CONCURSO DO SENADO
Acessibilidade no Brasil ainda é uma utopia
Excelente o editorial do Correio Braziliense
de ontem (13/03/12) com o título: “Seriedade em Concursos”. Eu sou
cadeirante. Tenho 60 anos e fiz provas no Colégio CEM Setor Leste, da 611 sul,
Brasília. As pessoas que lá estavam trabalhando eram muito solícitas como
costumam ser os brasileiros, mas a qualidade da sala, refrigeração, carteiras,
era algo parecido com o Haiti, pós-guerra e terremoto. Enquanto as pessoas,
ditas, normais estavam no ar refrigerado (que, aliás, eu dispenso, mas, meu
caso é bem particular), com cadeiras estofadas e carteiras, tipo primeiro
mundo, as pessoas com necessidades especiais estavam segregadas como sempre. É
como fila de banco, os “normais” são atendidos primeiro. A fila
especial não é prioritária, porque prioritária vem de primeiro, a fila é
segregacional. E é esse o país que vai sediar as olimpíadas e paraolimpíadas.
Escrevam aí: vai ser um fiasco! Sei por que viajei como atleta durante mais de
10 anos nas paraolimpíadas. Mais ainda, fui Presidente da Comissão Organizadora
dos VI Jogos Pan-americanos em Cadeira de Rodas, no Rio de Janeiro: Maracanã,
Maracanãzinho e Conjunto de Piscina Júlio Del amare, em 1978. Um de nossos
membros da equipe organizadora, bem brasileiro, que aqui vou respeitar sua
ausência pela morte, contratou um Buffet tupiniquim, mais barato, de um amigo.
Foi um desastre. Sei que agora o país e o mundo estarão envolvidos. Mas,
coloquem as barbas de molho. E o que é pior as Olimpíadas de 2012 e as
Paraolimpíadas de 2012 serão em Londres. Vocês têm alguma dúvida da qualidade?
Voltando ao concurso do Senado, foi um desastre promovido pela FGV. E ainda
tinha perguntas se a Mimi Alford que dormiu com o Presidente Kennedy foi
demitida da Casa Branca pela primeira dama Jackeline Kennedy: Uma gozação!
Paulo Roberto Guimarães Moreira