faz tributo a cinco modelos nacionais
Aero Willys, Chevette, Brasília Dodge 1800 e Maverick são os homenageados
Pelo quarto ano consecutivo um grupo de antigomobilistas cariocas se propõe a realizar longe de casa — mais precisamente em Caxambu, MG — o evento que alcançou grande sucesso em edições anteriores. Em 2013, o Encontro AGMH de Veículos Antigos acontece entre os dias 20 e 22 de setembro, no principal ponto turístico da cidade: o Parque das Águas.
Se você é do Rio, o Grupo AGMH dispensa maiores apresentações. Formado por Armando, Guilherme, Max e Hélio“e mais alguns agregados” que se juntaram à trupe de amigos depois — como eles mesmos dizem —— realizam no peito, na raça e com muita simpatia e a amizade um dos eventos antigomobilistas de maior sucesso da Cidade Maravilhosa: o Encontro Mensal do Museu Conde de Linhares.
Com o apoio da Prefeitura Municipal — através da Secretaria e Cultura e Turismo — além da exposição, o pacote de atrativos da festa traz ainda passeio gratuito para expositores por pontos turísticos da cidade e coquetel de confraternização que acontece sábado a noite. A cerimônia de premiação será no dia seguinte, às 10 da manhã. Em seguida haverá uma carreata pela cidade. Veja a programação completa abaixo.
A grande novidade desde ano ficará por conta da homenagem a cinco automóveis nacionais: o Aero Willys 2600 — modelo da segunda geração, que completa 50 anos; além do Chevette, da Brasília, do Dodge 1800/Polara e do Maverick, todos fazendo aniversário de 40 anos em 2013. Veja no box abaixo o resumo da história de cada um deles. Portanto, se você é o feliz proprietário de qualquer um desses modelos não deixe de prestigiar o evento, contribuindo para seu sucesso ainda maior!
As inscrições antecipadas podem ser feitas pela internet até o dia 15 de setembro através do site www.agmhantigomobilistas.com.br. O valor é de R$ 50,00 dando ao expositor o direito a: expor o automóvel, participar do passeio turístico (com acompanhante), participar do coquetel (com acompanhante) e a receber o kit do evento. Aos que quiserem somente expor o automóvel, a inscrição é gratuita.
Caso o expositor faça sua reserva de hospedagem no Palace Hotel (parceiro do evento), estará isento do pagamento da inscrição. Isso deverá ser informado no ato da inscrição.
Poderão participar veículos fabricados até 1985 e em boas condições de conservação. Serão ainda aceitas as inscrições de veículos mais novos, com os esportivos, foras-de-série e réplicas, a critério da organização. No entanto, somente os com mais de 30 anos serão avaliados para fins de premiação.
Informações:www.agmhantigomobilistas.com.br
(21) 9101-4621 / 8159-9670
(21) 9101-4621 / 8159-9670
Texto: Fernando Barenco
OS HOMENAGEADOS
AERO WILLYS 2600 — O primeiro Aero Willys produzido no Brasil — modelo que ficou conhecido como “Bolinha” — era um projeto norte americano e chegou aqui em 1960. No Salão do Automóvel de São Paulo de 1962 a Willys Overland do Brasil apresetou ao público o “novo” Aero 2600, que seria comercializado no ano seguinte. Ele mantinha o mesmo chassi, suspensão e motor de 6cc da versão anterior, só que com dupla carburação. A grande novidade estava no design bastante diferente e inteiramente desenvolvido no Brasil. Possuia linha retas e traseira com “rabo-de-peixe”. Em 1965 o desenho sofreu algumas modificações: foram reduzidas as “pestanas” dos faróis, a traseira ficou mais reta e alongada. O câmbio ganhou a 4ª marcha. A versão de luxo Itamaraty chegou no ano seguinte. Era basicamente o mesmo carro, mas com diversos detalhes diferentes externa e internamente. O motor 3000, mais potente, surgiu em 1967, mas apenas para o Itamaraty. Em 1968 a Willys Overland foi comprada pela Ford, que manteve a linha Willys em produção até 1971.
