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terça-feira, 9 de outubro de 2012

OS SEIS PESCADORES

                        OS SEIS PESCADORES

                                                                                               Abel M. F. Fagundes



Era uma cidadezinha pequena no sul de Minas.       
Um rio piscoso corria nas cercanias e atraia vários os pescadores. Então formou-se um grupo de seis pescadores, cada um com o seu objetivo, conseguir uma boa pescaria.  Dois pescavam há anos eram experientes e profissionais, apareciam na beira do rio de quatro em quatro anos, trazendo iscas para os peixes, de vez em quando trocavam, quando um ia, o outro ficava em casa descansando. O Terceiro pescou pela primeira vez há quatro anos, teve sorte, gostou e resolveu continuar. O Quarto era novato, também resolveu experimentar e foi prá beira do rio tentar a sorte. Deu azar o coitado, pois pescou pouco.. O Quinto, sem experiência e equipamentos, pegou sua varinha, iscas e entrou na pescaria só para atrapalhar.  Todos na beira do rio, cheios de vontade, jogaram as linhas n água e se acotovelaram na barranca. Foi quando notaram que havia um Sexto também na lida dos peixes, acocorado na margem, sempre com um companheiro, traziam equipamentos modernos e muita ceva. Já acostumados com aqueles dois, mais uma vez não lhes deram importância pelo simples fato de que doutras vezes o mesmo pescador já por lá estivera e pouco resultado obtivera. Não carecia preocupar-se com ele, a não ser o fato de sempre trazia consigo um radinho de pilha que tocava músicas todo o tempo, incomodando os demais. Bom, todos ali na beira do barranco, cheios de expectativa. Enquanto “anzolavam” pouco resultado obtinham. A música do radinho comia à solta, parecendo de propósito para agradar os peixinhos; quem disse que peixe não gosta de música!
O Sexto há muitos anos vinha sempre para aquele lugar, trazia consigo uma matula feita com carinho por sua mulher e cevava há tempos um remanso, cuidava desde os alevinos deixando os papais peixes muito agradecidos, pois as crias cresciam fortes e belas. Resultado, o último pescador conseguiu a melhor pescaria, quase cinco mil peixes para o seu samburá!
Bem os outros, recolheram suas tralhas, viraram às costas e foram embora.
Assim é a vida, a persistência, a vontade de vencer, a determinação, superam os obstáculos e conquistam a vitória.

Parabéns Jurandir e Beto, grandes pescadores!