pessoas prefere passar o réveillon na praia, mas mesmo nesses casos o movimento sofreu uma queda em relação a 2015. Alguns funcionários acreditam que o fluxo deve ser um pouco maior hoje, outros, já dizem estar desacreditados.
Josemar Arimathéa trabalha há 18 anos em uma empresa que faz a linha para Minas Gerais. Ele contou que nunca tinha visto uma movimentação tão fraca no fim de ano como agora. “Estamos assustados. É a primeira vez que o movimento fica baixo assim, caiu muito em relação ao ano passado. Acho que não aumenta mais a procura”, disse o funcionário. Para ele, o motivo da queda é a crise financeira que tomou proporções ainda maiores em 2016. Segundo Josemar, no feriado de Natal também foram feitas poucas viagens. “Antes, colocávamos seis ou oito ônibus extras”, acrescentou, informando que os destinos mais procurados são Além Paraíba e Carangola.
Já os guichês de empresas que fazem a linha Rio de Janeiro e Angra dos Reis estavam com pequenas filas na manhã de ontem. Funcionário de uma das viações, Nalto Teixeira reforçou a queda no movimento em comparação aos feriados do ano passado. Para ele, a crise também é a maior vilã. No entanto, Teixeira acredita que as vendas devem aumentar hoje e ônibus extras devem ser compor a frota com novos horários. Segundo ele, além do Rio, as cidades de Cruzeiro e Caxambu – no Sul de Minas Gerais – também estão entre os destinos mais procurados para a virada de ano. “Como o feriado será no final de semana, as pessoas que trabalham devem deixar para última hora”, lembrou.
De férias da faculdade, a universitária Luana Pinto Nogueira já estava de malas prontas para curtir o réveillon na Barra da Tijuca. “Eu não abro mão de viajar nessa época porque em Barra Mansa não tem nada para se fazer”, disse. Luana vai para casa de uma amiga e pretende voltar apenas depois do dia 2 de janeiro para não enfrentar muito movimento na rodoviária do Rio.
Já a aposentada Matilde Bastos da Silva, de 65 anos, estava comprando passagens para o filho e a nora. “Os dois trabalham no comércio e só podem viajar no sábado. Então vim enfrentar fila por eles”, brincou.
Fonte: A Voz da Cidade