DODGE 1800/POLARA — Com base no modelo inglês Hillman Avenger, a Chrysler do Brasil apresentou o modelo no Salão do Automóvel de 1972, sendo comercializado a partir de abril de 1973 nas versões GL e L com motor 1800 e tração traseira. Em 1975 foi lançado o modelo esportivo SE nas cores vermelha, amarela, verde e branca com faixas pretas nas laterais e internamente os bancos em xadrez acompanhando a cor do carro. Em 1976 passou a ser denominado de Polara. Em 1978 houve diversas mudanças estéticas, com a adoção de nova grade e faróis retangulares. Em 1979 foi lançado o cambio automático de quatro marchas, sendo o primeiro carro médio a usar este tipo de cambio. No mesmo ano, a Chrysler do Brasil foi adquirida pela Volkswagen. Em 1980 foi a vez do GLS com mais luxo e novo painel com conta-giros, manômetro de óleo e voltímetro. Em 1981, assim como todo o restante da linha Dodge, o Polara deixou de ser fabricado. Sua produção ficou em torno de 92.500 unidades.
MAVERICK — Apresentado no VIII Salão do Automóvel de São Paulo em 1972 e lançado no ano seguinte, o Ford Maverick, chegou como sendo a “Fórmula Ford contra a rotina”. Nasceu com o tradicional motor 6 cilindros, que mesmo após centenas de alterações e modernizações, ainda mantinha o estigma de seu DNA, a Willys. Já o V8 302 foi adotado na versão esportiva, o GT. Tinha duas opções de carroceria: duas portas (cupê) ou 4 portas (sedan). Para o câmbio, as opções eram o mecânico e o automático. Em 1975, em virtude da crise do petróleo, ganhou o econômico e moderno motor de 4 cilindros OHC, que aposentou o 6 cilindros. Em 1977, houve a segunda fase do Maverick, com o lançamento das novas lanternas traseiras e um padrão de acabamento mais detalhado, especialmente com o a nova versão top, a LDO (Luxury Decor Optional) que substituiria a Super Luxo. Após pouco mais de 108 mil unidades produzidas, em 1979 o Maverick saiu de linha.
CHEVETTE — No Brasil, o Chevette “nasceu’ em 1973. Era o modelo igual ao alemão Opel Kadett da 4ª geração. Foi o primeiro automóvel compacto da GM do Brasil e seu trunfo para a disputa de mercado com o Fusca, então campeão absoluto de vendas. Com carroceria em três volumes e duas portas, era bonito e tinha linhas modernas. O motor um 4 cc de 1.4 litros que rendia 68 cavalos. O cambio de 4 marchas e a tração traseira. A versão esportiva GP apareceu em 1975. A primeira reestilização aconteceu em 1978, com mudanças na grade dianteira e lanternas traseiras. Neste mesmo ano surgiu a versão de quatro portas. A SW Marajó e o Hatch chegaram em 1980. Junto chegavam os motores 1.6 e o câmbio de cinco marchas. Em 1981 foi lançada a série especial S/R, apenas na versão Hatch. A pintura era preta com faixas degradé em tons de cinza. Em 1983 toda a linha recebeu grande alteração no desenho. Contava agora com faróis retangulares Para completar, chega a pequena picape da GM, a Chevy 500. Em 1992, na onda do carro 1000, a GM lança o Junior 1.0 com câmbio mecânico de 5 marchas. Foi um fracasso. Em 1993 a versão L 1.6/S passa a ser a única opção do pequeno da GM que no final deste ano deixou definitivamente as linhas de montagem.
BRASÍLIA — Ao desenvolver a Brasília, a intenção da Volkswagen era fazer um novo automóvel para aos poucos suceder o Fusca. Deveria ser um carro para uso urbano. Após muitos quilômetros de testes nas estradas do Brasil, em 1973 foi apresentada ao público. Um projeto totalmente nacional. Tinha linhas retas, modernas para a época, uma ampla área envidraçada, resultando numa ótima visibilidade. Fácil de manobrar e ágil no transito. A motorização refrigerada a ar de quatro cilindros opostos, tração traseira, 1.6 litros com carburação simples gerava a potência de 58 cavalos. Nos anos seguintes, foi adotada a carburação dupla. Agradou muito ao público e suas vendas logo de início foram boas. Durante os 8 anos em que foi produzida a Brasília pouco mudou em termos de visual. Em 1978 vieram um novo capô com dois ressaltos, o novo volante, os parachoques com lâminas mais angulosas e polainas plásticas nas extremidades. Nascia também a versão de quatro portas. Fracasso de vendas. O novo painel chegaria em 1980, junto com a LS. A Brasília teve sua produção encerrada em 1982.
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